SÁBADO-2TP

SÁBADO DA 2ª SEMANA DA PÁSCOA 

13/04/2024 

São Martinho I

LINKS AUXILIARES:


Primeira Leitura: Atos 6,1-7 

Salmo Responsorial: 32(33)R- Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, / da mesma forma que em vós nós esperamos! 

Evangelho: João 6,16-21 

Ao anoitecer, os discípulos desceram para a beira-mar.17   Entraram no barco e foram na direção de Cafarnaum, do outro lado do mar. Já estava escuro, e Jesus ainda não tinha vindo a eles. 18      Soprava um vento forte, e o mar estava agitado. 19  Os discípulos tinham remado uns cinco quilômetros, quando avistaram Jesus andando sobre as águas e aproximando-se do barco. E ficaram com medo. 20          Jesus, porém, lhes disse: “Sou eu. Não tenhais medo!” 21    Eles queriam receber Jesus no barco, mas logo o barco atingiu a terra para onde estavam indo.


Meu irmão, minha irmã! 

Jo 6,16-21

O evangelho de hoje nos narra o episódio de Jesus que vai ao encontro dos discípulos caminhando sobre as águas. É um episódio que prepara os discípulos para o mistério da páscoa: o mistério da morte e da ressurreição de Jesus.

Há muitos pontos de contato entre o episódio e o mistério pascal. 

Jesus, que caminha sobre as águas, é uma prefiguração de Jesus que atravessa vitoriosamente a morte. Na Bíblia, muitas vezes, a morte é comparada com o mar. “Me envolvem as ondas da morte”, “ondas revoltas vêm sobre mim”, diz um salmo. É uma forma simbólica de falar do sofrimento da morte. A morte é como uma onda de tempestade que nos submerge. No mar em tempestade, a morte por afogamento é quase certa, por isso quem caminha sobre o mar se revela como vencedor da morte. É o que Jesus faz.

Soprava um vento forte e o mar estava agitado. Essa é a imagem da tempestade da paixão de Jesus. É a imagem da terrível tribulação que dispersou os discípulos. Jesus caminha sobre as águas em meio à tempestade se aproximando do barco. Os discípulos têm medo, da mesma forma como eles tiveram medo durante a paixão, mas Jesus lhes diz: “Sou eu. Não tenhais medo”. Estas são as mesmas palavras de Jesus ressuscitado, quando vai ao encontro dos discípulos nas aparições.

O evangelho se conclui de um modo muito significativo para nós. Quando os discípulos reconheceram que era Jesus que caminhava sobre as águas: Quiseram recolher Jesus na barca, mas imediatamente a barca chegou à margem para onde estavam indo.

Quando aceitamos Jesus no seu mistério de paixão e ressurreição, nós chegamos à margem imediatamente. Quando aceitamos Jesus morto e ressuscitado no barco de nossa vida, atravessamos as tempestades da vida com mais rapidez e chegamos ao destino de nossa viagem. Peçamos ao Senhor a graça de reconhecê-lo presente e ativo em nossa vida para que, com Ele, possamos atravessar as tempestades da vida.


DOM JULIO ENDI AKAMINE 

Arcebispo Metropolitano de Sorocaba 

Créditos do áudio: Rádio Uniso