Salmo - Sl 118(119)-R. Feliz é quem na lei do Senhor Deus vai progredindo!
Evangelho - Mt 5,43-48
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 43Vós ouvistes o que foi dito: 'Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!' 44Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem! 45Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre justos e injustos. 46Porque, se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa? 47E se saudais somente os vossos irmãos, o que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? 48Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito.' Palavra da Salvação.
Meu irmão, Minha irmã!
Dt 26,16-19
Muitas vezes, nós nos referimos ao AT como “Lei”. Essa forma de nomear não está errada, mas pode dar uma ideia errada: a de que o elemento central do AT seja a lei. No entanto, o AT tem o seu centro não na lei, mas na Aliança. Esse é o sentido da leitura do Deuteronômio: Deus propõe a aliança ao povo eleito, uma aliança feita não somente de exigências, mas sobretudo de recíproca fidelidade: exigência e fidelidade estão lado a lado nesta leitura. “Hoje, o Senhor, teu Deus, te manda pôr em prática estes preceitos e estas normas”: esta é a exigência. Mas há também a promessa de fidelidade: “E o Senhor te confirmou, hoje, que tu serás o seu povo particular. Assim ele te exaltará acima de todas as nações que ele criou. E serás um povo santo para o Senhor, teu Deus”.
Há, portanto, uma união e uma aliança que muda a vida em profundidade. Assim a observância das normas não é somente uma exigência, mas um sinal concreto dessa mudança profunda da vida realizada pela união com Deus.
Assim as prescrições legais presentes no Deuteronômio não são apenas um conjunto de normas. Pelo contrário, a observância das normas é resposta à iniciativa de Deus de criar e de estabelecer Aliança com o seu povo. Obedecer à Leis é o sinal que mostra a transformação interior que a amizade com Deus realiza no povo. Assim não são os bons frutos que tornam uma árvore boa, mas é a árvore boa que produz bons frutos.