3ª FEIRA DA 14ª SEMANA COMUM
Stos. Agostinho Zhao Rong e comp. mártires
1ª Leitura: Gênesis 32,22-32
Salmo Responsorial 16 (17) Verei justificado vossa face, Senhor!
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 32apresentaram a Jesus um homem mudo, que estava possuído pelo demônio. 33Quando o demônio foi expulso, o mudo começou a falar. As multidões ficaram admiradas e diziam: “Nunca se viu coisa igual em Israel”. 34Os fariseus, porém, diziam: “É pelo chefe dos demônios que ele expulsa os demônios”. 35Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando todo tipo de doença e enfermidade. 36Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas como ovelhas que não têm pastor. Então disse a seus discípulos: 37“A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. 38Pedi, pois, ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!” – Palavra da salvação.
Comentário do Evangelho
Vocês estão bem?
Hoje, terça-feira, dia 08 de julho de 2025.
No Evangelho de Mateus, 9, 37 e 38, Jesus nos diz: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua messe”.
Deus quer salvar os homens por meio dos homens, por isso, ao olhar para nossa vida coloca muita esperança e se confia inteiramente a nós para darmos seguimento ao seu projeto de Salvação.
Abençoado dia a todos!
Forte abraço!
Pe José Antonio.
Comentário da primeira leitura
A cena da luta de Jacó no Vau do Jaboc (Gn 32,23-33) é paradigma da oração como luta. Jacó luta com o Ser misterioso que, no fim, permanece misterioso, mas que é forte para mudar o nome de Jacó para Israel, mudando-lhe a vida e a missão. É também o Ser misterioso que golpeia no corpo de Jacó, deslocando a articulação do fêmur de Jacó e ferindo-o na existência. Por fim, é esse Ser misterioso que abençoa Jacó. É importante prestar atenção ao tom misterioso do texto; deixar-se impressionar pelos silêncios. O personagem contra quem se luta tem forma humana, tem voz humana e tem a solidez de alguém. Mas ele não se identifica.
Dois lutam. Um dos lutadores sai vencedor, mas sai marcado.
Os dois perguntam “Qual é o teu nome?” (27 e 29). Um diz o seu nome e tem o seu nome mudado; o outro não diz o seu nome, mas abençoa.
A luta começa na escuridão da noite, avança pela aurora e termina quando já é dia.
Muita coisa do relato não é clara. De fato, o relato é misterioso, porque o próprio encontro é misterioso: é o encontro com Deus.
A oração é luta porque o encontro com Deus é encontro com o Mistério que se revela velando.
A mudança de nome para “Israel” indica que o destino de todo homem é lutar com Deus (é orar).
No relato, Deus mesmo provoca o orante para a luta, para a busca insatisfeita, para o esforço tenaz, para, no final, abençoá-lo.
Na oração nós lutamos pelo nome: o nome de Deus, o autêntico nome, que não é gasto nem esvaziado pelo uso e abuso do homem. A oração é uma luta pelo nome que, de alguma forma, é revelado e ao mesmo tempo não nos é dado. Mas o fato de ter ouvido a sua voz, de ter sentido o seu contato (que nos marca para o resto da vida) já é descoberta maravilhosa de Sua presença em nossa vida. Saímos da luta mancando. Somos pobres peregrinos que vamos mancando rumo à Salvação.