Prezados irmãos e irmãs!
Iniciamos um novo Ano Litúrgico e com ele o tempo litúrgico do Advento. É tempo de espera, expectativa pela vinda do Senhor, é tempo de despertar. Os sofrimentos do povo e os aparentes silêncios de Deus terão uma resposta.
Três personagens bíblicos marcam o tempo do Advento: Isaías, João Batista e a Virgem Mãe de Deus. Não é tempo penitencial, no sentido litúrgico, mas tempo de expectativa, de moderação e de esperança.
A primeira leitura já deixa claro que o Senhor diz que tanto para a casa de Israel como a casa de Judá Deus fará “brotar de Davi a semente da justiça, que fará valer a lei e a justiça da terra” (Jr 15). E ficará forte a palavra do Senhor que nos diz: ”O Senhor é a nossa justiça”(Jr 16).
O salmo 24 responde ao Senhor elevando a alma e pedindo a Deus que mostre caminhos e estradas onde o homem encontrará a verdade que o orientará e o conduzirá, ficando claro que o Deus dele é a salvação. E a verdade e amor são caminhos do Senhor assim Ele se torna íntimo aos que o temem e lhes dá a conhecer sua aliança.
E S. Paulo, neste trecho da 1ª. Carta aos Tessalonicenses, vem somar à Palavra da Liturgia de hoje dizendo que o Senhor tem concedido que nos amemos e que este amor transborde sempre mais e confirme nossos corações numa santidade sem defeito aos olhos de Deus. Paulo reforça dizendo ainda “que exortemos no Senhor Jesus, pois assim agradaremos a Deus se seguirmos instruções que Paulo tem nos dado em nome do Senhor Jesus.
A palavra-chave deste primeiro domingo do advento é: Vigiai e orai para que seus corações não fiquem insensíveis. E Lucas repete: “Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis. Ficai atentos e orai” (Lc 21, 34.46).
E, fazendo uma conexão com o livro do Papa Francisco: Vamos sonhar juntos – o caminho para um futuro melhor” - nele o papa pede que não fiquemos indiferentes a tantos irmãos que sofrem e a tantos desafios que a humanidade vem enfrentando em relação a três caminhos nefastos que impendem o crescimento, a conexão com a realidade e, especialmente, a entrada no Espírito Santo. E, aí, o papa fala do narcisismo, do desânimo e do pessimismo. Com estas palavras do Papa Francisco terminamos nossa reflexão deste primeiro domingo do advento, onde as leituras nos incentivam a viver o amor e, a verdade e a justiça. E, é tempo de revermos se estamos vivendo o amor, a verdade e a justiça ou estamos sendo insensíveis aos irmãos que sofrem. Amém.
Reflexão de: M. Angela Guenka teóloga leiga e comprometida em servir ao Senhor.