ANOS PARES
AS LEITURAS DESTA PÁGINA E DO MÊS TODO
"41.E quem vos der de beber um copo de água porque sois de Cristo, digo-vos em verdade: não perderá a sua recompensa. 42.Mas todo o que fizer cair no pecado a um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que uma pedra de moinho lhe fosse posta ao pescoço e o lançassem ao mar! 43.Se a tua mão for para ti ocasião de queda, corta-a; melhor te é entrares na vida aleijado do que, tendo duas mãos, ires para a geena, para o fogo inextinguível 44.[onde o seu verme não morre e o fogo não se apaga]. 45.Se o teu pé for para ti ocasião de queda, corta-o fora; melhor te é entrares coxo na vida eterna do que, tendo dois pés, seres lançado à geena do fogo inextinguível 46.[onde o seu verme não morre e o fogo não se apaga].* 47.Se o teu olho for para ti ocasião de queda, arranca-o; melhor te é entrares com um olho de menos no Reino de Deus do que, tendo dois olhos, seres lançado à geena do fogo, 48.onde o seu verme não morre e o fogo não se apaga.* 49.Porque todo homem será salgado pelo fogo.* 50.O sal é uma boa coisa; mas se ele se tornar insípido, com que lhe restituireis o sabor? Tende sal em vós e vivei em paz uns com os outros”."
A leitura de hoje é uma forte e veemente invectiva contra os ricos. São Tiago denuncia sem meias palavras a riqueza injusta feita de extorsão e exploração, de mandar trabalhar sem pagar o salário justo. “Olhai o salário dos trabalhadores que ceifaram os vossos campos, e qu vós deixastes de pagar, está gritando; o clamor dos trabalhadores chegou aos ouvidos do Senhor todo-poderoso”.
A ameaça de S. Tiago contra esses ricos injustos tem o objetivo de nos abrir os olhos para o grave perigo do pecado de avareza: “E, agora vós, os ricos, chorai e gemei por causa das desgraças que estão para cair sobre vós”.
A sorte infeliz que espera os ricos decorre do fato de que nas coisas nas quais eles confiam, ou seja, as riquezas, são absolutamente inconsistentes. Toda riqueza – por maior que seja – é precária e transitória. As vestes finas de grife são o alimento das traças. Um inseto insignificante destrói a preciosidade das vestes com as quais o rico se ostenta e despreza os outros. Os metais preciosos, cuidadosamente guardados, são atacados pela ferrugem e perdem seu valor e beleza. Apoiar-se em algo terreno, que não pode dar segurança, é o pecado dos ricos. Por isso a destruição daquilo em que os ricos tinham posto a segurança é um castigo merecido. Assim as riquezas se voltam contra os ricos. “Vossa riqueza está apodrecendo e vossas roupas estão carcomidas pelas traças. Vosso ouro e vossa prata estão enferrujados, e a ferrugem deles vai testemunhar contra vós e devorar vossas carnes, como fogo”.
Os ricos que não querem saber dos seus graves deveres para com os necessitados serão castigados com a mesma dureza com que eles trataram os mais pobres: “Vivestes luxuosamente na terra, entregues à boa vida, engordando a vós mesmos no dia da matança. Condenastes o justo e o assassinastes, e ele não vos pôs resistência”.
Não utilizemos a tática do avestruz que, quando vê chegar o perigo, esconde a cabeça na no buraco, pensando assim se livrar da ameaça. Aceitemos que o Senhor nos corrija e ilumine a nossa situação espiritual para que nos convertamos.