TERÇA-5Q
São José
SOLENIDADE
19/03/2024
LINKS AUXILIARES:
Primeira Leitura: 2 Samuel 7, 4-5a.12-14a.16
Salmo Responsorial:88(89) R-Eis que sua descendência durará eternamente!
Segunda Leitura: Romanos 4,13.16-18.22
Evangelho: Mateus 1,16.18-21.24
(ou Lucas 2,41-51a)
Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo. 18A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. 19José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo. 20Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: "José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. 21Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados". 24aQuando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado. Palavra da Salvação.
Meu irmão, Minha irmã!
Hoje a Igreja nos convida a nos alegrar pensando nas graças que S. José recebeu de Deus. São graças maravilhosas e que estão resumidas nas palavras do anjo: ser esposo de Maria, impor o nome a Jesus e ter a responsabilidade de pai de Jesus. Causa admiração essas graças recebidas por S. José porque elas consistem em viver intimamente unido a Jesus e a Maria.
É difícil para nós imaginarmos a alegria e a felicidade de José em saber que é exatamente essa a vontade de Deus: viver unido intimamente a Jesus e a Maria. Foi essa graça que o sustentou nos momentos de prova e de dor.
José é exemplo para todos os pais e educadores, pois o seu amor por Jesus é autenticamente paterno. Mesmo que não seja o pai biológico, o seu amor por Jesus é autentico. Tanto que Jesus, quando ensinou os discípulos a rezar, usou uma palavra que Ele aplicou a José: Abbá!
A imensa felicidade de José, porém, está estreitamente ligada a uma renúncia tão grande que não pode ser realizada sem a fé, que não é possível sem o poder da graça de Deus. José estava numa situação estranha: Maria é sua e, ao mesmo tempo, não é sua; Jesus é seu filho, mas, ao mesmo tempo, não foi gerado por ele.
Por isso, José tinha tomado a decisão de renunciar a Maria e consequentemente a Jesus. Essa renúncia de José mostra como a renúncia feita por amor não destrói o amor, antes o eleva. O amor de José não busca o próprio interesse, as próprias satisfações, mas se põe inteiramente ao serviço da pessoa amada. O amor de José por Maria o leva a se colocar a serviço da vocação de Maria e assim alcança com ela uma união espiritual admirável que é fonte de grande e pura alegria.
O amor de José por Jesus faz com que José se coloque a serviço da vocação de Jesus, de sua missão. José não é como aqueles pais que consideram os filhos como sua propriedade, que nutrem pelos filhos um afeto tirânico e possessivo. José sabe muito bem que Jesus não lhe pertence e não deseja nada a não ser prepará-lo para sua missão de salvador, como o anjo tinha lhe anunciado: Ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”.
O evangelho diz que José era um homem justo, ou seja, um homem que buscava sinceramente fazer a vontade de Deus, que não procurava o próprio interesse. José buscou sempre a vontade de Deus, mesmo naquela situação em que a sua felicidade parecia destinada ao fracasso. Sendo a sua felicidade ter Maria por esposa, constando que o que fora gerado nela provinha do Espírito Santo, decidiu renuncia a sua felicidade para fazer a vontade de Deus. Foi nesse momento da renúncia que Deus lhe revela a sua missão de esposo de Maria e de pai adotivo de Jesus.
Peçamos a Deus a mesma fé, a mesma confiança, a mesma generosidade e pureza de amor para nós e para todos os que detêm responsabilidade na Igreja.
DOM JULIO ENDI AKAMINE
Arcebispo Metropolitano de Sorocaba
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Créditos do áudio: Rádio Uniso