Salmo Responsorial 97(98)R- O Senhor julgará as nações com justiça
Evangelho: Mateus 25,14-30
“O Reino dos Céus é também como um homem que ia viajar para o estrangeiro. Chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens: 15 a um, cinco talentos, a outro, dois e ao terceiro, um – a cada qual de acordo com sua capacidade. Em seguida viajou. 16 O servo que havia recebido cinco talentos saiu logo, trabalhou com eles e lucrou outros cinco. 17 Do mesmo modo, o que havia recebido dois lucrou outros dois. 18 Mas aquele que havia recebido um só, foi cavar um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. 19 Depois de muito tempo, o senhor voltou e foi ajustar contas com os servos. 20 Aquele que havia recebido cinco talentos entregou-lhe mais cinco, dizendo: ‘Senhor, tu me entregaste cinco talentos. Aqui estão mais cinco que lucrei’. 21 O senhor lhe disse: ‘Parabéns, servo bom e fiel! Como te mostraste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da alegria do teu senhor!’ 22 Chegou também o que havia recebido dois talentos e disse: ‘Senhor, tu me entregaste dois talentos. Aqui estão mais dois que lucrei’. 23 O senhor lhe disse: ‘Parabéns, servo bom e fiel! Como te mostraste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da alegria do teu senhor!’ 24 Por fim, chegou aquele que havia recebido um só talento, e disse: ‘Senhor, sei que és um homem severo, pois colhes onde não plantaste e ajuntas onde não semeaste. 25 Por isso fiquei com medo e escondi o teu talento no chão. Aqui tens o que te pertence’. 26 O senhor lhe respondeu: ‘Servo mau e preguiçoso! Sabias que eu colho onde não plantei e que ajunto onde não semeei. 27 Então devias ter depositado meu dinheiro no banco, para que, ao voltar, eu recebesse com juros o que me pertence’. 28 Em seguida, o senhor ordenou: ‘Tirai dele o talento e daí àquele que tem dez! 29Pois a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado. 30 E quanto a este servo inútil, lançai-o fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes!’Bom dia! Vocês estão bem?
Hoje, sábado.
O Evangelho de Mateus, 25, 28 e 29 nos diz: “O patrão ordenou: Tirai dele o talento e dai-o aquele que tem dez! Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado”.
O Senhor espera de nós todos o máximo empenho, para que cada um faça frutificar os talentos recebidos. É colocando os talentos recebidos a serviço dos outros, que os multiplicamos e assumimos a nossa corresponsabilidade em fazer crescer o Reino de Deus.
Abençoado dia a todos!
Forte abraço!
Pe José Antonio.
Comentário mais extenso:
Meu irmão, minha irmã!
1Ts 4,9-11
Paulo não se arroga o título de mestre dos tessalonicenses. Ele tem consciência de que é Deus o mestre: “não é preciso escrever-vos a respeito do amor fraterno, pois já aprendestes de Deus mesmo a amar-vos uns aos outros”. Paulo vê nisso a realização da promessa da profecia de Jeremias, segundo a qual Deus iria estabelecer uma nova Aliança diferente da do Sinai. A aliança do Sinai foi escrita nas tábuas de pedra, mas isso não transformou o coração das pessoas. A nova Aliança, porém, seria escrita no coração, pois Deus mesmo iria ensinar o seu povo.
Ora, a nova aliança foi estabelecida por Cristo, que na última ceia, apresentou o cálice como a nova aliança no seu sangue. Assim os tessalonicenses entraram na nova Aliança e, por isso, são ensinados pelo próprio Deus a amar e a se amarem reciprocamente. O ensinamento divino não consiste em uma série de leis, mas de uma nova vida a ser aceita e acolhida; uma vida de amor, uma vida para amar!
Fomos criados para amar, e a nossa vocação pessoal consiste em encontrar a forma pessoal de amar. Deus nos ensina a amar, não de maneira teórica, mas nos comunica a sua capacidade de amar segundo a nossa personalidade própria e pessoal. Assim o mistério do amor infinito de Deus se concretiza e se exprime em uma abundância de formas pessoais de amar. Trata-se de um único amor, mas que se torna presente no amor vivido pessoalmente.
Assim instruídos por Deus, os tessalonicenses não necessitam de uma outra exortação. No tempo de Jeremias, o profeta devia exortar com insistência e continuamente as pessoas a amarem, mas isso de nada servia, pois o coração do povo estava endurecido e os ouvidos estavam surdos. Agora a situação mudou completamente: não é preciso mais exortar ao amor, pois Deus mesmo ensina a amar.
Mt 25,14-30
A parábola dos talentos deve ser bem compreendida. O que é o talento da parábola? No sentido literal, talento é uma quantia em dinheiro. Temos, porém, que nos lembrar que estamos diante de uma parábola, por isso talento não deve ser interpretado unicamente no seu sentido literal.
O talento dever ser multiplicado não como o dinheiro que rende juros nem como as qualidades a serem desenvolvidas. Talento significa o amor que o Pai tem por mim e que deve ser multiplicado na minha resposta de amor aos irmãos. O amor que Deus tem por mim é o mesmo amor que circula entre o Pai e o Filho; é o Espírito Santo. Ele foi derramado em nossos corações e, por isso, nos tornamos filhos no Filho Jesus. Recebemos esse talento, o Espírito Santo, amor recíproco do Pai e do Filho. Da mesma forma como ele circula entre Pai e Filho, devo fazer com que o amor recebido circule para os irmãos. Assim nos tornamos mais uma vez como Jesus.