32(33)-R- Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!
Segunda Leitura:-Romanos 8,14-17
Evangelho: Mateus 28,16-20
Os onze discípulos voltaram à Galiléia, à montanha que Jesus lhes tinha indicado. 17 Quando o viram, prostraram-se; mas alguns tiveram dúvida. 18 Jesus se aproximou deles e disse: “Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. 19 Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. 20- Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco até o fim do mundo.
Prezados irmãos e irmãs!
Após a festa do derramamento do Espírito Santo chegamos à Solenidade cuja celebração litúrgica, ativa e frutuosa, somente é possível porque recebemos no batismo o dom do Entendimento, por meio do qual temos acesso à inteligência das verdades reveladas. Deus é Uno e Trino. Deus é Pai e Filho e Espírito Santo. A liturgia da Palavra desta solenidade valoriza tanto a unidade de Deus, como a revelação cristã da Trindade; valorizando também a eleição cristã para a filiação divina, nossa participação na comunhão trinitária.
Na primeira leitura recordamos a generosidade divina de revelar-se ao povo de Israel. O salmista canta o poder criador divino, pela autoridade da sua palavra e do seu amor, por meio dos Quais fez todas as coisas. São Paulo, na segunda leitura aprofunda o sentido da nossa participação na graça de Cristo, Filho de Deus - na presença de Deus não existem escravos, mas filhos e filhas.
O Evangelho recorda o envio missionário de Jesus Cristo aos apóstolos, enviados em missão para fazer discípulos, a batizar em nome da Trindade, conservando a memória dos ensinamentos do Senhor.
O desafio de ser comunidade cristã e a superação do egoísmo e do indiferentismo, são marcas históricas do caminho da Igreja neste mundo. A vida em comunhão entre nós como sinal e sacramento da comunhão trinitária precisa ser o objetivo de todo plano de pastoral e movimentos. É incompatível com a fé uma Igreja que não seja minimamente samaritana e solidária. O próximo não é uma realidade meramente circunstancial, mas fundamental para edificação da caridade. A doutrina nos faz um, mas a prática da vida eclesial na imitação de Cristo, nas reais e concretas obras de misericórdia, realizadas não apenas por obrigação moral, mas pelo imperativo do amor, são uma meta de unidade que nunca pode se afastar da construção de nossas comunidades.
Ser família de Deus não é apenas uma meta para a eternidade, mas é aquilo que a graça nos faz ser já agora, para vivermos como autênticos filhos e filhas do Pai, irmãos de Jesus Cristo, nos quais Deus habita pelo dom do Espírito Santo derramado em nossos corações.
Deus, Uno e Trino, Comunhão de Amor, é santo e sagrado, e deve ser adorado sobre todas as coisas. O ser humano é habitação de Deus, santo e sagrado, e como ensina São Paulo, quem destruir o templo de Deus, Deus o destruirá! Na festa da Trindade professemos o sonho do amor entre nós, como o reconhecemos em Deus.