2ª FEIRA DA 20 ª SEMANA COMUM
Salmo Responsorial 105(106)R- Lembrai-vos de nós ó Senhor, segundo o amor para com vosso povo!
Evangelho Mateus 19,16-22
Alguém aproximou-se de Jesus e disse: “Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna?” 17 Ele respondeu: “Por que me perguntas sobre o que é bom? Um só é bom. Se queres entrar na vida, observa os mandamentos”. – 18 “Quais?”, perguntou ele. Jesus respondeu: “Não cometerás homicídio, não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho, 19 honra pai e mãe, ama teu próximo como a ti mesmo”. 20 O jovem disse-lhe: “Já observo tudo isso. Que me falta ainda?” 21Jesus respondeu: “Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá o dinheiro aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me”. 22 Quando ouviu esta palavra, o jovem foi embora cheio de tristeza, pois possuía muitos bens.
Comentário do Evangelho
Vocês estão bem?
Hoje, segunda-feira, dia 18 de agosto de 2025.
No Evangelho de Mateus, 19, 16, nos diz: “Alguém, aproximou-se de Jesus e disse: Mestre, o que devo fazer de bom para possuir a vida eterna?”
Para seguir a Cristo, é preciso ter o coração no lugar certo. Não adianta almejar a “vida eterna”, ansiar por ela, é necessário que a possuamos. É preciso que procuremos esta vida em Jesus Cristo. O Cristão que não tira os olhos de seu Senhor, adquire o dom de ver as coisas, pessoas e acontecimentos com o próprio olhar de Deus!
Abençoado dia a todos!
Forte abraço!
Pe. José Antonio.
Comentário da 1ª leitura
O início do livro dos Juízes nos dá uma visão geral da história do povo eleito durante o período dos juízes. A visão geral da história do povo eleito é dada por meio de um esquema teológico desolador e, ao mesmo tempo, consolador. Tudo começa com a infidelidade humana, mas termina com a fidelidade vitoriosa de Deus.
A infidelidade humana é descrita com tintas fortes: “os filhos de Israel fizeram o que desagrada ao Senhor, servindo os deuses cananeus. Abandonaram o Senhor e seguiram outros deuses”. Essa frase se transforma quase em um refrão que se repete ao longo de todo o livro dos Juízes.
Os israelitas não são agradecidos a Deus e lhe são infiéis; eles buscam outros deuses mais disponíveis a ir ao encontro de seus interesses egoístas e imediatos. Abandonam o Senhor e querem servir a Baal. O resultado de tudo isso é o castigo: “por isso, acendeu-se contra Israel a ira do Senhor, que os entregou nas mãos dos salteadores que os saqueavam, e vendeu aos inimigos que habitavam nas redondezas”.
Israel, dessa maneira, recai de novo em uma situação de opressão e de escravidão por sua própria culpa. Em vez de se manter fiel à Aliança com Deus, cometeram o pecado da idolatria e recaíram na antiga escravidão. É nesse momento de aflição que Israel implora o socorro de Deus, e o Senhor, comovido pelos gemidos do seu povo, se deixa comover e suscita os juízes. Os juízes são chefes carismáticos, inspirados por Deus e por Ele enviados para libertar o povo da opressão. De fato, “sempre que o Senhor lhes mandava juízes, o Senhor estava com o juiz, e os livrava das mãos dos inimigos enquanto o juiz vivia, porque o Senhor se deixava comover pelos gemidos dos aflitos”.
Infelizmente esse esquema de pecado e opressão se repete depois da morte do juiz. Os israelitas voltam a cometer o mal que desagrada ao Senhor e a situação piora de novo: retorna a opressão e os gemidos dos aflitos. E o Senhor, de novo, se deixa comover.
Deus educa o seu povo com magnífica paciência, conduzindo o povo à conversão que consiste em retornar a Deus com confiança apesar dos pecados cometidos. Deus conduz a conversão para que o povo aprenda a encontrar no Senhor a plenitude da misericórdia e da vida. É dessa maneira que a fidelidade de Deus vence a infidelidade sem destruir o infiel.