ANOS PARES
AS LEITURAS DESTA PÁGINA E DO MÊS TODO
"1.Saindo dali, ele foi para a região da Judeia, além do Jordão. As multidões voltaram a segui-lo pelo caminho e de novo ele pôs-se a ensiná-las, como era seu costume. 2.Chegaram os fariseus e perguntaram-lhe, para o pôr à prova, se era permitido ao homem repudiar sua mulher. 3.Ele respondeu-lhes: “Que vos ordenou Moisés?”. 4.Eles responderam: “Moisés permitiu escrever carta de divórcio e despedir a mulher”. 5.Continuou Jesus: “Foi devido à dureza do vosso coração que ele vos deu essa Lei; 6.mas, no princípio da Criação, Deus os fez homem e mulher. 7.Por isso, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher;* 8.e os dois não serão senão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. 9.Não separe, pois, o homem o que Deus uniu”. 10.Em casa, os discípulos fizeram-lhe perguntas sobre o mesmo assunto. 11.E ele disse-lhes: “Quem repudia sua mulher e se casa com outra, comete adultério contra a primeira. 12.E se a mulher repudia o marido e se casa com outro, comete adultério”."
São Tiago nos exorta a não murmurar uns contra os outros. “Irmãos, nos vos queixeis uns dos outros para que ao sejais julgados”. Para evitar esse pecado, ele recomenda a paciência: “tomai por exemplo de paciência nos maus tratos os profetas, que falaram em nome do Senhor. Notai que proclamamos bem-aventurados os que deram prova de paciência”.
Os cristãos devem levar em conta que não são os primeiros nem os únicos a suportarem dificuldades e sofrimentos. São apenas elos de uma longa cadeia de pessoas que tem que sofrer com paciência a dor, a perseguição e até a morte. Mas graças à paciência, os que souberam esperar no Senhor compassivo e misericordioso hoje vivem felizes. Nesse sentido, o exemplo de Jó acentua o resultado final da sua paciência: Deus mudou a sua sorte e encheu-o de bênçãos. Com efeito, Deus é compassivo e misericordioso.
São Tiago chama a atenção para o perigo que representa os juramentos. Para compreender esse perigo deve-se entender que o juramento é coisa séria. Ele é a prova suprema da verdade do que se afirma quando se recorre ao juramento. Ainda mais quando o juramento é feito invocando o nome de Deus. Quando invocamos o nome de Deus para atestar a verdade de nossa afirmação, o juramento adquire um significado transcendente.
Dada a seriedade e a transcendência do juramento, quem faz uso do juramento expõe-se não só a uma investigação, mas também ao juízo de Deus. A investigação humana, como sabemos, pode falhar, mas do juízo de Deus ninguém escapa. Por isso, a conclusão de Tiago é que não devemos jurar, mas dizer apenas sim ou não. E a razão para não jurar é para que não estejamos expostos ao julgamento divino.
Fazer juramentos temerários significa desvalorizar tanto o nome de Deus quanto a própria palavra empenhada. Equivale obrigar Deus a se por a serviço do homem.
O “não” e o “sim” do cristão, ao contrário, devem corresponder realmente à verdade o que torna desnecessário todo juramento.