2ª FEIRA DA 4ª SEMANA COMUM
Leitura: 2 Samuel 15, 13-14.30;16,5-13a
Salmo 3 -R-Levantai-vos, ó Senhor, vinde salvar-me!
Evangelho de Marcos 5,1-20
Jesus e os discípulos chegaram à outra margem do lago, na região dos gerasenos. 2 Logo que Jesus desceu do barco, um homem que tinha um espírito impuro saiu do meio dos túmulos e foi a seu encontro. 3 Ele morava nos túmulos, e ninguém conseguia amarrá-lo, nem mesmo com correntes. 4 Muitas vezes tinha sido preso com grilhões e com correntes, mas ele arrebentava as correntes e quebrava os grilhões, e ninguém conseguia dominá-lo. 5 Dia e noite andava entre os túmulos e pelos morros, gritando e ferindo-se com pedras. 6 Ao ver Jesus, de longe, o homem correu, caiu de joelhos diante dele 7 e gritou bem alto: “Que queres de mim, Jesus, Filho de Deus Altíssimo? Por Deus, não me atormentes!” 8 Jesus, porém, disse-lhe: “Espírito impuro, sai deste homem!” 9 E perguntou-lhe: “Qual é o teu nome?” Ele respondeu: “Legião é meu nome, pois somos muitos”. 10 E suplicava-lhe para que não o expulsasse daquela região. 11 Entretanto estava pastando, no morro, uma grande manada de porcos. 12 Os espíritos impuros suplicaram então: “Manda-nos entrar nos porcos”. 13 Jesus permitiu. Eles saíram do homem e entraram nos porcos. E os porcos, uns dois mil, se precipitaram pelo despenhadeiro no lago e foram se afogando. 14 Os que cuidavam deles fugiram e espalharam a notícia na cidade e no campo. As pessoas saíram para ver o que tinha acontecido. 15 Chegaram onde estava Jesus e viram o possesso sentado, vestido e no seu perfeito juízo – aquele que tivera o Legião. E ficaram com medo. 16 Os que tinham presenciado o fato explicavam-lhes o que havia acontecido com o possesso e com os porcos. 17 Então, suplicaram Jesus para que fosse embora do território deles. 18 Enquanto Jesus entrava no barco, o homem que tinha sido possesso pediu para que o deixasse ir com ele. 19 Jesus, porém, não permitiu, mas disse-lhe: “Vai para casa, para junto dos teus, e anuncia-lhes tudo o que o Senhor, em sua misericórdia, fez por ti”. 20 O homem foi embora e começou a anunciar, na Decápole, tudo quanto Jesus tinha feito por ele. E todos ficavam admirados.
A leitura de hoje nos mostra como podemos por freio à violência. Davi é injustamente injuriado como assassino de Saul. Mesmo assim ele não permite a punição de quem o acusa injustamente.
Ele simplesmente explica: “Se ele amaldiçoa e se o Senhor o mandou maldizer a Davi, quem poderia dizer-lhe: ‘Por que fazes isto?’ Deixai-o amaldiçoar conforme a permissão do Senhor.
Com efeito, Davi tem consciência de não ter matado Saul, mas sabe que assassinou Urias. Ele aceita humildemente o castigo que o profeta Natã lhe tinha anunciado. “A espada não deixará nunca da tua casa”.
Essa é uma atitude bonita e religiosa de Davi. Davi está em um momento de grave ameaça. Seu filho Absalão se rebelou e tenta tomar o trono a força. Davi poderia ter permitido que sua raiva e medo se abatesse contra o primeiro que aparecesse à sua frente. Foi difícil para Davi resistir que sua fúria se voltasse contra o primeiro infeliz que cruzasse o seu caminho, ainda mais que esse fizesse injúrias injustas.
Essa atitude de Davi é uma lição para nós que descarregamos nossa raiva em quem não tem nada conosco.
Quando alguém é injusto conosco, pensemos quantas vezes fomos injustos com outros. Quando a nossa paciência é posta à prova, pensemos em quantas vezes abusamos da paciência de Deus, em quantas ocasiões obrigamos Deus ficar esperando.
Peçamos a capacidade de ver as coisas à luz da fé.