4ª FEIRA DA 33ª SEMANA COMUM. -
Stos. Roque González, Afonso Rodriguez e João Del Castillo.
1ª Leitura: 2 Macabeus 7,1.20-31
Salmo Responsorial 16(17)-R- Ao despertar me saciará vossa presença, ó Senhor!
Enquanto estavam escutando, Jesus acrescentou uma parábola, porque estava perto de Jerusalém e eles pensavam que o Reino de Deus ia se manifestar logo. 12 Disse: “Um homem nobre partiu para um país distante, a fim de ser coroado rei e depois voltar. 13 Chamou então dez dos seus servos, entregou a cada um uma bolsa de dinheiro e disse: ‘Negociai com isto até que eu volte’. 14 Seus concidadãos, porém, tinham aversão a ele e enviaram uma embaixada atrás dele, dizendo: ‘Não queremos que esse homem reine sobre nós’. 15 Mas o homem foi nomeado rei e voltou. Mandou chamar os servos, aos quais havia dado o dinheiro, a fim de saber que negócios cada um havia feito. 16 O primeiro chegou e disse: ‘Senhor, a quantia que me deste rendeu dez vezes mais’. 17 O homem disse: ‘Parabéns, servo bom. Como te mostraste fiel nesta mínima coisa, recebe o governo de dez cidades’. 18O segundo chegou e disse: ‘Senhor, a quantia que me deste rendeu cinco vezes mais’. 19O homem disse também a este: ‘Tu, recebe o governo de cinco cidades’. 20Chegou o outro servo e disse: ‘Senhor, aqui está a quantia que me deste: eu a guardei num lenço, 21 pois eu tinha medo de ti, porque és um homem severo. Recebes o que não deste e colhes o que não semeaste’. 22 O homem disse: ‘Servo mau, eu te julgo pela tua própria boca. Sabias que sou um homem severo, que recebo o que não dei e colho o que não semeei. 23 Então, por que não depositaste meu dinheiro no banco? Ao chegar, eu o retiraria com juros’. 24 Depois disse aos que estavam aí presentes: ‘Tirai dele sua quantia e dai àquele que fez render dez vezes mais”. 25 Os presentes disseram: ‘Senhor, esse já tem dez vezes a quantia!’ 26 Ele respondeu: ‘Eu vos digo: a todo aquele que tem, será dado, mas àquele que não tem, até mesmo o que tem lhe será tirado. 27 E quanto a esses meus inimigos, que não queriam que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e matai-os na minha frente”. 28 Depois dessas palavras, Jesus caminhava à frente dos discípulos, subindo para Jerusalém.
O martírio de um venerável doutor da Lei, Eleazar, é seguido do martírio de sete irmãos junto com a sua mãe. Para nós o motivo da morte de Eleazar e dessa família pode ser incompreensível, uma vez que nós não somos mais obrigados às mesmas observâncias alimentar dos judeus. Mas é preciso admirar o comportamento heroico deles, uma vez que as prescrições alimentares exprimiam a fé viva deles.
O caso do martírio dos sete irmãos e da mãe deles tem, porém, uma motivação ainda mais importante: eles morrem na esperança da vida futura. Com efeito, a mãe disse aos seus sete filhos: “o Criador do mundo, que formou o homem na sua origem e preside à geração de todas as coisas, ele mesmo, na sua misericórdia, vos dará de novo o espírito e da vida”.
A esperança na ressurreição se expressa de maneira vigorosa nas palavras pronunciadas pelo segundo irmão no momento de morrer: “Tu, malvado, pretendes nos arrancar a vida presente, mas o Rei do universo nos ressuscitará para a vida eterna, se morrermos fiéis às suas leis”. Até esse momento da crise macabeia, os judeus não tinham ainda clareza quanto a fé na ressurreição. Já havia uma certa intuição da ressurreição nos salmos e nos livros de Jó, Eclesiastes e Daniel.
No segundo Livro dos Macabeus a fé na ressurreição se expressa com mais abertura para a revelação dos Evangelhos.