Salmo Responsorial 62(63)R- A minh'alma tem sede de vós, e vos deseja, ó Senhor.
2ª Leitura: 1Tessalonicenses 4,13-18
Evangelho de Mateus 25,1-13
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos esta parábola: 1“O reino dos céus é como a história das dez jovens que pegaram suas lâmpadas de óleo e saíram ao encontro do noivo. 2Cinco delas eram imprevidentes, e as outras cinco eram previdentes. 3As imprevidentes pegaram as suas lâmpadas, mas não levaram óleo consigo. 4As previdentes, porém, levaram vasilhas com óleo junto com as lâmpadas. 5O noivo estava demorando, e todas elas acabaram cochilando e dormindo. 6No meio da noite, ouviu-se um grito: ‘O noivo está chegando. Ide ao seu encontro!’ 7Então as dez jovens se levantaram e prepararam as lâmpadas. 8As imprevidentes disseram às previdentes: ‘Dai-nos um pouco de óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando’. 9As previdentes responderam: ‘De modo nenhum, porque o óleo pode ser insuficiente para nós e para vós. É melhor irdes comprar aos vendedores’. 10Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou, e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa de casamento. E a porta se fechou. 11Por fim, chegaram também as outras jovens e disseram: ‘Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!’ 12Ele, porém, respondeu: ‘Em verdade eu vos digo, não vos conheço!’ 13Portanto, ficai vigiando, pois não sabeis qual será o dia nem a hora”. – Palavra da salvação.
Meu irmão, minha irmã!
Mt 25,1-13
A parábola das virgens é a mais bela metáfora da nossa existência. A nossa vida é comparada com um sair para ir ao encontro do amado, do noivo. A nossa vida é, de fato, um sair para um destino. Nós saímos do seio da mãe para este mundo; nós saímos da casa do pai e da mãe para formar uma outra família. A todo momento nós estamos saindo do que somos para sermos o de que devemos ser até o momento de nossa saída definitiva deste mundo para nossa Vida, que está escondida em Cristo em Deus (Cl 3,3).
Não sabemos o dia e a hora da chegada do esposo, mas sabemos que ele virá e a cada dia nós damos um passo em direção a Ele ou para longe dele. Para que não nos desencontremos do noivo é preciso trazer óleo na lâmpada, ou seja, é preciso que escutemos e coloquemos em prática a Palavra de Deus.
Devemos ser como as virgens prudentes: a vida delas é uma contínua preparação para a chegada do noivo. Elas encheram a própria vida da espera do noivo; antes de Ele chegar o aguardam e o amam. Por isso quando Ele chega estão preparadas.
O noivo chega inesperadamente. No meio do alvoroço da chegada do noivo todas as virgens preparam as suas lâmpadas. É nesse momento de agitação e de surpresa que as insensatas caem na conta de que não têm o azeite suficiente para conservar as suas lâmpadas acesas. Elas pedem emprestado para as prudentes, mas estas se recusam a emprestar um pouco de azeite. Não é por egoísmo! A recusa das prudentes tem o objetivo de evidenciar a responsabilidade pessoal. A parábola nos adverte que a preparação para a vinda do noivo é uma tarefa que não pode ser delegada nem terceirizada.
A seriedade do momento em que o noivo chega exige de cada uma preparação pessoal e que não pode ser delegada. Somente os que estiverem preparados no momento decisivo da vinda do noivo poderá participar das núpcias. O atraso e a imprevidência têm como consequência a exclusão da salvação e do Reino de Deus. Depois que a porta for fechada, é inútil insistir. A resposta será a mesma resposta terrível que foi dada para as imprevidentes: “Em verdade eu vos digo: não vos conheço”.
A parábola não é para nos assustar, mas para nos chamar a atenção para a importância do presente. O momento presente é o único que nos é dado para viver. A salvação e a perdição se decidem no presente e não no futuro! O futuro só está em nossas mãos, se o presente for vivido com consciência e responsabilidade.
Assim o fracasso final é colocado diante de nossos olhos para despertar nossa consciência e para que não permaneçamos inativos. A visão do desastre final nos é dada para que despertemos de nossa indolência e preguiça.