Salmo Responsorial 117 (118) - R- Dai graças ao Senhor porque ele é bom! Eterna é a sua misericórdia!
2ª Leitura: Pedro 1,3-9
Evangelho: João 20,19-31
Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, os discípulos estavam reunidos, com as portas fechadas por medo dos judeus. Jesus entrou e pôs-se no meio deles. Disse: “A paz esteja convosco”. 20 Dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos, então, se alegraram por verem o Senhor. 21 Jesus disse, de novo: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou também eu vos envio”. 22 Então, soprou sobre eles e falou: “Recebei o Espírito Santo. 23 A quem perdoardes os pecados, serão perdoados; a quem os retiverdes, lhes serão retidos”. 24 Tomé, chamado Gêmeo, que era um dos Doze, não estava com eles quando Jesus veio. 25 Os outros discípulos contaram-lhe: “Nós vimos o Senhor!” Mas Tomé disse: “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos, se eu não puser a mão no seu lado, não acreditarei”. 26 Oito dias depois, os discípulos encontravam-se reunidos na casa, e Tomé estava com eles. Estando as portas fechadas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”. 27 Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê!” 28 Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” 29Jesus lhe disse: “Creste porque me viste? Bem-aventurados os que não viram, e creram!” 30 Jesus fez diante dos discípulos muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro. 31 Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome.
Meu irmão, minha irmã!
Jo 20,19-31
Tomé estava ausente quando Jesus apareceu ressuscitado aos discípulos. Logo que viram Tomé chegar, eles comunicaram a Tomé o que tinha acontecido. “Vimos o Senhor!” Os discípulos, porém, recebem a ducha fria da incredulidade de Tomé. Como acreditar nesse absurdo? Jesus cheio de vida? Eles todos tinham visto Jesus morto na cruz e sepultado. O que eles viram devia ter sido uma outra pessoa parecida.
Os discípulos retrucam que era o próprio Jesus. Tinham visto as marcas dos pregos e o lado aberto de Jesus. Não era um outro parecido, era o próprio Jesus! Diante desse testemunho, Tomé exige ele mesmo ver também as marcas da paixão e da crucifixão. Em relação à ressurreição de Jesus, Tomé só aceita acreditar na própria experiência.
Oito dias depois, Jesus se apresenta de novo aos discípulos. Ele se dirige diretamente a Tomé. Não critica sua posição de incredulidade. Para Jesus, as dúvidas de Tomé não têm nada de ilegítimo ou de escandaloso. Sua resistência em crer revela sua honestidade. Jesus o entende e vem a seu encontro para lhe mostrar as feridas.
As feridas mais do que provas para verificar a verdade da ressurreição são os sinais do amor de Jesus que amou até o fim. Por isso, Jesus convida Tomé a tocar suas feridas.
Não sabemos se Tomé tenha tocado as feridas de Jesus. Ele, porém, não necessita mais de provas, pois agora experimenta a presença do mestre que o ama. Tomé que tinha feito o caminho mais longo para chegar à fé no ressuscitado, foi também aquele que atingiu a maior profundidade na fé: Meu Senhor e meu Deus! Ninguém fez uma confissão como esta.
Não devemos nos assustar se encontramos dificuldades em nossa própria fé. Essas dificuldades podem nos resgatar de uma fé superficial que se contenta em repetir fórmulas, sem crescer em confiança e amor. As dificuldades podem nos levar a um amadurecimento na fé.