SEXTA-22TC

 6ª FEIRA DA 22 ª SEMANA COMUM

/09/2022 

LINKS AUXILIARES:

 

1ª Leitura: 1 Coríntios 4,1-5

Salmo Responsorial 36(37)R-A salvação de quem é justo vem de Deus. 

Evangelho Lucas 5,33-39

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 33os fariseus e os mestres da lei disseram a Jesus: “Os discípulos de João, e também os discípulos dos fariseus, jejuam com frequência e fazem orações. Mas os teus discípulos comem e bebem”. 34Jesus, porém, lhes disse: “Os convidados de um casamento podem fazer jejum enquanto o noivo está com eles? 35Mas dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, naqueles dias, eles jejuarão”. 36Jesus contou-lhes ainda uma parábola: “Ninguém tira retalho de roupa nova para fazer remendo em roupa velha; senão vai rasgar a roupa nova, e o retalho novo não combinará com a roupa velha. 37Ninguém coloca vinho novo em odres velhos; porque, senão, o vinho novo arrebenta os odres velhos e se derrama, e os odres se perdem. 38Vinho novo deve ser colocado em odres novos. 39E ninguém, depois de beber vinho velho, deseja vinho novo, porque diz: o velho é melhor”. – Palavra da salvação.


Meu irmão, minha irmã! 

1Cor 4,1-5

Paulo é muito claro e quer deixar claro qual é a sua identidade aos fiéis da Igreja de Corinto: “cada um nos considere como servos de Cristo e administradores dos mistérios de Deus”. Um apóstolo não é um substituto de Cristo, mas um servo seu. Ser substituto quer dizer que Cristo está ausente e longe. Ser servo implica que o Senhor está presente e operante. Essa afirmação de Paulo é muito atual: qualquer autoridade na Igreja nunca é um substituto de Cristo, é sempre um seu servidor. Cristo não está lá no céu, longe de nós, mas está presente e ativo na Igreja e os dirigentes da Igreja são meros servidores dele. Com efeito, nas cartas de Paulo é quase cansativa a repetição insistente de que Cristo ressuscitado não está ausente, mas presente e ativo na Igreja.

Em segundo lugar um apóstolo ou um evangelizador não é um inventor ou descobridor de uma nova teoria, mas é simplesmente “um administrador dos mistérios de Deus”. Por isso, o administrador deve estar sempre à escuta de Deus. Deverá ser um fiel sempre a espera da Palavra de Deus. O administrador não administra teorias próprias, mas o que recebe de Deus, sua Palavra, sua graça, seus benefícios. É exatamente isso o que Paulo deseja ensinar aos que tem cargos de direção na Igreja: “o que se exige dos administradores, é que cada um se mostre fiel”. 

Paulo era criticado negativamente por alguns da comunidade de Corinto. Paulo está consciente disso, mas não se importa com o julgamento de qualquer tribunal humano. Mesmo que o tribunal da sua consciência não o acuse, Paulo se submete ao supremo tribunal divino. Ele, que luta ferrenhamente contra o culto à personalidade, está plenamente consciente de que, mesmo que sua consciência subjetiva não o acuse de mal algum, não pode dizer que não exista algum mal objetivo nele. 

“Quem me julga é o Senhor”. Só Deus é propriamente o juiz do modo como Paulo administra os mistérios de Deus.



DOM JULIO ENDI AKAMINE 

Arcebispo Metropolitano de Sorocaba 

Créditos do áudio: Rádio Uniso