BATISMO 

DO SENHOR

BATISMO DO SENHOR-B

08/01/2024


 LINKS AUXILIARES:


Primeira Leitura: Isaías 55,1-11

Salmo Responsorial is 12- R- Com alegria bebereis no manancial da salvação 

Segunda Leitura: 1 João 5,1-9

Evangelho: Marcos 1,7-11

Naquele tempo João Batista pregava dizendo: “Depois de mim vem aquele que é mais forte do que eu. Eu nem sou digno de, abaixando-me, desatar a correia de suas sandálias. 8 Eu vos batizei com água. Ele vos batizará com o Espírito Santo”.9 Naqueles dias, Jesus veio de Nazaré da Galileia e foi batizado por João, no rio Jordão. 10 Logo que saiu da água, viu o céu rasgar-se e o Espírito, como pomba, descer sobre ele.  11 E do céu veio uma voz: “Tu és o meu Filho amado; em ti está o meu agrado”.


Meu irmão, minha irmã!

Mc 1,7-11

O batismo de Jesus no Jordão levanta espontaneamente uma pergunta: pode o Filho de Deus se submeter a um rito de purificação? Como é possível que Aquele que veio salvar o povo do pecado possa descer às águas junto com a multidão dos pecadores? Pode Jesus confessar os pecados?

Essas questões não são meramente teóricas. Obrigam-nos a nos buscar o sentido do batismo de Jesus para nós.

O batismo de Jesus nos mostra que Deus não se afasta dos pecadores, mas quer, com eles, manter uma relação de proximidade. A imersão de Jesus nas águas leva-nos a compreender que ele penetra também na realidade humana, compartilha a nossa condição e inicia conosco uma companhia que conduz à libertação.

Jesus não precisa do batismo de conversão, mas se faz batizar em solidariedade aos pecadores. Ele se apresenta humilde, como servo que se confunde com a massa dos pecadores. No batismo Jesus carrega sobre si o peso da culpa de toda humanidade para mergulhá-la nas águas do Jordão. Ele começa a sua vida pública tomando o lugar dos pecadores. Ao fazer assim antecipa a sua Cruz na qual se cumprirá toda a justiça.

Além de solidariedade com a humanidade pecadora, o batismo revela que Jesus tem com o Pai uma relação particularíssima. A voz do céu: “Tu és meu filho amado, em ti eu me agrado”, revela a relação que Jesus tem com Deus.

No batismo se revelam essas duas relações: a relação com os pecadores e a relação com o Pai.

No batismo, Jesus revela que é o servo que assume sobre si os pecados do povo. Ele é o Filho que vive o seu ser filial ao dar a vida. A justiça que Ele comunica é a libertação definitiva do poder do maligno; o Seu batismo é o início dessa libertação, e a Páscoa será o seu cumprimento.

O Batismo de Jesus é, da parte dele, a aceitação e a inauguração de sua missão de Servo sofredor. Deixa-se contar entre os pecadores; é, já, “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29), antecipa já o “Batismo” de sua morte sangrenta. Vem, já, “cumprir toda a justiça” (Mt 3,15), ou seja, submete-se por inteiro à vontade de seu Pai: aceita por amor este batismo de morte para a remissão de nossos pecados. A esta aceitação responde a voz do Pai, que coloca toda a sua complacência em seu Filho. O Espírito que Jesus possui em plenitude desde a sua concepção vem “repousar” sobre Ele. Jesus é a fonte do Espírito para toda a humanidade. No Batismo de Jesus, “os céus se rasgaram” (Mc 1,10). No Batismo, Jesus abriu o que o pecado de Adão havia fechado.

A festa do Batismo de Jesus nos conduz a uma reflexão sobre o nosso próprio batismo e das exigências do compromisso batismal. No batismo recebemos o Espírito de Deus e nos tornamos filhos de Deus, portanto, irmãos de Jesus e herdeiros do seu reino e de sua missão.

Pelo Batismo, o cristão é sacramentalmente assimilado a Jesus, que antecipa em seu Batismo a sua Morte e a sua Ressurreição. No batismo, nós entramos neste mistério de rebaixamento humilde e de arrependimento, descemos à água com Jesus para subir novamente com ele, renascer da água e do Espírito e nos tornar, no Filho, filho bem-amado do Pai.


DOM JULIO ENDI AKAMINE

Arcebispo Metropolitano de Sorocaba

Créditos do áudio: Rádio Uniso

BATISMO DO SENHOR-A

09/01/2023


 LINKS AUXILIARES:


Primeira Leitura: Isaías 42,1-4.6-7 Eis o meu servo...

Salmo Responsorial 28(29) R- Que o Senhor abençoe, com a paz, o seu povo. 

Segunda Leitura: Atos 10,34-38

Evangelho: Mateus 3,13-17

"13.Da Galileia foi Jesus ao Jordão ter com João, a fim de ser batizado por ele. 14.João recusava-se: “Eu devo ser batizado por ti e tu vens a mim!”. 15.Mas Jesus lhe respondeu: “Deixa por agora, pois convém cumpramos a justiça completa”. Então, João cedeu.* 16.Depois que Jesus foi batizado, saiu logo da água. Eis que os céus se abriram e viu descer sobre ele, em forma de pomba, o Espírito de Deus. 17.E do céu baixou uma voz: “Eis meu Filho muito amado em quem ponho minha afeição”."


Prezados irmãos e irmãs!


Mt 3,13-17

O batismo de Jesus no Jordão levanta espontaneamente uma pergunta: pode o Filho de Deus se submeter a um rito de purificação? Como é possível que Aquele que veio salvar o povo do pecado possa descer às águas junto com a multidão dos pecadores? Pode Jesus confessar os pecados? Essas questões não são meramente teóricas: refletem de algum modo o significado salvífico do batismo de Jesus para nós.

Jesus se faz batizar em solidariedade aos pecadores. Ele se apresenta humilde, como servo que se confunde com a massa dos pecadores, mas que tem com o Pai uma relação particularíssima. No batismo, Jesus carrega sobre si o peso da culpa de toda humanidade para mergulhá-la nas águas do Jordão. Ele começa a sua vida pública tomando o lugar dos pecadores. Ao fazer assim antecipa a sua Cruz na qual se cumprirá toda a justiça.

A “justiça cumprida” será assim revelada não mais como aplicação fria da lei e imposição de penas, mas como a vitória definitiva sobre o mal. A voz do céu “Este é o meu Filho amado” é já um anúncio da ressurreição. 

No batismo, Jesus revela que é o servo que assume sobre si os pecados da humanidade. Ele é o Filho que vive o seu ser filial ao dar a vida. A justiça que Ele comunica é a libertação definitiva do poder do maligno; o Seu batismo é o início dessa libertação, e a Páscoa será o seu cumprimento.

No Catecismo da igreja Católica encontramos uma síntese profunda dos principais conteúdos do “mistério de fé” do batismo do Senhor.

535. A vida pública de Jesus tem início com seu Batismo por João no rio Jordão. João Batista proclamava “um batismo de arrependimento para a remissão dos pecados” (Lc 3,3). Uma multidão de pecadores, de publicanos e soldados, fariseus e saduceus e prostitutas vem fazer-se batizar por ele. Jesus aparece, o Batista hesita, mas Jesus insiste. E Ele recebe o Batismo. Então o Espírito Santo, sob forma de pomba, vem sobre Jesus, e a voz do céu proclama: “Este é o meu Filho bem-amado” (Mt 3,13-17). É a manifestação (“Epifania”) de Jesus como Messias de Israel e Filho de Deus.

536. O Batismo de Jesus é, da parte dele, a aceitação e a inauguração de sua missão de Servo sofredor. Deixa-se contar entre os pecadores; é, já, “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29), antecipa já o “Batismo” de sua morte sangrenta. Vem, já, “cumprir toda a justiça” (Mt 3,15), ou seja, submete-se por inteiro à vontade de seu Pai: aceita por amor este batismo de morte para a remissão de nossos pecados. A esta aceitação responde a voz do Pai, que coloca toda a sua complacência em seu Filho. O Espírito que Jesus possui em plenitude desde a sua concepção vem “repousar” sobre Ele. Jesus ser a fonte do Espírito para toda a humanidade. No Batismo de Jesus, “abriram-se os Céus” (Mt 3,16) que o pecado de Adão havia fechado; e as águas são santificadas pela descida de Jesus e do Espírito, prelúdio da nova criação.

537. Pelo Batismo, o cristão é sacramentalmente assimilado a Jesus, que antecipa em seu Batismo a sua Morte e a sua Ressurreição; deve entrar neste mistério de rebaixamento humilde e de arrependimento, descer à água com Jesus para subir novamente com ele, renascer da água e do Espírito para tornar-se, no Filho, filho bem-amado do Pai e “viver em uma vida nova” (Rm 6,4).


DOM JULIO ENDI AKAMINE

Arcebispo Metropolitano de Sorocaba

Créditos do áudio: Rádio Uniso