DOMINGO-26TC

26º DOMINGO DO TEMPO COMUM-ANO B

29/09/2024 

LINKS AUXILIARES:

 

1ª Leitura: Números 11,25-29

Salmo Responsorial 18(19)-R- A lei do /senhor Deus é perfeita, alegria ao coração. 

2ª Leitura Tiago 5,1-6

Evangelho Marcos 9,38-43.45.47-48

"38.João disse-lhe: “Mestre, vimos alguém, que não nos segue, expulsar demônios em teu nome, e lho proibimos”.* 39.Jesus, porém, disse-lhe: “Não lho proibais, porque não há ninguém que faça um prodígio em meu nome e em seguida possa falar mal de mim. 40.Pois quem não é contra nós, é a nosso favor. 41.E quem vos der de beber um copo de água porque sois de Cristo, digo-vos em verdade: não perderá a sua recompensa. 42.Mas todo o que fizer cair no pecado a um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que uma pedra de moinho lhe fosse posta ao pescoço e o lançassem ao mar! 43.Se a tua mão for para ti ocasião de queda, corta-a; melhor te é entrares na vida aleijado do que, tendo duas mãos, ires para a geena, para o fogo inextinguível""45.Se o teu pé for para ti ocasião de queda, corta-o fora; melhor te é entrares coxo na vida eterna do que, tendo dois pés, seres lançado à geena do fogo inextinguível""47.Se o teu olho for para ti ocasião de queda, arranca-o; melhor te é entrares com um olho de menos no Reino de Deus do que, tendo dois olhos, seres lançado à geena do fogo, 48.onde o seu verme não morre e o fogo não se apaga." 


PREZADOS IRMÃOS E IRMÃS!


Estamos celebrando o último domingo do mês de setembro. Neste dia, recordamos, de uma maneira toda especial, a Bíblia! No Brasil, o Jubileu de Ouro (50 anos) do Mês da Bíblia. Nenhum outro livro conseguiu ser traduzido para tantas línguas e chegar a tantos povos como a Bíblia, na qual encontramos a Palavra de Deus. Mesmo escrita há séculos, consegue ser sempre atual e importante para qualquer momento de nossa vida.

A liturgia deste domingo nos coloca, mais uma vez, no contexto do ensinamento de Jesus a seus discípulos, enquanto caminhavam para Jerusalém. Apresenta alguns elementos importantes que precisam ser continuamente recordados. Tanto a primeira leitura quanto o Evangelho, nos recordam que Deus não é propriedade de ninguém. Nenhuma igreja, instituição ou hierarquia possui o monopólio do Espírito, nem pode contratá-lo e, muito menos, acorrentá-lo. O Espírito porém, está em todos aqueles que, pela prática dos valores ensinados por Jesus, estão abertos e dispostos a assumir o caminho que leva à verdadeira construção do Reino de Deus, que não é comida nem bebida, mas amor, paz, justiça, solidariedade, partilha.

Nossa comunidade deve ser capaz de promover o diálogo e saber valorizar as ações boas de outros grupos. Devemos fazer o bem, porque somos cristãos e a fé em Cristo nos leva a tal atitude, não porque ele ou ela pertencem ao nosso grupo.

Neste sentido, os discípulos se mostram um tanto limitados no entendimento do Reino. No domingo passado, estavam interessados em saber quem era o maior, hoje, demonstram fraqueza ao querer calar alguém que também faz o bem, mas não participa oficialmente do “grupo eleito”.

São dificuldades que fazem parte de nossa vida e do dia a dia de nossas comunidades e paróquias. A comunidade não pode ser uma seita nem nosso agir, simplesmente proselitista. Temos que aprender a reconhecer e nos alegrar com os gestos de vida que acontecem à nossa volta, mesmo quando esses gestos resultam da ação de não crentes (ateus como alguns se autodefinem), ou de pessoas que não pertencem à instituição Igreja.

O verdadeiro cristão não tem inveja do bem que outros fazem, não sente ciúmes se Deus atua através de outras pessoas, mas esforça-se, cada dia, por testemunhar os valores do Reino e alegra-se com os sinais da presença de Deus em tantos irmãos que lutam por construir um mundo mais justo e fraterno.

A parte seguinte do Evangelho nos coloca diante do problema do escândalo dos pequenos da comunidade. A radicalidade exigida por Jesus não deve ser considerada no âmbito físico. Usando imagens e linguagem tipicamente semitas, Jesus manda cortar e jogar fora tudo o que possa causar problemas, seja no contexto pessoal ou comunitário, mesmo se isso exigir uma atitude drástica, a fim de não sermos motivo de queda para ninguém.