Salmo Responsorial: 65(66) R- Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira
Evangelho: João 6,35-40
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 35'Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede. 36Eu, porém, vos disse que vós me vistes, mas não acreditais. 37Todos os que o Pai me confia virão a mim, e quando vierem, não os afastarei. 38Pois eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. 39E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. 40Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia.' Palavra da Salvação.
Meu irmão, minha irmã!
At 8,1-8
Logo depois do martírio de Estêvão, a perseguição contra a Igreja se intensifica. São Lucas noticia que “Começou uma grande perseguição contra a Igreja que estava em Jerusalém. Todos, com exceção dos apóstolos, se dispersaram pelas regiões da Judéia e da Samaria”. Todos se dispersaram... Parece o fim da Igreja! Todos os cristãos se dispersaram. Em outro lugar dos At, Lucas relata que os que se dispersaram chegaram até a Fenícia, Chipre e Antioquia (11,19).
Lucas narra também que Saulo perseguia mortalmente a Igreja. O futuro apóstolos dos gentios, aparece como perseguidor. Essa apresentação de Saulo prepara o evento da conversão de Paulo como fruto da graça e do poder de Cristo.
Aquilo que poderia ser a morte da Igreja nascente se revela na verdade como abertura do Evangelho aos pagãos. Para os At, a dispersão dos cristãos significou a dispersão da semente do Evangelho para o mundo dos gentios. O Espírito Santo faz com que a Igreja supere as fronteiras nacionais para anunciar a todos os povos o Evangelho de Cristo. Assim a pregação do Evangelho a todos depende diretamente da vontade de Deus e não tanto das circunstâncias históricas da perseguição.
Antes mesmo do surgimento do Apóstolo dos gentios, houve uma pregação do Evangelho aos pagãos realizada por obra de missionários anônimos. Quando Paulo começou a sua missão entre os gentios, ele encontrou comunidades já constituídas em Damasco, Antioquia, Éfeso e Roma. Essas comunidades cristãs surgiram do trabalho de inúmeros missionários anônimos.
É verdade que são mencionados nomes de missionários como Felipe, que percorreu a Samaria, mas isso não desvaloriza, antes destaca, a obra de tantos outros missionários anônimos. De fato, na história da evangelização há muitíssimos missionários anônimos. Isso nos ensina que a verdadeira alegria do missionário não é ter seu nome imortalizado, mas o fato de o Evangelho se difundir e salvar as pessoas.
Sejamos nós também missionários do Evangelho
Jo 6,35-40
Existem momentos na vida em que sentimos mais agudamente a fragilidade da vida, a sua precariedade.
Jesus se revela como o Pão da vida. Ele não despreza a vida corporal: curou os doentes, ressuscitou os mortos. Mas o que Ele deseja nos dar é a plenitude da vida. Ele não é somente o pão que nos faz sobreviver, mas o pão que nos faz reviver. O pão conserva a vida, mas não nos mantém na vida; é Jesus quem nos dá a vida em plenitude.
“Esta é a vontade de quem me enviou, que eu não perca nenhum daqueles que me deu, mas o ressuscite no último dia”. Jesus é o pão da vida porque nos leva à ressurreição.
Somente Ele pode realizar tal obra porque ele próprio ressuscitou: “Eu dou a minha vida, para depois retomá-la. Ninguém tem o poder de tirá-la, mas sou eu que a ofereço. Eu tenho o poder de oferecê-la e de retomá-la de novo”. Jesus abriu um caminho através da morte até a ressurreição, porque para ressurgir era necessário aceitar a morte para superá-la.
Dando-nos o seu corpo na Eucaristia, Jesus nos comunica a sua vida de Ressuscitado. A eucaristia normalmente não nutre a vida do corpo. Ela insere e nutre em nós a vida do Cristo ressuscitado: é garantia de ressurreição. E o caminho da ressurreição que Jesus percorreu por primeiro consiste no dom de si mesmo até a morte. Jesus é vida e ressurreição porque se doou até o fim. Assim receber a eucaristia é receber aquele que se ofereceu por nós até a morte, é receber o alimento que nos dá forças para seguir o mesmo caminho de Jesus.
Santo Anselmo
Senhor meu Deus, ensinai a meu coração onde e como vos procurar, onde e como vos encontrar.
Olhai-nos, Senhor, ouvi-nos, mostrai-vos a nós. Dai-nos novamente a vossa presença para sermos felizes, pois sem vós somos tão infelizes! Tende piedade dos rudes esforços que fazemos para alcançar-vos, nós que nada podemos sem vós.
Ensinai-nos a vos procurar e mostrai-vos quando vos procuro; pois não posso procurar-vos se não me ensinais nem vos encontrar se não vos mostrais. Que desejando eu vos procure, procurando vos deseje, amando vos encontre e encontrando vos ame.