ANOS PARES
AS LEITURAS DESTA PÁGINA E DO MÊS TODO
Leitura: 1 Samuel 9,1-4.17;10,1a
Salmo 20(21) R- Ó Senhor, em vossa força o rei se alegra
Evangelho de Marcos 2,13-17
Naquele tempo: 13Jesus saiu de novo para a beira do mar. Toda a multidão ia ao seu encontro e Jesus os ensinava. 14Enquanto passava, Jesus viu Levi, o filho de Alfeu, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: 'Segue-me!' Levi se levantou e o seguiu. 15E aconteceu que, estando à mesa na casa de Levi, muitos cobradores de impostos e pecadores também estavam à mesa com Jesus e seus discípulos. Com efeito, eram muitos os que o seguiam. 16Alguns doutores da Lei, que eram fariseus, viram que Jesus estava comendo com pecadores e cobradores de impostos. Então eles perguntaram aos discípulos: 'Por que ele come com os cobradores de impostos e pecadores?' 17Tendo ouvido, Jesus respondeu-lhes: 'Não são as pessoas sadias que precisam de médico, mas as doentes. Eu não vim para chamar justos, mas sim pecadores.' Palavra da Salvação.
Meu irmão, minha irmã!
Marcos 2,13-17
O evangelho de hoje nos mostra a diferença que há entre Jesus e os fariseu no modo de entender a religião. Os fariseus querem a separação entre os justos e os pecadores. É evidente que há uma diferença entre a santidade e o pecado. O problema dos fariseus está na mentalidade de se considerarem justos e, por isso, separados dos pecadores. O que é condenável nos fariseus não se encontra no plano da moral, mas no comportamento moralista de se julgar justo e de desprezar os outros.
É por isso que Jesus responde: “Não são as pessoas sadias que precisam de médico, mas as doentes. Eu não vim para chamar justos, mas sim pecadores”. Jesus não aprova o pecado e quer a salvação do pecador. Mas a graça de Cristo não pode salvar aquele que pensa bastar-se a si mesmo, aquele que confia na própria justiça. Esse é o mesmo absurdo do doente que não quer ser tratado pelo médico, que esconde para si mesmo e para o médico a sua enfermidade.
Muitas vezes nos comportamos com o Senhor da mesma forma absurda e farisaica: os outros são pecadores, nós não! Os outros não praticam a religião, nós somos praticantes! Nós nos esquecemos de que nós não somos justificados pelos nossos méritos, mas somos justificados gratuitamente por Cristo. Sempre que nos consideramos justos e os outros pecadores, nos excluímos da ação salvadora de Cristo não veio para chamar justos, mas sim pecadores.
1 Samuel 9,1-4.17;10,1a
Nesta leitura ouvimos o episódio da unção de Saul. Saul era o mais belo entre os israelitas e foi o primeiro chefe ungido por Deus. Em grego, Saul foi o primeiro “cristo”. Em hebraico, Saul é o primeiro “messias”. Com Saul começa a se delinear a promessa de Deus de enviar o Cristo, o Messias, o Ungido do Senhor.
Davi também será ungido com óleo. Mesmo que Saul tenha tentado matar, Davi sempre o respeitou exatamente porque era o messias-ungido do Senhor.
A unção de Saul, de Davi e de tantos outros que se sucederam no trono de Israel sempre indicava uma espécie de transformação do homem que Deus tinha eleito. Mas essa unção não tirava magicamente as limitações e as misérias morais dos ungidos. Além disso, a unção era incomunicável. Saul, por exemplo, não podia ungir outros. Também Davi não ungiu Salomão, mesmo que o tenha escolhido para o suceder no trono.
Nós sabemos que todos esses ungidos foram na verdade uma preparação para o verdadeiro ungido, Cristo-Messias, que é Jesus. Unção de Cristo, no entanto, nos é comunicada. Jesus nos comunica a sua dignidade real e por isso somos chamados de cristãos. Agradeçamos a unção de Jesus que é o próprio Espírito Santo.
DOM JULIO ENDI AKAMINE