Salmo Responsorial 78(79)-R- Por vosso nome e vossa glória libertai-nos, ó Senhor!
Evangelho Lucas 10,13-16
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, disse Jesus: 13“Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e Sidônia tivessem sido realizados os milagres que foram feitos no vosso meio, há muito tempo teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e sentando-se sobre cinzas. 14Pois bem, no dia do julgamento, Tiro e Sidônia terão uma sentença menos dura do que vós. 15Ai de ti, Cafarnaum! Serás elevada até o céu? Não, tu serás atirada no inferno. 16Quem vos escuta a mim escuta; e quem vos rejeita a mim despreza; mas quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou”. – Palavra da salvação.
Vocês estão bem?
No Evangelho de Lucas, 10, 16, Jesus diz: “Quem vos escuta, a mim escuta; e quem vos rejeita, a mim despreza; mas quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou”.
Todos sem exceção são chamados a dar a razão de sua fé, a testemunhar que Jesus é o Senhor, a tornar conhecido o seu evangelho. Mas quem rejeita Jesus rejeita também o Pai, que enviou o seu Filho ao mundo, e rejeita o seu plano de amor.
Abençoado dia a todos!
Forte abraço!
Pe José Antonio.
Comentário mais extenso:
Meu irmão, minha irmã!
Br 1,15-22
Uma vez os discípulos pediram a Jesus: “ensina-nos a rezar”. Na leitura de hoje, o profeta Baruc ensina o povo como ele deve orar. Perante Deus, o profeta ensina que não há outra forma de orar a não ser a de confessar os pecados e as infidelidades: “Ao Senhor nosso Deus, cabe justiça; enquanto a nós, resta-nos corar de vergonha”, “pois pecamos diante do Senhor e lhe desobedecemos e não ouvimos a voz do Senhor”; “temos sido desobedientes ao Senhor nosso Deus, procedemos inconsideradamente, deixando de ouvir sua voz”.
A oração que Baruc ensina ao povo é uma confissão da culpa que envolve a todos, desde os maiores até aos pequenos: reis, sacerdotes, profetas e o povo simples. Essa confissão deve provocar em todos a aflição do coração: não obedecemos, não escutamos, fomos rebeldes!
A confissão leva a aceitar as consequências das infidelidades a Deus: a catástrofe nacional aniquilou o povo e provocou o exílio. É o salário justo, a consequência inevitável e triste da surdez ante às denúncias dos profetas e da Palavra de Deus: “entregamo-nos, cada qual, às inclinações do perverso coração, para servir a outros deuses e praticar o mal aos olhos do Senhor, nosso Deus!”
Além da confissão, essa oração de Baruc revela também a sua solidariedade com os pecadores. O profeta não se põe fora nem acima do povo pecador. Mesmo sendo inocente, o profeta confessa os pecados do povo sem se separar dos pecadores.
Nós também devemos fazer como o profeta Baruc e principalmente como Jesus. Podemos e devemos, com verdade, pedir perdão por todas as injustiças e crimes que há no mundo, pelo ódio que explode com ferocidade desumana contra vítimas inocentes, pela corrupção que continua a negar aos mais pobres os seus direitos, por todos os atentados contra a vida dos inocentes, por todas as imoralidades que são cometidas. A exemplo do profeta podemos assumir em nossos ombros de tudo isso, não com a angústia que deprime, mas com a solidariedade que quer compartilhar o peso que esmaga Cristo sofredor. assim fazendo participamos pessoalmente da salvação da humanidade.
Lc 10,13-16
Ai de ti, Corazim! Ai de ti Betsaida! Ai de ti, Cafarnaum! Com essa condenação Jesus nos coloca diante do risco que implica o anúncio do Evangelho. Pela sua própria natureza o Evangelho é uma proposta humilde que reclama a nossa livre aceitação. Uma vez que Jesus nunca viola a nossa liberdade, Ele pode, como aconteceu em sua missão histórica, ser aceito ou rejeitado. Ninguém pode se salvar sem o próprio consentimento. Por isso, o Evangelho e o seu anunciador sempre correm o risco da rejeição.
Com a condenação (ai de ti), Jesus quer chamar a atenção para o fato de que o julgamento dos que não tiveram a oportunidade de ouvir a Palavra será mais brando do que o julgamento dos que, tendo recebido o Evangelho, o rejeitaram. Receber o Evangelho é sim um grande dom e um privilégio. Mas é também uma responsabilidade séria. A quem muito foi dado, muito será pedido.
O missionário deve anunciar o Evangelho! Ele não quer privar os outros da mesma felicidade e alegria de ter encontrado o tesouro do coração, o sentido da vida, a verdade que liberta! É evidente que o Evangelho implica a responsabilidade da livre aceitação, mas negar o Evangelho aos outros, a fim de evitar uma possível rejeição e, consequentemente, uma triste condenação, é o mesmo que não oferecer ao doente o remédio que cura para não correr o risco dos seus efeitos colaterais.
Neste mês missionário rezemos para que todos nós, discípulos missionários, anunciemos com alegria o Evangelho da salvação. A dura admoestação de Jesus contra as cidades da Galileia não é uma sentença de abandono, mas uma insistente exortação à conversão. Que saibamos anunciar o Evangelho da conversão com coragem e humildade, uma vez que muito recebemos e, por isso, muito devemos dar.