Hoje, terça-feira.
No Evangelho de Lucas 6, 17 e 18, diz: “Jesus desceu da montanha com os Apóstolos e parou num lugar plano. Ali estavam muitos discípulos e grande multidão de gente de toda a Judéia e de Jerusalém, do litoral de Tiro e Sidônia. Vieram para ouvir Jesus e serem curados de suas doenças”.
Não é uma procura à toa, não estão movidos pela curiosidade, mas vêm para aprender de Jesus, para serem curados das suas doenças. Senhor, que sejamos atraídos por vós, para que, caminhando nas vossas pegadas, possamos viver dia a dia a liberdade dos filhos de Deus.
Abençoado dia a todos!
Forte abraço!
Pe José Antonio.
Comentário mais extenso:
Lc 6,12-19
A Liturgia recorda hoje dois Apóstolos quase desconhecidos.
Os Doze, símbolo do novo Povo de Deus, foram escolhidos, não com base nas suas qualidades e méritos, mas, como diz Lucas, depois de uma noite de oração, de intensa comunhão com o Pai, quase como se Jesus tivesse buscado o Espírito que seria, depois, transmitido aos chamados, fazendo deles apóstolos.
Lucas mostra-nos em numerosas ocasiões como a oração era importante para Jesus. Todas as decisões cruciais da vida de Jesus foram tomadas num contexto de oração, desde o Batismo até ao Getsêmani e à Cruz.
No episódio evangélico de hoje, podemos contemplar Jesus que passa toda a noite em oração porque está prestes a fazer uma eleição que reforçará para sempre a sua ligação com os seus discípulos. Trata-se de um empenho definitivo, porque Ele instituirá com os Doze a sua comunidade messiânica; escolherá as doze colunas sobre as quais edificará a Igreja. Por este Novo Povo de Deus e por toda a humanidade, derramará o seu sangue para o perdão dos pecados.
Os “apóstolos” – palavra que significa “enviados” – são escolhidos antes da Paixão-Morte-Ressurreição, mas só depois da Páscoa e do Pentecostes a missão deles desenvolverá todo o seu potencial, cumprindo-se plenamente. Antes disso, porém, são chamados a fim de serem formados e preparados para aquilo que os espera, quando o Mestre Se tornar presença no Espírito. A oração, portanto, revela-se como alma da missão.