6ª FEIRA DA 14 ª SEMANA COMUM
1ª Leitura: Gênesis 46,1-7.28-30
Salmo Responsorial 36 (37) A salvação vem de Deus
Evangelho Mateus 10, 16-23
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 16“Eis que eu vos envio como ovelhas no meio de lobos. Sede, portanto, prudentes como as serpentes e simples como as pombas. 17Cuidado com os homens, porque eles vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas. 18Vós sereis levados diante de governadores e reis por minha causa, para dar testemunho diante deles e das nações. 19Quando vos entregarem, não fiqueis preocupados de como falar ou do que dizer. Então naquele momento vos será indicado o que deveis dizer. 20Com efeito, não sereis vós que havereis de falar, mas sim o Espírito do vosso Pai é que falará através de vós. 21O irmão entregará à morte o próprio irmão; o pai entregará o filho; os filhos se levantarão contra seus pais e os matarão. 22Vós sereis odiados por todos por causa do meu nome. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo. 23Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra. Em verdade vos digo, vós não acabareis de percorrer as cidades de Israel antes que venha o Filho do homem”. – Palavra da salvação
Comentário do Evangelho
Vocês estão bem?
Hoje, sexta-feira, dia 11 de julho de 2025.
No Evangelho de Mateus 10, 16, Jesus disse aos seus discípulos: “Eis que eu vos envio como ovelhas no meio de lobos. Sede, portanto, prudentes como as serpentes e simples como as pombas”.
Tenham a mansidão das pombas e a sagacidade das serpentes. A simplicidade e a esperteza. Na realização da missão é preciso prudência e simplicidade; é fundamental a confiança na presença permanente do Senhor. Peçamos ao Senhor a graça da coerência, para vivermos como cristãos.
Abençoado dia a todos!
Forte abraço!
Pe José Antonio.
Comentário da primeira leitura
Jacó viveu anos sofrendo com a perda de seu filho José. Ao longo dos anos, Jacó tinha aprendido a conviver com essa dor, a se alimentar de recordações e a se consumir pelo sofrimento da ausência do filho amado.
De repente, ele é informado de que José vive e é governador do Egito. De repente, o longo período de sofrimento é anulado e o passado é conectado violentamente ao presente. Jacó tinha perdido o filho adolescente e agora o recupera como adulto engrandecido. É como se José tivesse saltado da adolescência ingênua e sonhadora para uma maturidade carregada de responsabilidades, sem ter passado pelo tempo intermediário da lenta maturação e desenvolvimento.
É demais para ele e seu coração. A alegria do presente será o último movimento de sua vida: “Agora poderei morrer contente, porque vi a tua face e te deixo com vida”. Assim o vazio aprofundado e sofrido de muitos anos se enche instantaneamente ao ver o filho.
A alegria de Jacó é alegria paterna: é alegria pelo filho. Sua alegria não é a preservação do nome e da descendência; para isso ele tem outros onze filhos. Sua alegria não é a lembrança de Raquel, para isso ele tem Benjamim. Também não é o orgulho de ver um filho bem-sucedido. É simplesmente seu filho vivo. E isso é tudo.
Para descrever toda essa alegria do pai que abraça o filho também a Bíblia tem dificuldade de encontrar as palavras. Por isso, o relato bíblico é muito sóbrio: descreve apenas um movimento, um gesto e uma frase. O movimento é o de José que sai do carro com atitude filial. O gesto é um abraço com lágrimas. A frase junta os extremos da morte e da vida. “Agora poderei morrer contente, porque vi a tua face e te deixo com vida”.
A morte do pai dá lugar ao protagonismo do filho, e a vida do filho dá serenidade à retirada do pai.
Contemplemos com calma e atenção esse encontro: um movimento, um gesto, uma frase!