Salmo Responsorial 144(145)-R- O Senhor é muito bom para com todos.
Evangelho Lucas 6,12-19
Naqueles dias, Jesus foi à montanha para orar. Passou a noite toda em oração a Deus.13 Ao amanhecer, chamou os discípulos e escolheu doze entre eles, aos quais deu o nome de apóstolos:14 Simão, a quem chamou Pedro, e seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu;15 Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado zelote;16 Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, que se tornou o traidor.17 Jesus desceu com eles da montanha e parou num lugar plano. Ali estavam muitos dos seus discípulos e uma grande multidão de gente de toda a Judéia e de Jerusalém, e do litoral de Tiro e Sidônia.18 Vieram para ouvi-lo e serem curados de suas doenças. Também os atormentados por espíritos impuros eram curados.19 A multidão toda tentava tocar nele, porque dele saía uma força que curava a todos.
Vocês estão bem?
Hoje, terça-feira.
O Evangelho de Lucas, 6, 17 e 18, nos diz: “Jesus desceu da montanha e parou num lugar plano. Ali estavam muitos dos seus discípulos e grande multidão de gente de toda a Judéia e de Jerusalém, do Litoral de Tiro e Sidônia. Vieram para ouvir Jesus e serem curados de suas doenças”.
A fé vem unicamente de Cristo, raiz de tudo o que é humano. Em Cristo se encontra tudo o que o homem pode procurar e desejar. Cristo é aquele de quem vive o homem e aquele que o homem continuará sempre a procurar.
Abençoado dia a todos!
Forte abraço!
Pe José Antonio.
COMENTÁRIO MAIS EXTENSO:
Meu irmão, minha irmã!
Cl 2,6-15
Paulo pede aos colossenses que estejam enraizados em Cristo e edificados sobre Ele, dando-lhe muitas ações de graças. Esse convite em dar a Cristo muitas ações de graças é uma reação própria de quem foi cumulado de graças por Cristo.
Em Cristo nós fomos sepultados com Ele no batismo e fomos com Ele ressuscitados. Recebemos abundantemente a graça de Deus por meio de Cristo, por isso devemos também abundar em ações de graças. Devemos recordar sempre que fomos agraciados abundantemente e por isso devemos ser generosos na gratidão.
Alguns estudiosos notaram que Paulo fala muitas vezes do amor ao próximo, mas raramente fala do amor a Deus. Paulo sempre exorta a amar os outros com generosidade, mas não convida os fiéis a amar a Deus. Esses estudiosos dizem que para Paulo a relação com Deus se dá pela fé e por isso não fala de amor a Deus. Por outro lado, para Paulo a relação com os outros se dá pelo amor e por isso convida frequentemente ao amor ao próximo.
Mas essa interpretação é inexata. Paulo não usa a palavra “amor” na relação com Deus porque para Paulo essa palavra exprime o amor generoso e não o amor agradecido. Ele convida os cristãos a viver em ação de graças a Deus, e mesmo que não use a palavra amor, a relação com Deus é de amor agradecido. Ora o amor agradecido se exprime na ação de graças frequente e abundante.
Devemos levar a sério esse convite de Paulo em dar a Cristo muitas ações de graças. Muitas vezes vivemos em uma atmosfera espiritual negativa de lamentos e reclamações. Os nossos defeitos e a imperfeição de nossa vida espiritual fazem crescer ainda mais a nossa tristeza e insatisfação. Se, porém, levarmos a sério o convite de Paulo, seremos conduzidos a um clima de agradecimento e de gratidão pelos dons que o Senhor nos cumulou. Vivendo na gratidão a Deus, cresceremos no amor a Deus de uma maneira muito mais eficaz do que nos lamentando de nossos defeitos.
É isso o que fazemos na eucaristia: dar muitas ações de graças a Cristo. A oração eucarística, por exemplo, é uma ação de graças da Igreja que se eleva por Cristo ao Pai. A eucaristia nos ensina que a ação de graças é fonte de salvação e de progresso na vida cristã. A eucaristia é fonte de alegria, de oração e de gratidão.
Lc 6,12-19
O evangelho nos narra que a multidão toda procurava tocar em Jesus, porque uma força saia dele, e curava a todos.
De onde vem essa força de curar as doenças? Qual é a origem desse poder sanador de Jesus?
Se lermos com atenção, veremos que a resposta a essa pergunta está no início do evangelho de hoje: Jesus foi à montanha para rezar. Passou a noite toda em oração a Deus. Jesus sente a necessidade de rezar longamente antes de tomar uma decisão importantíssima em sua missão: a decisão de escolher os doze.
Esse é um exemplo estupendo que devemos sempre ter presente em nossa vida cristã. Toda decisão, toda ação deve ser tomada à luz que recebemos na oração. Para que nossa ação seja como a de Jesus, é preciso rezar como Ele: oração constante, humilde e confiante. A nossa oração deve ser uma participação da oração de Jesus, deve ser um deixar o Espírito rezar em nós: Abbá, ó Pai!
Acolhamos o convite que o evangelho de hoje nos faz: o de orar e o de nos unir com frequência à oração que Jesus mesmo faz por nós. Ele reza sempre por nós: Ele está sempre intercedendo em nosso favor (Hb 7,25), pois Ele é nosso advogado junto ao Pai (1Jo 2,1).