TERÇA-23TC

3ª FEIRA DA 23 ª SEMANA COMUM

10/09/2024

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1ª Leitura: 1 Coríntios 6,1-11

Salmo Responsorial 149-R- O Senhor ama  seu povo de verdade.

 Evangelho Lucas 6,12-19

Naqueles dias, Jesus foi à montanha para orar. Passou a noite toda em oração a Deus.13       Ao amanhecer, chamou os discípulos e escolheu doze entre eles, aos quais deu o nome de apóstolos:14          Simão, a quem chamou Pedro, e seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu;15  Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado zelote;16 Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, que se tornou o traidor.17     Jesus desceu com eles da montanha e parou num lugar plano. Ali estavam muitos dos seus discípulos e uma grande multidão de gente de toda a Judéia e de Jerusalém, e do litoral de Tiro e Sidônia.18  Vieram para ouvi-lo e serem curados de suas doenças. Também os atormentados por espíritos impuros eram curados.19 A multidão toda tentava tocar nele, porque dele saía uma força que curava a todos.


Meu irmão, minha irmã!

1Cor 6,1-11

Uma comunidade cristã deveria ser um lugar onde não houvesse injustiças, brigas e desentendimentos pessoais, pois Cristo ensinou e viveu o amor incondicional e o perdão. Ele nos ensinou a nos amar como nos amou e a perdoar setenta vezes sete. Ensinou também a dar a outra face, a deixar levar também o manto e a andar dois quilômetros. Viver o Evangelho nos leva a um mundo novo de paz, sem ódio nem violência. Infelizmente não é bem isso que acontece.

São Paulo lamenta profundamente que os fiéis de Corinto recorram aos tribunais pagãos para tentar resolver os desentendimentos que surgiam no seio da comunidade cristã. Assim à vergonha das brigas entre os fiéis se acrescenta ainda a desgraça dos processos de irmão contra irmão. Entre os cristãos havia litígios e brigas de todo tipo e, como se não bastassem, eles levavam suas questões pessoais para serem julgadas nos tribunais pagãos. Assim a roupa suja em vez de ser lavada na comunidade se tornava uma briga pública para a vergonha da própria Igreja.

Paulo mostra assim que a comunidade de Corinto está duplamente errada. Primeiro porque entre eles não deveria haver contendas. Se há brigas é porque o Evangelho não é vivido em plenitude. Segundo, porque, recorrer a tribunais pagãos só revela e torna pública a incapacidade de os coríntios dialogarem para superarem seus problemas no seio da Igreja.

Paulo aponta a ferida da comunidade e busca o remédio para curá-la. Nesse sentido, Paulo apresenta um mandamento e um conselho. O mandamento é este: que as questões sejam julgadas internamente por cristãos qualificados. “Será que, aí entre vós, não se encontra alguém sábio que possa ser juiz entre irmãos?”

O conselho é renunciar aos próprios direitos pelo bem da paz, que é um trinfo da caridade sobre a pura e fria justiça: “Por que não tolerais, antes, a injustiça? Por que não tolerais antes ser prejudicados?” Esse conselho atualiza para Corinto o que Jesus ensinou no Sermão da Montanha.


DOM JULIO ENDI AKAMINE 

Arcebispo Metropolitano de Sorocaba 

Créditos do áudio: Rádio Uniso