18/11/2025
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AS LEITURAS DESTA PÁGINA E DO MÊS TODO
1ª Leitura: 2 Macabeus 6,18-31
Salmo Responsorial 3-R- É o Senhor quem me sustenta e me protege!
Evangelho Lucas 19,1-10
Tendo entrado em Jericó, Jesus estava passando pela cidade. 2 Havia ali um homem chamado Zaqueu, que era chefe dos publicanos e muito rico. 3 Ele procurava ver quem era Jesus, mas não conseguia, por causada multidão, pois era baixinho.4 Então ele correu à frente e subiu numa árvore para ver Jesus, que devia passar por ali. 5 Quando Jesus chegou ao lugar, olhou para cima e disse: “Zaqueu, desce depressa! Hoje eu devo ficar na tua casa”. 6 Ele desceu depressa, e o recebeu com alegria. 7 Ao verem isso, todos começaram a murmurar, dizendo: “Foi hospedar-se na casa de um pecador!” 8 Zaqueu pôs-se de pé, e disse ao Senhor: “Senhor, a metade dos meus bens darei aos pobres, e se prejudiquei alguém, vou devolver quatro vezes mais”. 9 Jesus lhe disse: “Hoje aconteceu a salvação para esta casa, porque também este é um filho de Abraão. 10Com efeito, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido”.
Meu irmão, minha irmã!
Lc 19,1-10
Entre a multidão, do alto de uma figueira, Zaqueu queria ver Jesus. Ele não sabia como a sua vida seria mudada. Não podia suspeitar que o seu desejo de ver Jesus e a sua curiosidade iriam provocar uma mudança radical e definitiva em sua vida.
Quando chegou ao lugar, Jesus olhou para cima e viu Zaqueu. Sabe que Zaqueu o procura; dirige-lhe a palavra; faz-se convidar para ir a sua casa. Jesus sabe recompensar quem o busca com sinceridade de coração.
A hospitalidade, ativa e pronta, de Zaqueu é transformada em uma promessa; a alegria se transformou em generosidade. Ele ouve as críticas maldosas; talvez sejam até justas e merecidas! Mas a sua disponibilidade em acolher Jesus se torna motivo de sua conversão verdadeira e profunda.
O encontro de Zaqueu com Jesus é uma chave de leitura da vida cristã. A nossa conversão só é possível porque Jesus vem a nosso encontro. É o encontro com Ele que provoca a nossa conversão.
Sabemos que a riqueza de Zaqueu provinha de seu ofício, desempenhado sem escrúpulos. Os romanos davam em arrendamento (concessão) a cobrança de impostos sem exigir outra coisa a não ser o pagamento da quantidade estipulada. Um chefe de cobradores de impostos tinha mais ocasião para se enriquecer às custas de fraudes e abusos. Evidentemente ele não defraudava os romanos e o fisco, mas os cidadãos pobres.
Zaqueu desejava ver Jesus. Sua curiosidade não era meramente superficial. De alguma maneira ele devia, há tempos, como Herodes, se perguntar quem era esse homem.
É uma ironia fina a cena do homem rico e muito baixinho, que sobe numa árvore. Essa cena ganha força, quando Jesus é obrigado a olhar para cima para conversar com Zaqueu. Jesus o chama pelo nome, como um velho conhecido, como se tivesse vindo para a cidade para fazer-lhe uma visita.
Zaqueu obedece com prontidão e com alegria. Afinal era uma honra receber Jesus, mas isso provoca a reação de outros: “Esse homem come com os pecadores”, é o comentário de uma outra perícope.
Zaqueu devolve o dobro do que a Lei exige (Ex 22,4: “Se um animal roubado – boi, jumento ou ovelha – for encontrado vivo nas mãos do ladrão, este devolverá tudo em dobro”). Zaqueu dá a metade dos seus bens aos pobres como forma de expiação. Diferente do que foi pedido ao jovem rico, Zaqueu não precisa se desprender de tudo para seguir Jesus, pois não foi chamado para isso.
DOM JULIO ENDI AKAMINE