27 DE DEZEMBRO

27 DE DEZEMBRO

3º DIA DA OITAVA DO NATAL

SÃO JOÃO APÓSTOLO E EVANGELISTA


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Leitura: 1 João 1,1-4

Salmo 96(97)R-Ó justos, alegrai-vos no Senhor!

Evangelho de João 20,2-8

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – No primeiro dia da semana, 2Maria Madalena saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”. 3Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. 6Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. 8Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu e acreditou. – Palavra da salvação.


Meu irmão, minha irmã!

1Jo 1,1-4

Na primeira leitura, São João exprime todo o seu entusiasmo pelo mistério da encarnação.

Ele exprime seu entusiasmo demonstrando: 1) o realismo, 2) a grandeza e 3) a eficácia da encarnação. 

1) O realismo da encarnação: no tempo de São João alguns diziam que era impossível que o Filho de Deus pudesse assumir a carne humana. Diziam que a encarnação não era real, era somente aparente.

João insiste: não é aparência, é verdadeira a carne de Jesus, carne assumida pelo Filho de Deus. Tão real que João afirma: “o que nós vimos, ouvimos e tocamos”. É realidade, não é ilusão. 

Jesus nasceu realmente, cresceu e morreu de verdade. Isso tudo não foi aparência nem teatro. Ele realmente assumiu a nossa existência terrena exceto o pecado. 

2) São João demonstra a grandeza da encarnação. Esse homem Jesus não é simplesmente um homem, mas é a manifestação de uma realidade que não podemos sequer conceber bem: é um ser humano e, ao mesmo tempo, o Verbo da Vida. Ele é a própria Vida na sua realidade mais profunda. Ele é “a vida eterna que estava junto ao Pai e que se tornou visível a nós”. 

3) São João demonstra também a eficácia da encarnação. O Verbo de Deus se encarnou para que nós estejamos, de agora em diante, em “comunhão com o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo”. A encarnação é para a comunhão. 

Nós experimentamos a carne humana como limitação e como obstáculo para a comunhão.

Com a carne estamos em um lugar e não em outro. Podemos alcançar as pessoas queridas com o pensamento, mas a carne nos impede de estar em comunhão direta com eles.

Tantas vezes a carne é motivo de discórdia e de desunião. Por causa do dinheiro, quanta discórdia, quantas divisões e brigas.

O Filho de Deus, tomando a nossa carne, fez dela meio de comunhão. Tudo o que ele assumiu se tornou instrumento de comunhão com Deus e com os outros.

Nesta missa, a carne de Cristo serve para fazer a comunhão. Recebendo a comunhão no corpo e sangue de Cristo, recebemos também a comunhão com o Pai e com os irmãos e irmãs.



DOM JULIO ENDI AKAMINE

Arcebispo Metropolitano de Sorocaba

Créditos do áudio: Rádio Uniso