2ª FEIRA DA 3ª SEMANA COMUM
Leitura:Leitura: Hebreus 9, 15.24-28
Salmo 97(98) R-Cantai ao Senhor um canto novo, porque ele fez prodígios!
Evangelho de Marcos 3,22-30
Naquele tempo: 22Os mestres da Lei, que tinham vindo de Jerusalém, diziam que ele estava possuído por Beelzebu, e que pelo príncipe dos demônios ele expulsava os demônios. 23Então Jesus os chamou e falou-lhes em parábolas: 'Como é que Satanás pode expulsar a Satanás? 24Se um reino se divide contra si mesmo, ele não poderá manter-se. 25Se uma família se divide contra si mesma, ela não poderá manter-se. 26Assim, se Satanás se levanta contra si mesmo e se divide, não poderá sobreviver, mas será destruído. 27Ninguém pode entrar na casa de um homem forte para roubar seus bens, sem antes o amarrar. Só depois poderá saquear sua casa. 28Em verdade vos digo: tudo será perdoado aos homens, tanto os pecados, como qualquer blasfêmia que tiverem dito. 29Mas quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca será perdoado, mas será culpado de um pecado eterno.' 30Jesus falou isso, porque diziam: 'Ele está possuído por um espírito mau.' Palavra da Salvação.
Cristo é o mediador da nova aliança. Ele é o meio eficaz pelo qual nós podemos alcançar o perdão dos pecados e assim ter acesso a Deus e ter comunhão verdadeira com ele. Cristo é o mediador porque ele representa a humanidade diante de Deus: Ele é o nosso pontífice; E também porque o representante de Deus para nós: Ele é o apóstolo do Pai.
Para realizar nossa comunhão com Deus, Cristo ofereceu um sacrifício definitivo, uma vez por todas. Ele não precisa repetir todos os anos o sacrifício. Seu sacrifício é tão eficaz que não precisa mais ser repetido. Ele alcançou para nós o verdadeiro perdão dos pecados.
Com efeito, quando uma coisa é repetida muitas vezes, estamos perante um sinal claro da sua insuficiência. O sacrifício de Cristo, pelo contrário, tem eficácia em si mesmo e não necessita ser completado por uma contínua repetição.
O ser humano morre uma só vez e depois da sua morte, acontece o julgamento. Também Cristo morreu uma só vez, mas a sua morte não foi uma morte qualquer, pois aconteceu para “tirar os pecados da multidão”. Além disso, a morte de Cristo é a superação do juízo de condenação. Por isso, aquilo que tornava a morte terrível e aterrorizante para nós (a perspectiva do juízo de condenação) é superado mediante a morte que Cristo ofereceu como sacrifício em nosso favor.
Também a volta de Cristo se reveste assim de esperança para nós. Ele virá não para nos condenar, mas para “salvar aqueles que o esperam”. Nesse sentido entendemos a expressão “Cristo aparecerá uma segunda vez, fora do pecado”, ou seja, sua vinda não manifestará o nosso pecado, mas para nos introduzir na salvação, desde que perseveremos na esperança.
Assim tanto a nossa morte quanto a segunda vinda de Cristo manifestarão a vontade de Deus em relação a nós: a nossa ressurreição e salvação. A vontade de Deus, realizada por Cristo em sua morte, é a vontade de nossa transformação.
Na eucaristia temos a oportunidade de aderir de todo coração à vontade de Deus. Peçamos a Senhor a graça de entrar nesse mistério que Cristo realizou em nosso favor.
DOM JULIO ENDI AKAMINE
Arcebispo Metropolitano de Sorocaba
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Créditos do áudio: Rádio Uniso