Salmo Responsorial 68 (69) Humildes, buscai a Deus e alegrai-vos; o vosso coração reviverá!
2ª Leitura: Colossenses 1,15-20
Evangelho Lucas 10, 25-37
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 25um mestre da lei se levantou e, querendo pôr Jesus em dificuldade, perguntou: “Mestre, que devo fazer para receber em herança a vida eterna?” 26Jesus lhe disse: “O que está escrito na lei? Como lês?” 27Ele então respondeu: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, com toda a tua força e com toda a tua inteligência; e ao teu próximo como a ti mesmo!” 28Jesus lhe disse: “Tu respondeste corretamente. Faze isso e viverás”. 29Ele, porém, querendo justificar-se, disse a Jesus: “E quem é o meu próximo?” 30Jesus respondeu: “Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos de assaltantes. Estes arrancaram-lhe tudo, espancaram-no e foram-se embora, deixando-o quase morto. 31Por acaso, um sacerdote estava descendo por aquele caminho. Quando viu o homem, seguiu adiante, pelo outro lado. 32O mesmo aconteceu com um levita: chegou ao lugar, viu o homem e seguiu adiante, pelo outro lado. 33Mas um samaritano, que estava viajando, chegou perto dele, viu e sentiu compaixão. 34Aproximou-se dele e fez curativos, derramando óleo e vinho nas feridas. Depois colocou o homem em seu próprio animal e levou-o a uma pensão, onde cuidou dele. 35No dia seguinte, pegou duas moedas de prata e entregou-as ao dono da pensão, recomendando: ‘Toma conta dele! Quando eu voltar, vou pagar o que tiveres gasto a mais’”. E Jesus perguntou: 36“Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?” 37Ele respondeu: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”. Então Jesus lhe disse: “Vai e faze a mesma coisa”. – Palavra da salvação.
Prezados irmãos e irmãs!
Lucas 10, 25-37
Será que esse Samaritano, que viajava e encontrou o homem ferido, e não só lhe deu os primeiros socorros, mas o transportou a uma hospedaria e ainda arcou com todas as despesas, será que ele fez tudo isso porque queria ir para o céu? Será que, quando viu o homem ferido, pensou “Aqui está uma oportunidade de fazer uma obra de caridade para me garantir no Reino dos Céus? Será que, após tê-lo socorrido, ele foi embora pensando: “Agora já estou garantido para entrar no Céu!” ?
O que pensamos quando ajudamos alguém que precisa de nós, quando doamos uma cesta básica, uma roupa usada, um cobertor, para a igreja ou uma outra entidade que atende os pobres? O que pensamos quando oferecemos uma refeição a um morador de rua? Ou quando visitamos alguém que está enfermo, ou levamos uma palavra de consolo para quem, por alguma razão, está triste? O que passa na nossa cabeça quando confortamos, com um abraço, alguém que perdeu seu ente querido? Será que, em cada uma dessas ações não achamos que estamos pontuando para a nossa entrada no Céu? E uma última e a mais importante pergunta “Há algo que possamos e consigamos fazer, para ter direito a entrar no Céu?
Prestemos atenção na pergunta do Doutor da Lei, que desencadeou toda a reflexão, com essa parábola do Bom Samaritano. “...que devo fazer para possuir a Vida Eterna?”.
A Vida Eterna pertence somente a Deus e a mais ninguém, não há nada que possamos fazer para merecê-la, ainda que sejamos o mais santo dos homens. Ela é Dom que Deus nos concede pelos méritos de Cristo, e não pelos nossos méritos. O Homem que crê em Jesus, e já a possui, ainda nesta vida terrena, irradia esta Vida nas suas relações pessoais, agindo com misericórdia, e com um amor sem medidas, como demonstrado pelo Samaritano. Ecoa em nosso coração e em nossa mente, a última palavrinha desse evangelho, dita por Jesus “Vai e faze o mesmo!
Diácono José da Cruz, Paróquia N. Sra. Consolata, Votorantim SP