Salmo Responsorial 80 (81) Exultai no Senhor, nossa força
Evangelho Mateus 13, 54-58
Ele foi para sua própria cidade e se pôs a ensinar na sinagoga local, de modo que ficaram admirados. Diziam: “De onde lhe vêm essa sabedoria e esses milagres? 55 Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? 56 E suas irmãs não estão todas conosco? De onde, então, lhe vem tudo isso?” 57 E mostravam-se chocados com ele. Jesus, porém, disse: “Um profeta só não é valorizado em sua própria cidade e na sua própria casa!” 58 E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles.
Comentário do Evangelho
Vocês estão bem?
No Evangelho de Mateus, 13, 57 e 58, Jesus nos diz: “Um profeta só não estimado em sua própria pátria e em sua família!” E Jesus não fez ali muitos milagres, porque não tinham fé”.
A falta de fé nos impede de acolher o dom de Deus, a falta de fé não nos permite reconhecer o tempo da visita salvífica de Deus. A falta de fé nos fecha para o que é de Deus. Jesus mostra que os milagres não existem porque não existe fé.
Abençoado dia a todos!
Forte abraço!
Pe José Antonio.
Comentário da primeira leitura
Meu irmão, minha irmã!
Lv 23,1.4-11.15-16.27.34-37
A leitura de hoje pode parecer estranha para a liturgia por dois motivos. Primeiramente porque descreve o calendário das festas do Antigo Testamento: a festa da Páscoa e dos Ázimos, o dia da Expiação e a festa das Tendas. Em segundo lugar, sabemos que tais festas não são mais celebradas pelos cristãos como são descritas no AT. Por isso podemos nos perguntar: por que ler essa passagem da Escritura na missa?
Com efeito dois elementos são constitutivos das festas do AT: a convocação da assembleia santa e o descanso do trabalho. A convocação faz com que a pessoa saia da saia da sua individualidade e de seu fechamento. A convocação da assembleia santa faz com que as pessoas revivam a sua realidade comunitária; é a expressão da experiência de pertencer ao povo eleito e, ao mesmo tempo, realização do povo enquanto tal. A festa litúrgica celebra, portanto, a verdadeira comunhão do povo com Deus e do povo entre si.
O outro elemento constitutivo da festa é a proibição de fazer qualquer trabalho. A festa litúrgica nos faz cair na conta de que nós não somos feitos para vivar sempre na banalidade do cotidiano. As festas do AT são importantes para que tomemos consciência de que somos feitos para fruir da alegria de Deus. Deus não nos criou para sermos escravos. A nossa condição de seres livres se manifesta e se verifica exatamente nas festas litúrgicas.
Ordenando que o povo respeite um calendário de festas religiosas, Deus faz com que os seus filhos possam viver, ao menos em algumas ocasiões do ano, na alegria, na liberdade e na comunhão de coração com Deus e com os outros.
Muitas vezes o trabalho é um obstáculo para as relações pessoais. O trabalho é árduo, ocupa quase a totalidade de nosso tempo e impossibilita que cuidemos das pessoas. A festa sagrada é uma ocasião para exercer a liberdade em vista do encontro com as pessoas e com Deus em um clima de liberdade e de alegria. Assim as festas religiosas permitem que tenhamos tempo para Deus e para os outros. O tempo da festa deve ser usado para a oração, o louvor e a alegria. O tempo da festa nos torna também disponíveis aos outros, faz com que tenhamos tempo para ouvir com calma os outros, acolhê-los na fraternidade e partilhar com eles nossos dons.
Nesse sentido, as festas do AT têm um valor perene. A Igreja acolheu esse desejo de Deus e instituiu várias festas exatamente para celebrar o mistério de Cristo ao longo do ano litúrgico. Os dois elementos das festas do AT permanecem válidos também para nós: a convocação da assembleia sagrada e o descanso do trabalho.