Salmo Responsorial: 29(30)-R- Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes.
Segunda leitura: Apocalipse 5,11-14
Evangelho: João 21, 1-19
Naquele tempo: 1Jesus apareceu de novo aos discípulos, à beira do mar de Tiberíades. A aparição foi assim: 2Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael de Caná da Galiléia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos de Jesus. 3Simão Pedro disse a eles: 'Eu vou pescar'. Eles disseram: 'Também vamos contigo'. Saíram e entraram na barca, mas não pescaram nada naquela noite. 4Já tinha amanhecido, e Jesus estava de pé na margem. Mas os discípulos não sabiam que era Jesus. 5Então Jesus disse: 'Moços, tendes alguma coisa para comer?' Responderam: 'Não'. 6Jesus disse-lhes: 'Lançai a rede à direita da barca, e achareis.' Lançaram pois a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa da quantidade de peixes. 7Então, o discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: 'É o Senhor!' Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu sua roupa, pois estava nu, e atirou-se ao mar. 8Os outros discípulos vieram com a barca, arrastando a rede com os peixes. Na verdade, não estavam longe da terra, mas somente a cerca de cem metros. 9Logo que pisaram a terra, viram brasas acesas, com peixe em cima, e pão. 10Jesus disse-lhes: 'Trazei alguns dos peixes que apanhastes'. 11Então Simão Pedro subiu ao barco e arrastou a rede para a terra. Estava cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e apesar de tantos peixes, a rede não se rompeu. 12Jesus disse-lhes: 'Vinde comer'. Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor. 13Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o peixe. 14Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos. Jesus manifestou-se aos seus discípulos 15e, depois de comerem, perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?” Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus disse: “Apascenta os meus cordeiros”. 16E disse de novo a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro disse: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus disse-lhe: “Apascenta as minhas ovelhas”. 17Pela terceira vez, perguntou a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro ficou triste, porque Jesus perguntou três vezes se ele o amava. Respondeu: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo”. Jesus disse-lhe: “Apascenta as minhas ovelhas. 18Em verdade, em verdade te digo, quando eras jovem, tu te cingias e ias para onde querias. Quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres ir”. 19Jesus disse isso significando com que morte Pedro iria glorificar a Deus. E acrescentou: “Segue-me”.
Queridos irmãos e irmãs,
O evangelho de hoje parece escolhido para a situação que estamos vivendo. Faz tão pouco o Papa Francisco voltou a casa do Pai. Toda nossa atenção se voltou para Roma, participamos tanto quanto podíamos do enterro, junto a multidão que pôde acompanhar seus restos mortais à Basílica de Santa Maria. Agora esperamos o resultado do Conclave.
Para esta situação nos é dado, neste Domingo, a passagem do Evangelho de São João, que nos fala de como Jesus passa para Pedro a tarefa de cuidar do seu rebanho.
A exigência básica é o amor. Pedro deve pastorear o rebanho. O pastor guia o rebanho, busca o alimento, protege as ovelhas dos perigos, cuida dos doentes - em outras palavras: vive para o rebanho e com o rebanho.
Estas palavras não são somente para o papa: servem para cada cristão. De uma ou outra maneira exercemos liderança, que deve ser uma liderança de amor, de entrega, de doação – uma doação que parte do Coração do Ressuscitado.
Para isso recebemos o Espírito Santo, como os Apóstolos o receberam. Na força do Espírito, Pedro era capaz de enfrentar o Sinédrio e alegrar-se por terem merecidos sofrer insultos por causa do nome de Jesus. (1ª leitura)
Assim como Jesus é o centro da Liturgia Celestial (2ª leitura), Ele deve ser o centro de toda nossa vida. Enchemo-nos tantas vezes de medo e deixamos que a covardia determine nossas decisões, porque não confiamos suficientemente no poder de Cristo que está conosco.