SÁBADO- 1TP

SÁBADO DA OITAVA DA PÁSCOA

06/04/2024

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Primeira Leitura: Atos 4,13-21

Salmo Responsorial: 117(118)-R=Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes.

Evangelho: Marcos 16,9-15 

Depois de ressuscitar, na madrugada do primeiro dia após o sábado, Jesus apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual havia expulsado sete demônios. 10Ela foi anunciar isso aos seguidores de Jesus, que estavam de luto e chorando.11Quando ouviram que ele estava vivo e fora visto por ela, não quiseram acreditar. 12Em seguida, Jesus apareceu a dois deles, com outra aparência, enquanto estavam indo para o campo. 13Eles também voltaram e anunciaram isso aos outros. Também a estes não deram crédito. 14Por fim, Jesus apareceu aos onze discípulos enquanto estavam comendo, repreendeu-os por causa da falta de fé e pela dureza de coração, porque não tinham acreditado naqueles que o tinham visto ressuscitado. 15E disse-lhes: 'Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura! Palavra da Salvação.


Meu irmão, minha irmã!

Mc 16,9-15

A perícope de S. Marcos que acabamos de ouvir é um resumo das aparições de Jesus aos discípulos e da reação deles. A reação dos discípulos se repete depois de cada aparição: eles não quiseram acreditar. Maria Madalena diz a eles que viu o Senhor ressuscitado, mas eles não quiseram acreditar. Os dois discípulos voltaram de Emaús e disseram-lhes que Jesus tinha caminhado com eles, mas estes não quiseram acreditar.

Por fim, Jesus aparece aos onze e lhes reprova a incredulidade e a dureza de coração porque não acreditaram naqueles que o haviam visto ressuscitado.

A ressurreição é um mistério de fé. Nos apóstolos e em nós há sempre resistência à fé. Parece estranho: a ressurreição é mistério de alegria verdadeira, de alegria divina, de alegria plena, por que não crer? Preferimos ficar com nossa tristeza e resistimos à alegria de Deus.

No fundo a razão de nossa resistência é nosso amor-próprio que nos fecha em nossas tristezas, nossas preocupações, nossos interesses. Em vez de acolher com coração aberto a alegria divina, preferimos procurar em nós e nos outros os motivos de aflição e de preocupação. Dizemos que queremos a felicidade, mas na prática, por amor-próprio, nos agarramos a nossas tristezas.

“Desapega-te de ti mesmo, renuncia à tristeza porque a tristeza é a mãe da dúvida e do erro”, diz um autor cristão do século II. Sob o efeito da tristeza vemos as coisas na obscuridade do amor-próprio, da nossa ilusão, em vez de vê-las à luz divina, à luz da ressurreição.

Meu irmão, minha irmã, renuncia à tristeza, acolhe a alegria divina, acolhe a fé!



DOM JULIO ENDI AKAMINE

Arcebispo Metropolitano de Sorocaba

Créditos do áudio: Rádio Uniso