QUARTA APÓS EPIFANIA

4ª FEIRA DEPOIS DA EPIFANIA

05/01/2022


LINKS AUXILIARES:


Leitura: 1 João 4,11-18

Salmo 71(72)-R- As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!

Evangelho de Marcos 6,45-52

Depois de saciar os cinco mil homens, 45Jesus obrigou os discípulos a entrarem na barca e irem na frente para Betsaida, na outra margem, enquanto ele despedia a multidão. 46Logo depois de se despedir deles, subiu ao monte para rezar. 47Ao anoitecer, a barca estava no meio do mar e Jesus sozinho em terra. 48Ele viu os discípulos cansados de remar, porque o vento era contrário. Então, pelas três da madrugada, Jesus foi até eles andando sobre as águas, e queria passar na frente deles. 49Quando os discípulos o viram andando sobre o mar, pensaram que era um fantasma e começaram a gritar. 50Com efeito, todos o tinham visto e ficaram assustados. Mas Jesus logo falou: 'Coragem, sou eu! Não tenhais medo!' 51Então subiu com eles na barca. E o vento cessou. Mas os discípulos ficaram ainda mais espantados, 52porque não tinham compreendido nada a respeito dos pães. O coração deles estava endurecido. Palavra da Salvação.


Meu irmão, minha irmã!

Há uma forma acomodada de festejar o natal e a epifania: nós nos alegramos com a vinda de Cristo entre nós, ficamos contentes por estarmos juntos, ficamos satisfeitos em receber os dons de Deus. Em uma palavra: ficamos numa zona de conforto.

Os apóstolos também estavam numa zona de conforto: Jesus tinha feito o milagre da multiplicação dos pães e isso causou nas pessoas admiração e nos apóstolos grande alegria e segurança para o futuro. Tudo parecia garantido para os apóstolos. Jesus, porém, tira os apóstolos dessa zona de conforto. Jesus se manifesta aos apóstolos, provocando neles medo, ao ir ao encontro deles caminhando sobre as águas.

Os apóstolos são obrigados pela manifestação divina de Jesus a abandonar suas ideias sobre Jesus. Jesus, ao caminhar sobre as águas, mostra que os apóstolos não podem vê-lo simplesmente como um homem que lhes garante a resolução imediata de todos os problemas. Ele não é um quebra-galho a quem recorrer nos momentos de dificuldade.

Com a manifestação de Jesus, os apóstolos são obrigados a se relacionar com Ele como o Salvador e não como alguém a quem recorrer nos momentos de aperto. Jesus é o Salvador que nos conduz às coisas do alto.



DOM JULIO ENDI AKAMINE

Arcebispo Metropolitano de Sorocaba

Créditos do áudio: Rádio Uniso