QUARTA-6TC

4ªFEIRA DA 6ª SEMANA COMUM

15/02/2023

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AS LEITURAS DESTA PÁGINA E DO MÊS TODO

TODOS OS VÍDEOS DE DOM JÚLIO

 

Leitura: Leitura: Gênesis 8,6-13.20-22

Salmo 115(116B) R- Oferto ao Senhor um sacrifício de louvor

Evangelho de Marcos 8,22-26

 Naquele tempo: 22Jesus e seus discípulos chegaram a Betsaida. Algumas pessoas trouxeram-lhe um cego e pediram a Jesus que tocasse nele. 23Jesus pegou o cego pela mão, levou-o para fora do povoado, cuspiu nos olhos dele, colocou as mãos sobre ele, e perguntou: 'Estás vendo alguma coisa?' 24O homem levantou os olhos e disse: 'Estou vendo os homens. Eles parecem árvores que andam.' 25Então Jesus colocou de novo as mãos sobre os olhos dele e ele passou a enxergar claramente. Ficou curado, e enxergava todas as coisas com nitidez. 26Jesus mandou o homem ir para casa, e lhe disse: 'Não entres no povoado!' Palavra da Salvação. 


Meu irmão, minha irmã!

Gn 8,6-13.20-22

A leitura é o epílogo do relato do dilúvio universal. Noé é como um novo Adão, com quem a vida humana recomeça. Podemos nos perguntar: a humanidade que surgiu de Noé será diferente? O próprio relato do Gênesis nos dá a resposta: “as inclinações coração do homem são más desde a juventude”. 

A conclusão pode parecer muito pessimista, pois de nada adiantou o castigo divino; o homem não aprende com seus erros e seu coração está pervertido desde jovem. A impressão é de que o dilúvio deverá se repetir mais vezes.

A decisão de Deus é, porém, diferente daquela que nós podíamos prever e esperar. Deus decidiu nunca mais “amaldiçoar a terra por causa do homem”. A história de Noé e do dilúvio universal se torna assim a revelação de um Deus que não abandona a humanidade no pecado. Se no prólogo do relato do dilúvio universal a constatação da perversidade humana teve como resultado o castigo, depois que Noé saiu da arca, a constatação da humanidade conduz para uma promessa de estabilidade da ordem natural e da preservação da vida: “não tornarei a ferir todos os seres vivos como fiz. Enquanto a terra durar, plantio e colheita, frio e calor, verão e inverno, dia e noite, jamais hão de acabar”.

É preciso que entendamos bem. O relato do dilúvio não é somente uma história de um passado distante. É sobretudo o paradigma do nosso presente e futuro. O pecado da humanidade, ainda que tenha uma punição intrínseca ao próprio pecado, nunca irá suplantar a misericórdia divina. Até mesmo a constatação de que “as inclinações coração do homem são más desde a juventude”, em vez de fazer fracassar os desígnios de Deus, devem nos levar a uma confiança ainda maior nas promessas divinas. 




DOM JULIO ENDI AKAMINE

Arcebispo Metropolitano de Sorocaba

Créditos do áudio: Rádio Uniso