TERÇA-12TC

TERÇA-FEIRA DA 12ª SEMANA DO TEMPO COMUM 

25/06/2024 

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1ª Leitura 2 Reis 19,9-11.14-21.31-35a.36

Salmo 47(48)R- O Senhor estabelece sua cidade para sempre.

 Evangelho Mateus 7,6.12-14

  

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 6“Não deis aos cães as coisas santas nem atireis vossas pérolas aos porcos, para que eles não as pisem com os pés e, voltando-se contra vós, vos despedacem. 12Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles. Nisto consiste a lei e os profetas. 13Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso é o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ele! 14Como é estreita a porta e apertado o caminho que leva à vida! E são poucos os que o encontram!” – Palavra da salvação

 

Meu irmão, minha irmã!


2Rs 19,9b-11.14-21.31-35a.36

Na leitura, ouvimos como Deus se compadeceu da cidade de Jerusalém que estava sitiada pelo exército assírio. Isaias anuncia: “Protegerei esta cidade e a salvarei em atenção a mim e ao meu servo Davi. Naquela mesma noite, saiu o Anjo do Senhor e exterminou no acampamento assírio cento e oitenta e cinco mil homens”. Essa intervenção divina que salva o seu povo é a resposta à oração do rei Ezequias. Ele desdobrou a carta de Senaquerib no templo para mostrar ao Senhor os ultrajes e as palavras desrespeitosas do rei assírio contra Deus. 

A oração de Ezequias inicia com uma visão universal da história que se contrapõe a visão – também universal – de Senaquerib. Segundo o rei Assírio, a história universal revela o poderio do império que devastou até agora todas as nações. Por isso, Ezequias não deve acreditar em Deus, pois nem o Senhor tem o poder de livrar Jerusalém do poderio assírio. A oração de Ezequias, por sua vez, tem uma visão diferente dos fatos: no cenário do mundo, o imperador assírio devastou todas as nações exatamente porque os ídolos são impotentes. “É verdade que, Senhor, que os reis da Assíria devastaram as nações e seus territórios; lançaram os seus deuses ao fogo, porque não eram deuses, mas obras das mãos dos homens, de madeira e de pedra; por isso os puderam destruir”. 

É impressionante essa diferença: para Senaquerib as vitórias contras todas as nações revelam o seu poder, para Ezequiel, elas revelaram a impotência dos ídolos. Por isso, em relação a Jerusalém, o Senhor mostrará a impotência desse imperador. Jerusalém se torna assim como o palco e o cenário para o mundo. O que nela acontece revela o Deus vivo e verdadeiro. Assim Senaquerib ataca somente um povo qualquer, mas comete um pecado de sacrilégio contra o Santo. 

A resposta divina interrompe o discurso arrogante de Senaquerib. O verdadeiro sujeito da história não é o imperador, mas o Senhor. Deus é aquele que planeja com tempo e executa em seu momento propício. O imperador nada mais é do que mero executor do plano divino.

A leitura de hoje nos ensina que Deus é quem conduz a dramática história da humanidade. Nós podemos colaborar com Deus livremente e nos salvar. Podemos resistir a Deus e nos perder, mas isso não impedirá que também nossos erros acabem por colaborar com a salvação do mundo.


DOM JULIO ENDI AKAMINE 

Arcebispo Metropolitano de Sorocaba 

Créditos do áudio: Rádio Uniso