SÁBADO-5Q

SÁBADO DA QUINTA SEMANA DA QUARESMA

23/03/2024 

São Turíbio Afonso de Mogrovejo(comemoração)

LINKS AUXILIARES:


Leitura: Ezequiel 37,21-28

Salmo Responsorial Jeremias 31- R-  O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho

Evangelho: João 11,45-56

Naquele tempo: 45Muitos dos judeus que tinham ido à casa de Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele. 46Alguns, porém, foram ter com os fariseus e contaram o que Jesus tinha feito. 47Então os sumos sacerdotes e os fariseus reuniram o Conselho e disseram: 'O que faremos? Este homem realiza muitos sinais. 48Se deixamos que ele continue assim, todos vão acreditar nele, e virão os romanos e destruirão o nosso Lugar Santo e a nossa nação.' 49Um deles, chamado Caifás, sumo sacerdote em função naquele ano, disse: 'Vós não entendeis nada. 50Não percebeis que é melhor um só morrer pelo povo do que perecer a nação inteira?' 51Caifás não falou isso por si mesmo. Sendo sumo sacerdote em função naquele ano, profetizou que Jesus iria morrer pela nação. 52E não só pela nação, mas também para reunir os filhos de Deus dispersos. 53A partir desse dia, as autoridades judaicas tomaram a decisão de matar Jesus. 54Por isso, Jesus não andava mais em público no meio dos judeus. Retirou-se para uma região perto do deserto, para a cidade chamada Efraim. Ali permaneceu com os seus discípulos. 55A Páscoa dos judeus estava próxima. Muita gente do campo tinha subido a Jerusalém para se purificar antes da Páscoa. 56Procuravam Jesus e, ao reunirem-se no Templo, comentavam entre si: 'O que vos parece? Será que ele não vem para a festa?' Palavra da Salvação.


Meu irmão, minha irmã!

Jo 11,45-56

“Jesus iria morrer pela nação. E não só pela nação, mas também para reunir os filhos de Deus dispersos”.

Para reunir os filhos de Deus dispersos há duas políticas. Tem a política de Caifás que se preocupa com o sucesso de Jesus e que quer matá-lo. De fato, Jesus é um perigo para a estabilidade política injusta dos inimigos de Jesus. Se deixamos que ele continue assim, todos vão acreditar nele, e virão os romanos e destruirão o nosso Lugar Santo e a nossa nação.

Os inimigos de Jesus pensam no bem do povo, mas a violência contra uma pessoa inocente será a causa de destruição que eles queriam evitar. O fim é bom, mas o meio é injusto. Os fins nunca justificam os meios. Infelizmente é essa política pragmática que parece imperar em nosso tempo! É pensando no bem do povo, que se cometem as injustiças mais graves. Exemplo disso não faltam. Para aliviar o sofrimento dos doentes e idosos e dos familiares, alguns defendem o direito de abreviar a vida pela eutanásia. Para combater os abortos clandestinos, afirmam que é necessário legalizar o aborto, porque assim eles podem ser feitos com mais segurança. Para superar o sofrimento das pessoas com tendências homossexuais pensa-se em romper a ligação entre a sexualidade e o sexo biológico.

Graças a Deus, há uma outra política! É a política de Deus, aquela que Caifás profere sem ter consciência disso: é melhor um só morrer pelo povo do que perecer a nação inteira!

Deus reúne na unidade enviando o seu Filho para que Ele dê a vida por nós. Estamos dispersos e desunidos! Não só entre nós mesmos, mas também com Deus e conosco mesmos. E Deus nos envia o seu Filho, seu Filho amado, para restabelecer a unidade. Jesus morreu e ressuscitou para isso! Para que sejamos reconciliados com Deus e com os outros. Deus não é o tirano que nos castiga. Deus é o Pai! O outro não é meu inimigo, é meu irmão.

Essa política de Deus consiste em dar a própria vida para restabelecer a unidade, para fazer as pazes entre Deus e o homens, e entre as pessoas. Somente quando somos capazes de dar a vida e não de tirar a vida, será possível a unidade.

Jesus já realizou essa unidade pela sua morte e ressurreição! Possamos também nós experimentar essa unidade que brota da doação da vida.



DOM JULIO ENDI AKAMINE 

Arcebispo Metropolitano de Sorocaba 

Créditos do áudio: Rádio Uniso