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Irmãos e irmãs!
Como peregrinos da esperança começamos, faz 10 dias, a grande viagem rumo à Páscoa. Caminhamos na companhia de Jesus. Sabemos que somos frágeis e nosso caminho apresenta problemas e tentações. O domingo passado nos lembrou como Jesus, que se fez um de nós, lutou contra as “ofertas”, que queriam desviá-lo do seu caminho. Este 2º. domingo da Quaresma nos fortifica, porque nos faz vislumbrar a meta que é a vida na glória.
Jesus sobe à montanha rezando, seu coração está com o Pai. Ele leva consigo três de seus discípulos. É significativo que são os mesmos que mais tarde estarão com ele no jardim das Oliveiras, na hora de sua angústia. Na montanha veem a glória de Jesus. Na sua companhia estão Moisés e Elias, o legislador e o profeta, dois que tiveram fortes experiências de Deus: Moisés recebe no monte Sinai as tábuas da Lei; Elias encontra Deus no monte Horeb, numa brisa suave, depois de bravas lutas contra a idolatria. A nuvem que envolve a todos é a manifestação de Deus, como a nuvem que acompanhou o povo de Israel na saída do Egito. Pedro quer segurar este momento, quer construir tendas, mas ainda não é hora de segurar. Tem que voltar, continuar o caminho, passar por duros sofrimentos, sabendo que a meta é a glória que viram neste momento, na certeza que Deus é fiel.
Desta fidelidade de Deus fala a primeira leitura. Deus promete ao patriarca Abraão um futuro grande e confirma sua promessa com um rito, que era costume na época: matar alguns animais, partir estes animais pelo meio e colocar as metades uma na frente da outra. Depois os contratantes passaram no meio para dizer: se eu faltar à minha palavra, pode fazer comigo o que fizemos com estes animais. Um rito muito forte! É significativo que no relato de Gênesis Deus passa no meio, mas não exige que Abraão passe. Deus sabe que somos fracos e faltamos à nossa palavra!
Paulo nos fala, na segunda leitura, da nossa cidadania que está no céu. Em Cristo se transforma nosso corpo, nossa miséria, nossa fraqueza e participaremos da glória que Jesus nos conquistou por sua fidelidade. No nosso caminho quaresmal devemos entregar-nos à ação transformadora da graça de Jesus, morrer para nossas ideias e seguranças e fixar nosso olhar em Jesus que nos transforma.
Boa peregrinação rumo à Páscoa!
Ir. Timótea OSB