Salmo Responsorial 24(25)-R- Senhor meu Deus, a vós elevo a minha alma
(ou: Não se envergonha quem em vós põe a esperança.
ou: É assim a geração dos que procuram o Senhor!)
2ª Leitura: 2ª Leitura: Romanos 8, 14-23
(ou Filipenses 3,20-21 ou: 1Jo 3,1-3)
Evangelho: Lucas 7, 11-17
(ou Lucas 23,44-46.50.52-53; ou 24,1-6; ou João 6,37-40; Mateus 5,1-12a; João 14,1-6).
Evangelho: de João 6,37-40
Naquele tempo, Jesus disse à multidão: "todos os que o Pai me confia virão a mim, e quando vierem, não os afastarei. Pois eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia"
Prezados irmãos e irmãs!
– Embora meio sinistra ao ser utilizada, a palavra Defunto tem um significado bonito, ela significa que a pessoa falecida completou sua missão terrena, fez o que a ela foi confiado. E no caso dos cristãos, temos o adjetivo “Fiéis” que precede a palavra, definindo os que se mantiveram fiéis á sua Fé nessa existência terrena, mas ainda não chegaram na Igreja Triunfante, estando na Igreja Padecente, que é o purgatório, antes de entrarem no gozo do Céu.
1ª Leitura Isaías 25, 6-9 – O coração do Exilado bate sempre de saudades do templo, pois ficar longe dele é ficar longe de Deus, e o desânimo pode tomar conta do povo de Israel, exilado na Babilônia. Nós também estamos longe da nossa verdadeira pátria, suspiramos por Deus, desejamos a Salvação e temos fome da sua Graça. Até quando suportaremos? Deus se importa com nós? Assim pensava aquele povo, e assim também nós muitas vezes pensamos. O profeta responde e afirma que Deus está a nossa espera, paranos saciar com a sua Graça, e não vai ser uma simples refeição, como os mais pobres de Israel estavam habituados a comer, mas um banquete de carnes gordas regado com vinho dos mais finos, significando o fim definitivo de todo sofrimento, de toda lágrima e tristeza. E o povo se alegrará ao ver que Deus não se esqueceu dele. Em Jesus, esta promessa será realizada para toda a humanidade.
2ª Leitura Romanos 5, 5-11 – Mas nesta árdua caminhada, as vezes bate-nos a dúvida: será que há vida após a morte? E se houver de fato a Vida Eterna, será que eu entrarei, com as misérias do meu pecado? Como vou conseguir, se o pecado parece ser mais forte que eu? O apóstolo tranquiliza os que pensavam assim, na comunidade, e nós que também pensamos que a Salvação depende do nosso esforço e do nosso aperfeiçoamento. Não! Pois quando ainda éramos pecadores, e estávamos longe, impossibilitados de nos reaproximar de Deus, Jesus Cristo, nos deu a sua vida, morrendo por nós, sem que tivéssemos nenhum mérito. O que nos salva não são as nossas ações e boas obras, mas o amor grandioso e inesgotável de Deus por nós, manifestado em Jesus Cristo. Por isso nossa vida deve ser um eterno canto de glória e louvor Aquele que nos ama, ainda que não correspondamos a este amor.
Evangelho Lucas 7, 11-17 – Qual desses dois grupos caminhamos? Um morto vai à frente de um deles, e todos os desses grupo são dominados pela tristeza, pelo desânimo e pela falta de esperança pois estão levando alguém que foi derrotado pela morte e precisa ser enterrado. Nesse grupo há choro e há dor. São os que vivem por viver, os que não encontraram um sentido para a sua vida, nem a razão para estarem vivos. Colocam suas expectativas de vida no simples existir, mas um dia a existência chega ao seu melancólico final.
No outro grupo, quem vai à frente é Jesus, o Deus da vida, o Deus de toda a Esperança, que irradia a todos a sua alegria e entusiasmo. Aparentemente os dois grupos parecem iguais, mas quanta diferença há entre eles: um está a Vida em toda a sua plenitude, no outro está a morte, como final de tudo. Um dia o Batismo nos colocou nesse grupo, para vivermos segundo a Graça, mas pode ocorrer de cedermos ao pecado e deliberadamente mudarmos de grupo. Jesus não passa indiferente diante do grupo da morte, mas ele o interrompe, se compadece com a tristeza, a dor e o sofrimento, e dá um toque da sua Graça no que está morto e imediatamente ele volta a vida, não esta vida tão limitada, mas uma Vida que nunca se acaba. Foi assim que um dia o Verbo Encarnado “tocou” na nossa natureza humana, e nos libertou dos grilhões da morte e do pecado..
Diácono José da Cruz, Paróquia N. Sra. Consolata, Votorantim SP