Naquele tempo João Batista pregava dizendo: “Depois de mim vem aquele que é mais forte do que eu. Eu nem sou digno de, abaixando-me, desatar a correia de suas sandálias. 8 Eu vos batizei com água. Ele vos batizará com o Espírito Santo”.9 Naqueles dias, Jesus veio de Nazaré da Galileia e foi batizado por João, no rio Jordão. 10 Logo que saiu da água, viu o céu rasgar-se e o Espírito, como pomba, descer sobre ele. 11 E do céu veio uma voz: “Tu és o meu Filho amado; em ti está o meu agrado”.
Meu irmão, minha irmã!
João Batista anuncia a chegada de um outro com mais autoridade do que ele. A imagem da sandália tem um forte sentido de humildade. Inclui também um simbolismo nupcial. Desamarrar as sandálias remete à lei do levirato. Usando essa imagem, João Batista reconhece humildemente que ele não é o Esposo, mas é Jesus.
O que vem é aquele que traz o batismo autêntico: não é batismo de água que purifica, mas batismo no Espírito que consagra e vivifica.; não água de rio, mas do vento que desce do céu e transforma o deserto em jardim.
De fato, veio Jesus de Nazaré da Galileia e recebeu o batismo de João. Jesus, porém, recebeu o batismo mudando o sentido do batismo de penitência. O seu submergir e o seu subir das águas aponta para o descer e o subir de sua morte e ressurreição. João vê o “céu se abrindo, e o Espírito, como pomba, descer sobre ele”. A voz que vem do céu, faz João cair na conta de que Jesus é mais do que rei, mais do que o Servo de Deus. Ele é o filho querido. Assim o testemunho do Pai é pronunciado desde o início e irá iluminar tudo o que será narrado pelo Evangelho de Marcos. De fato, o evangelho irá se concluir com a confissão de fé do centurião: “de fato, este homem é o Filho de Deus”.