Salmo Responsorial 17(18)R- Eu vos amo, ó Senhor, sois minha força e salvação!
Evangelho: Mateus 17,14-20
Quando voltaram para junto da multidão, alguém aproximou-se de Jesus, caiu de joelhos e disse: 15 “Senhor, tem compaixão do meu filho. Ele tem crises de epilepsia e passa mal. Muitas vezes cai no fogo ou na água. 16 Levei-o aos teus discípulos, mas eles não conseguiram curá-lo!” 17 Jesus tomou a palavra: “Ó geração sem fé e perversa! Até quando vou ficar convosco? Até quando vou suportar-vos? Trazei aqui o menino”. 18 Então Jesus repreendeu o demônio, e este saiu do menino, que ficou curado a partir dessa hora. 19 Então, os discípulos aproximaram-se de Jesus e lhe perguntaram em particular: “Por que nós não conseguimos expulsar o demônio?” 20 Ele respondeu: “Por causa da fraqueza de vossa fé! Em verdade vos digo: se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a esta montanha: ‘Vai daqui para lá’, e ela irá. Nada vos será impossível.
Meu irmão, minha irmã!
Dt 6,4-13
Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus, é o único Senhor.
A leitura de hoje não é uma pregação nem um ensinamento. É uma proclamação e uma profissão de fé em Deus. Deus se revelou ao povo, e não há outro deus fora dele. Não há deidade ou divindade, além de Deus único. Não é possível qualquer divinização de quem quer que seja.
A unicidade de Deus exige a entrega total, sem divisões e sem reservas. O amor é a resposta a Deus que se revelou como o Único Senhor. Trata-se do reconhecimento exclusivo de Deus como único, da entrega pessoal a Ele. O Deuteronômio poderia ter exprimido essa entrega total com outras palavras como: obediência, confiança, apego, mas preferiu dizer: “Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças”.
Esse amor não deve se limitar a ser mero afeto. Ele precisa se traduzir em obediência filial aos mandamentos de Deus. Os mandamentos de Deus, que não são só o Decálogo, deverão estar sempre presentes e serão objeto da educação para as gerações futuras.
A profissão de fé em Deus Único e a resposta de amor filial serão uma oração a ser recitada continuamente. Como pulseira na mão, a profissão de fé será o critério das escolhas e do agir. Como broche no turbante, entre os olhos, ela será fixada para não ser perdida de vista. Nas portas das casas e nos portões da cidade, ela servirá para organizar a vida social e política dos fiéis. Assim os mandamentos de Deus estarão sempre presentes.
O amor filial a Deus Único não deve poupar meios nem modos. É preciso gravar na memória tanto “o Senhor nosso Deus, é o único Senhor” quanto o “Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças”. É preciso trazê-los nos lábios, ensiná-lo aos filhos, escrevê-los no próprio corpo e nos lugares visíveis da casa. Essas formas visíveis e exteriores devem tanto ajudar a criar a atitude interior de amor a Deus quanto ser expressão desse amor filial. Tanto a forma exterior quanto a atitude interior têm a finalidade de encher a vida e a existência de fé e de amor a Deus.
Salmo Responsorial 9A(9)-R- Vós nunca abandonais quem vos procura, ó Senhor.
Evangelho: Mateus 17,14-20
Quando voltaram para junto da multidão, alguém aproximou-se de Jesus, caiu de joelhos e disse: 15 “Senhor, tem compaixão do meu filho. Ele tem crises de epilepsia e passa mal. Muitas vezes cai no fogo ou na água. 16 Levei-o aos teus discípulos, mas eles não conseguiram curá-lo!” 17 Jesus tomou a palavra: “Ó geração sem fé e perversa! Até quando vou ficar convosco? Até quando vou suportar-vos? Trazei aqui o menino”. 18 Então Jesus repreendeu o demônio, e este saiu do menino, que ficou curado a partir dessa hora. 19 Então, os discípulos aproximaram-se de Jesus e lhe perguntaram em particular: “Por que nós não conseguimos expulsar o demônio?” 20 Ele respondeu: “Por causa da fraqueza de vossa fé! Em verdade vos digo: se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a esta montanha: ‘Vai daqui para lá’, e ela irá. Nada vos será impossível.
Meu irmão, minha irmã!
Jesus cura um menino epilético. É preciso entender que há uma diferença muito grande entre o modo como nós vemos a epilepsia e de como os contemporâneos viam essa doença. Naquela época, os médicos atribuíam a doença epilética à influência da lua. Por isso, os epiléticos eram chamados de lunáticos. Hoje nós dizemos das pessoas que têm um comportamento irregular e imprevisível que eles “são de lua”.
A cura do menino epilético ou lunático é narrado por Mateus para chamar a atenção para a necessidade da fé. A cura do menino está enquadrada na situação da falta de fé. Falta fé ao povo: “ó gente sem fé e perversa”! Jesus manifesta o seu cansaço. É um cansaço acumulado, pois ele tem que suportar uma fé que se apoia mais nos milagres do que na sua Palavra. Falta também a fé aos discípulos, porque eles têm uma fé vacilante, uma fé que não se apoia em Deus e não deposita nele toda a confiança.
Nesse sentido, a cura do menino epilético é ocasião para Jesus falar da necessidade de uma fé autêntica e genuína. Mesmo que seja pequena como semente de mostarda, se ela for verdadeira, tem o poder de mover montanhas, ou seja, é uma fé para a qual não há obstáculo. Para Deus nada é impossível. Pela fé o cristão pode vencer todo obstáculo.
É claro que uma fé que agisse por capricho ou por espetáculo se contradiz a si mesma. A fé não é para nos exibir nem para conquistar poder sobre os outros. Ela sempre age em vista do bem das pessoas. É exatamente isso que faz Jesus: ele cura por compaixão e para cumprir a vontade do Pai.