Primeira Leitura: Gênesis1,26-2,3 ou Colossenses 3,14-15;17;23-24
Sl 89 (90) R- Ó Senhor, fazei dar frutos o labor de nossas mãos!
Mateus 13,54-58
Ele foi para sua própria cidade e se pôs a ensinar na sinagoga local, de modo que ficaram admirados. Diziam: “De onde lhe vêm essa sabedoria e esses milagres? 55 Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? 56 E suas irmãs não estão todas conosco? De onde, então, lhe vem tudo isso?” 57 E mostravam-se chocados com ele. Jesus, porém, disse: “Um profeta só não é valorizado em sua própria cidade e na sua própria casa!” 58 E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles.
Meu irmão, minha irmã!
A reação do povo de Nazaré, em relação à sabedoria de Jesus, faz pensar no capítulo do Eclesiástico que contrapõe o trabalho manual e a lei. “As pessoas simples”, diz o Eclesiástico, “colocam toda a atenção nas coisas materiais. O escriba, pelo contrário, tem pensamentos profundos a respeito das coisas importantes e pode ser consultado para uma boa administração da cidade”. As pessoas de Nazaré se perguntam: “De onde lhe provém esta sabedoria? Não é ele o filho do carpinteiro, que não estudou, não adquiriu cultura”? É claro. A sabedoria de Jesus não é uma sabedoria qualquer. É sabedoria divina e ele insistiu várias vezes sobre o mistério de Deus que é revelado aos pequeninos e aos simples e que se esconde dos sábios.
Jesus criticou a sabedoria dos escribas que falam, mas não fazem. Por outro lado, o evangelho insiste também sobre a palavra. É necessário acolher a palavra de Deus. O trabalho somente tem valor quando inspirado pela palavra de Deus. “Tudo o que fizerdes em palavras e obras fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando graças, por meio dele, a Deus Pai”.
Tudo o que fizermos, quer sejam de trabalhos manuais, quer sejam intelectuais, devemos fazê-los em nome de Jesus. O evangelho nos inculca o serviço sincero, humilde, a disponibilidade na caridade para estarmos unidos a Jesus, filho do carpinteiro, que declarou ter vindo para servir.
A verdadeira dignidade consiste no serviço dos irmãos, segundo as capacidades, em união a Jesus, Filho de Deus.