AS LEITURAS DESTA PÁGINA E DO MÊS TODO
1ª leitura: Hebreus 10,1-10
Salmo 39(40) R- Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!
Evangelho: Marcos 3,31-35
Marcos 3,31-35
Naquele tempo: 31Chegaram a mãe de Jesus e seus irmãos. Eles ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo. 32Havia uma multidão sentada ao redor dele. Então lhe disseram: 'Tua mãe e teus irmãos estão lá fora à tua procura.' 33Ele respondeu: 'Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?' 34E olhando para os que estavam sentados ao seu redor, disse: 'Aqui estão minha mãe e meus irmãos. 35Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.' Palavra da Salvação.
Meu irmão, minha irmã!
Hb 10,1-10
A leitura compara a Lei antiga com a Nova Lei; compara também os sacrifícios da Antiga Aliança com o sacrifício de Cristo.
Conforme ouvimos: “a Lei possui apenas o esboço dos bens futuros e não o modelo real das coisas”. Sendo apenas um esboço, ela desaparece quando o modelo real aparece.
A Lei e os sacrifícios antigos eram somente sombra dos bens futuros e, por isso, ineficazes para nos purificar do pecado. A repetição dos sacrifícios era a prova clara de que nenhum deles era suficiente por si só. Todos os dias eles são repetidos para pedir o perdão dos pecados; isso prova que tais sacrifícios servem somente para “renovar a memória dos pecados”.
Os sacrifícios antigos são ineficazes porque é “impossível eliminar pecados com sangue de touros e de bodes”. Com efeito, os animais não têm consciência de pecado e por isso não podem purificar os pecados das pessoas. Essas vítimas são externas ao ser humano e não tem relação pessoal com ele nem com Deus. Elas têm somente uma relação ritual.
Ao contrário, Cristo ofereceu uma vez para sempre o sacrifício de si mesmo. Ele não ofereceu uma vítima externa, nem o sangue alheio. Ele assumiu com plena consciência e liberdade o sacrifício de sua própria pessoa. Em seu sacrifício, Cristo realiza uma dupla personalização.
Ele personaliza a vontade de Deus. A vontade de Deus não é algo externo à vontade de Cristo. Cristo traz a vontade de Deus inscrita na sua carne, no seu coração, nas suas entranhas: “Eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade”. Jesus se entregou totalmente à vontade de Deus.
Cristo personaliza a oferenda feita a Deus: o sacrifício feito a Deus é o próprio Cristo. “Tu não quiseste vítima nem oferenda, mas formaste-me um corpo. Por isso eu disse: eis-me aqui!”
O sacrifício de Cristo é eficaz para nós porque Ele se identificou conosco. Assim Ele pode comunicar a eficácia do perdão dos pecados a todos nós.
Façamos também nossa a oração de Jesus, expressa no salmo 39: “Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor”.
DOM JULIO ENDI AKAMINE
AS LEITURAS DESTA PÁGINA E DO MÊS TODO
Leitura: 2 Samuel 6,12b-15.17-19
Salmo 23(24)R- Dizei-nos:"Quem é este Rei da glória?" "-É o Senhor,o valoroso, o grandioso"!
Marcos 3,31-35
Meu irmão, minha irmã!
“Quem faz a vontade de Deus esse é meu irmão, minha irmã, minha mãe”. A vontade de Deus é para nós um tesouro inestimável, precioso, mas é um tesouro que não aceitamos facilmente. Por quê?
Porque, muitas vezes, não temos uma compreensão correta da vontade de Deus. Com efeito, sempre pensamos que a vontade de Deus consiste em aceitar as dificuldades e sofrimentos. “É vontade de Deus” – dizemos nos momentos de sofrimento. Fazendo assim, identificamos a vontade de Deus com a resignação.
A resignação, porém, é somente um primeiro passo, mas não corresponde a fazer a vontade de Deus em sua plenitude. Fazer a vontade de Deus começa com a resignação, mas não se limita a ela. A vontade de Deus é a nossa ressurreição. A morte é a passagem dolorosa, mas a meta é a ressurreição, a transformação do nosso ser. A vontade de Deus é, portanto, uma obra de alegria e de beleza.
Assim devemos viver os momentos difíceis: não somente com resignação, mas também com confiança, com esperança. Deus quer realizar uma obra boa, que nos conduz à verdadeira alegria: sua vontade, a vitória sobre o mal e o pecado. A vontade de Deus faz-nos íntimos de Jesus. Faz de nós a família de Jesus. Transforma-nos realmente em irmão, irmã, mãe de Jesus.
DOM JULIO ENDI AKAMINE