Salmo Responsorial 105(106) Lembrai-vos de nós, ó Senhor, segundo o amor para com vosso povo!
Evangelho Mateus 15,21-28
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 21Jesus retirou-se para a região de Tiro e Sidônia. 22Eis que uma mulher cananeia, vindo daquela região, pôs-se a gritar: “Senhor, filho de Davi, tem piedade de mim: minha filha está cruelmente atormentada por um demônio!” 23Mas Jesus não lhe respondeu palavra alguma. Então, seus discípulos aproximaram-se e lhe pediram: “Manda embora essa mulher, pois ela vem gritando atrás de nós”. 24Jesus respondeu: “Eu fui enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel”. 25Mas a mulher, aproximando-se, prostrou-se diante de Jesus e começou a implorar: “Senhor, socorre-me!” 26Jesus lhe disse: “Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-lo aos cachorrinhos”. 27A mulher insistiu: “É verdade, Senhor; mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!” 28Diante disso, Jesus lhe disse: “Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres!” E, desde aquele momento, sua filha ficou curada. – Palavra da salvação.
Meu irmão, minha irmã!
Nm 13,1-2.25-14,1.26-30
Poucos meses depois de ter libertado o povo do Egito, Deus estava para fazer o povo entrar na terra prometida. “O Senhor falou a Moisés: ‘Envia alguns homens para explorar a terra de Canaã, que vou dar aos filhos de Israel’”.
Os exploradores percorreram a terra de Canaã por quarenta dias e voltaram do reconhecimento do país com impressões contratantes: é, de fato, “uma terra onde corre leite e mel”, mas os seus “habitantes são fortíssimos, e as cidades grandes e fortificadas”.
Como o povo reagiu a esse relatório contrastante? Havia duas possibilidades: ter fé na promessa de Deus e prosseguir, ou se fixar nas dificuldades e nos obstáculos e desanimar. Infelizmente o povo reagiu dessa última maneira. Ao perder a coragem diante das dificuldades começaram a aumentar ainda mais as dificuldades: “toda a comunidade começou a gritar, e passou aquela noite chorando”. Trata-se de um choro de desolação provocada pela própria covardia.
A reação de Deus à difamação da terra prometida e à falta de fé nas suas promessas é correspondente à dos israelitas. Não quereis entrar na terra prometida? Pois bem, não entrareis nela. “Juro que vos farei assim como vos ouvi dizer! Carregareis vossa culpa durante quarenta anos... todos vós que murmurastes contra mim não entrareis na terra na qual jurei fazer-vos habitar”.
Não pensemos que esse episódio seja somente um erro do passado. Essa atitude de falta de confiança em Deus é muito comum no presente. Há muitos que não têm coragem de assumir decisões definitiva e compromissos duradouros. Há os que aceitam se dedicar por um tempo limitado em uma obra de generosidade, mas não têm coragem de dedicar a vida nessa obra. A falta de coragem em assumir compromissos definitivos, na verdade, é apenas um sintoma da falta de confiança na graça de Deus. De fato, sem a graça de Deus, ninguém consegue manter um compromisso por toda a vida. Muitas coisas mudam, tantos problemas ocorrem, tantos obstáculos tornam impossível manter um compromisso por toda a vida. Para assumir compromissos por toda a vida, para tomar decisões definitivas é, de fato, preciso confiar na graça de Deus.
Tornou-se um hábito difundido coabitar sem se casar. Dar e prometer ao outro somente um amor provisório e condicionado parecer ser a regra atual dos relacionamentos. O sacramento do matrimônio é infelizmente reduzido a um produto do mercado de entretenimento ou a um sonho passageiro e não expressa mais o grande mistério do amor de Cristo e a Igreja.
O matrimônio cristão promete um dom belíssimo: o dom do amor fiel, constante, incondicional e fecundo. Os cônjuges prometem e dão uma ao outro essa graça que tem sua origem no sacramento.
Salmo Responsorial Jer. 31-R- O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.
Evangelho Mateus 15,21-28
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 21Jesus retirou-se para a região de Tiro e Sidônia. 22Eis que uma mulher cananeia, vindo daquela região, pôs-se a gritar: “Senhor, filho de Davi, tem piedade de mim: minha filha está cruelmente atormentada por um demônio!” 23Mas Jesus não lhe respondeu palavra alguma. Então, seus discípulos aproximaram-se e lhe pediram: “Manda embora essa mulher, pois ela vem gritando atrás de nós”. 24Jesus respondeu: “Eu fui enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel”. 25Mas a mulher, aproximando-se, prostrou-se diante de Jesus e começou a implorar: “Senhor, socorre-me!” 26Jesus lhe disse: “Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-lo aos cachorrinhos”. 27A mulher insistiu: “É verdade, Senhor; mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!” 28Diante disso, Jesus lhe disse: “Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres!” E, desde aquele momento, sua filha ficou curada. – Palavra da salvação.
Meu irmão, minha irmã!
Jr 31,1-7
Jeremias tinha sido constituído profeta por Deus. Ele, porém, precisa exercer a ingrata tarefa de ser profeta da destruição e da desgraça. Por culpa dos muitos pecados do povo, Jeremias, de fato, parece ser anunciador somente de acontecimentos negativos de castigo e de provação. O próprio Jeremias, a certo ponto de sua vida, se queixou com Deus por ser obrigado a ser portador somente de desgraças e tragédias.
Na leitura de hoje ouvimos a resposta de Deus à queixa de Jeremias, constituindo-o profeta da salvação e do ressurgimento.
A situação do povo é descrita como sem cura e remédio. Essa situação é o resultado da multidão de pecados cometidos. Até os amigos se esqueceram do povo. Humanamente não há nada que possa ser feito. Dá a impressão de que Deus se compraz em tornar ainda mais evidente a situação desesperadora do povo. Os remédios humanos só podem aliviar um pouco a dor, mas não são capazes de curar as feridas. É um duro golpe ao orgulho humano que se achava capaz de vencer todas as dificuldades.
Quando o povo toma consciência dessa situação sem saída e a aceita, é nesse momento que Deus declara: “eu serei o seu Deus para todas a tribos de Israel, e elas serão meu povo”. Somos colocados diante da promessa da Nova Aliança.
Assim a palavra de Deus passa do anúncio do castigo para se transformar em promessa maravilhosa: “Amei-te com amor eterno e te atraí com a misericórdia. De novo te edificarei, serás reedificada, ó jovem nação de Israel”.
O exílio era como se fosse um deserto onde o povo encontra Deus. Nos sofrimentos se manifesta o amor eterno do Deus fiel. O Senhor é Deus na proximidade do amor e no distanciamento do mistério.
Assim é Deus em nossa vida cristã: Deus na proximidade do amor e no distanciamento do mistério.