6ª FEIRA DA 3ª SEMANA DA QUARESMA
Primeira Leitura: Oseias 14,2-10
Salmo Responsorial: 80(81)-Ouve, meu povo, porque eu sou o teu Deus!
Evangelho: Marcos 12,28b-34
Naquele tempo: 28bUm mestre da Lei, aproximou-se de Jesus e perguntou: 'Qual é o primeiro de todos os mandamentos?' 29Jesus respondeu: 'O primeiro é este: Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. 30Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força! 31O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo! Não existe outro mandamento maior do que estes'. 32O mestre da Lei disse a Jesus: 'Muito bem, Mestre! Na verdade, é como disseste: Ele é o único Deus e não existe outro além dele. 33Amá-lo de todo o coração, de toda a mente, e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo é melhor do que todos os holocaustos e sacrifícios'. 34Jesus viu que ele tinha respondido com inteligência, e disse: 'Tu não estás longe do Reino de Deus'. E ninguém mais tinha coragem de fazer perguntas a Jesus. Palavra da Salvação.
Amar a Deus com todo coração, com toda a mente, com toda força é a vocação de todos nós. Nunca amaremos bastante a Deus, por isso devemos sempre progredir no amor, desenvolver todas as nossas potencialidades de amor para amá-Lo sempre mais dignamente.
Qual é a medida do amor? É amar sem medida.
O profeta Oséias diz: “Eu curarei a sua apostasia, eu os amarei de coração”. Amando o seu povo, Deus o torna capaz de amar. Assim Deus se une a Israel em comunhão de amor.
A maior graça que Deus nos quer fazer é o dom de um coração novo no seu Filho Jesus Cristo. O mandamento do amor seria impossível para nós, se fôssemos nós sozinhos a cumpri-lo. Deus nos deu o seu Filho e nEle nos deu um coração novo para que pudéssemos amá-Lo com todo coração, com todas as forças, com toda nossa inteligência. Este é nosso grande tesouro: em nosso peito pulsa o coração de Jesus.
Os 14,2-10
O profeta Oséias mostra o pedido afetuoso que Deus faz a seu povo: “Volta, Israel, para o Senhor, teu Deus, porque estavas caído em teu pecado”. O desejo de Deus é que nos reergamos de nossos pecados e retornemos a Ele. Parece uma antecipação da parábola do filho pródigo que, depois de cair em si, toma a decisão: “Vou partir e voltar para meu Pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti” (Lc 15,18).
A conversão é descrita como um regresso. E nesse regresso será preciso oferecer algo a Deus. Deus, porém, não quer sacrifícios nem holocaustos, mas um coração sincero e humilde. Deus não deseja sacrifícios materiais, mas um sacrifício espiritual e interior acompanhado do abandono das idolatrias.
Ao povo que regressa e se converte, Deus promete um amor generoso e gratuito que é descrito com imagens impressionantes: Ele dará flores como o lírio, fará as raízes se aprofundarem e os ramos se estenderem, oferecerá o perfume do Líbano.
Nesta quaresma procuremos contemplar com os olhos da alma essa descrição dos dons de Deus, destinados aos que se convertem: “hei de curar sua perversidade e me será fácil amá-los. Serei orvalho para eles, e ele florescerá como o lírio, e lançará raízes como plantas. Seus ramos hão de estender-se; será seu perfume como o do Líbano. Florescerão como a videira”.