2ª FEIRA DA 33ª SEMANA COMUM. -
1ª Leitura: 1 Macabeus 1,10-15.41-43.54.62-64
Salmo Responsorial 118(119)-R- Vivificai-me, ó Senhor, e guardarei vossa Aliança!
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – 35Quando Jesus se aproximava de Jericó, um cego estava sentado à beira do caminho, pedindo esmolas. 36Ouvindo a multidão passar, ele perguntou o que estava acontecendo. 37Disseram-lhe que Jesus nazareno estava passando por ali. 38Então o cego gritou: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!” 39As pessoas que iam na frente mandavam que ele ficasse calado. Mas ele gritava mais ainda: “Filho de Davi, tem piedade de mim!” 40Jesus parou e mandou que levassem o cego até ele. Quando o cego chegou perto, Jesus perguntou: 41“O que queres que eu faça por ti?” O cego respondeu: “Senhor, eu quero enxergar de novo”. 42Jesus disse: “Enxerga, pois, de novo. A tua fé te salvou”. 43No mesmo instante, o cego começou a ver de novo e seguia Jesus, glorificando a Deus. Vendo isso, todo o povo deu louvores a Deus. – Palavra da salvação.
1Mc 1,10-15.41-43.54-57.62-64
O primeiro livro dos Macabeus descreva a grande crise religiosa e a perseguição que se desencadeou com a subida ao poder do Rei Antíoco Epífanes. São dois os causadores do mal que se abate sobre o povo: no trono, é o novo rei; entre o povo, é o grupo de apóstatas que seduzia o povo a aderir uma nova política de alianças.
O novo rei chama-se Antíoco Epífanes, que quer dizer “Manifestação de Deus”. O livro dos Macabeus, porém, o chama de “raíz iníqua”.
O mais perigoso, porém, é o grupo de simpatizantes de uma nova política de alianças com nações estrangeiras. O projeto político desse grupo ativo era o de melhora a economia do país às custas da um sincretismo religioso que procura identificar o Deus Vivo e Verdadeiro com Baal da religião persa e com Zeus da religião grega. Com o pretexto de modernizar o país, a política e a economia, esse grupo, na verdade seduzia o povo a apostatar da fé em Deus.
Antíoco Epífanes acolherá essa nova política e a ampliará ainda mais. Ele abolirá a circuncisão e à aliança com Deus. Fará erigir sobre o altar dos sacrifícios “a abominação da desolação”, ou seja, um outro altar que profanou o altar original.
Do sincretismo se passou facilmente para a perseguição religiosa: “os livros da Lei que lhes caíam nas mãos eram atirados ao fogo depois de rasgados. Em virtude do decreto real, era condenado à morte todo aquele em cuja casa fosse encontrado um livro da Aliança”.
É nesse momento de crise, confusão e perseguição que se revelam os que permanecem fiéis ao até o sangue ao Deus Vivo e Verdadeiro. “Muitos israelitas resistiram e decidiram firmemente não comer alimentos impuros. Preferiram a morte a contaminar-se com aqueles alimentos”.