Salmo Responsorial 123 (124) Nosso auxílio está no nome do Senhor
Evangelho Mateus 10,34-11,1
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 34“Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer a paz, mas sim a espada. 35De fato, vim separar o filho de seu pai, a filha de sua mãe, a nora de sua sogra. 36E os inimigos do homem serão os seus próprios familiares. 37Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim. Quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim. 38Quem não toma a sua cruz e não me segue não é digno de mim. 39Quem procura conservar a sua vida vai perdê-la. E quem perde a sua vida por causa de mim vai encontrá-la. 40Quem vos recebe, a mim recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou. 41Quem recebe um profeta, por ser profeta, receberá a recompensa de profeta. E quem recebe um justo, por ser justo, receberá a recompensa de justo. 42Quem der ainda que seja apenas um copo de água fresca a um desses pequeninos, por ser meu discípulo, em verdade vos digo, não perderá a sua recompensa”. 11,1Quando Jesus acabou de dar essas instruções aos doze discípulos, partiu daí a fim de ensinar e pregar nas cidades deles. – Palavra da salvação
Meu irmão, minha irmã!
Ex 1,8-14.22
Logo no início do livro do Êxodo, temos o relato da mudança repentina da sorte dos israelitas no Egito. O tratamento privilegiado que os israelitas tinham por causa de José, se transforma rapidamente em opressão pelo aparecimento de um faraó que não conhecia José.
A opressão dos israelitas no Egito tem várias causas. A primeira é a razão de Estado: os israelitas se multiplicam e podem ser tornar a maioria da população do Egito. Dessa forma a política pública a ser adotada é a de forçar a diminuição do crescimento dos israelitas, obrigando as parteiras a matar os meninos, deixando em vida só as meninas. A opressão de Estado se converte em exploração econômica, pois, obcecados pelo medo, os egípcios impõem dura escravidão aos israelitas. A mão de obra barata dos escravos israelitas foi o que possibilitou a construção das cidades entrepostos de Pitom e Ramsés.
Não podemos, porém, limitar a opressão ao seu aspecto puramente socioeconômico. Foi a promessa patriarcal que possibilitou a multiplicação dos israelitas no Egito, e o Êxodo vê na opressão a tentativa de os egípcios ir contra o desígnio de Deus. Dessa forma, mesmo que sejam evidentes as causas socioeconômicas, interpretar a opressão no Egito apenas nesse aspecto significa não compreender a profundidade e a amplidão da salvação que Deus realiza em favor de seu povo.
A opressão é descrita como um fato histórico bem concreto: o trabalho em condições de exploração injusta, o medo dos egípcios em serem superados em número pelos israelitas ou de que estes se aliem a nações estrangeiras invasoras. Essa opressão socioeconômica, no entanto, é apenas símbolo da perdição. Trata-se do mal e do pecado que oprimem não apenas a partir de fora, mas escravizam a partir de dentro. Assim a profundidade da opressão, que não é somente socioeconômica, mas também opressão do pecado, anuncia a qualidade da libertação de Deus: trata-se de salvação do pecado. De fato, somente Deus pode libertar do pecado. O pecado impõe uma escravidão que somente Deus pode vencer.
Na história da humanidade muitos libertadores humanos já se apresentaram. A própria história mostra infelizmente como tais libertações socioeconômicas, muitas vezes, tiveram como resultado opressões ainda piores do que aquelas que se propuseram superar.
O Êxodo nos mostra que até mesmo as opressões socioeconômicas têm raízes mais profundas no pecado e que não basta agir somente no âmbito socioeconômico para superar tais opressões.
Salmo Responsorial 49(50)R- A todo homem que procede retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus.
Evangelho Mateus 10,34-11,1
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 34“Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer a paz, mas sim a espada. 35De fato, vim separar o filho de seu pai, a filha de sua mãe, a nora de sua sogra. 36E os inimigos do homem serão os seus próprios familiares. 37Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim. Quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim. 38Quem não toma a sua cruz e não me segue não é digno de mim. 39Quem procura conservar a sua vida vai perdê-la. E quem perde a sua vida por causa de mim vai encontrá-la. 40Quem vos recebe, a mim recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou. 41Quem recebe um profeta, por ser profeta, receberá a recompensa de profeta. E quem recebe um justo, por ser justo, receberá a recompensa de justo. 42Quem der ainda que seja apenas um copo de água fresca a um desses pequeninos, por ser meu discípulo, em verdade vos digo, não perderá a sua recompensa”. 11,1Quando Jesus acabou de dar essas instruções aos doze discípulos, partiu daí a fim de ensinar e pregar nas cidades deles. – Palavra da salvação