ANOS ÍMPARES
ANOS PARES
AS LEITURAS DESTA PÁGINA E DO MÊS TODO
Leitura: 1 Samuel 18,6-9;19,1-7
Salmo 55(56) R- É no Senhor que eu confio e nada temo.
Evangelho de Marcos 3,7-12
Naquele tempo: 7Jesus se retirou para a beira do mar, junto com seus discípulos. Muita gente da Galiléia o seguia. 8E também muita gente da Judéia, de Jerusalém, da Iduméia, do outro lado do Jordão, dos territórios de Tiro e Sidônia, foi até Jesus, porque tinham ouvido falar de tudo o que ele fazia. 9Então Jesus pediu aos discípulos que lhe providenciassem uma barca, por causa da multidão, para que não o comprimisse. 10Com efeito, Jesus tinha curado muitas pessoas, e todos os que sofriam de algum mal jogavam-se sobre ele para tocá-lo. 11Vendo Jesus, os espíritos maus caíam a seus pés, gritando: 'Tu és o Filho de Deus!' 12Mas Jesus ordenava severamente para não dizerem quem ele era. Palavra da Salvação.
Meu irmão, minha irmã!
EVANGELHO
No evangelho vemos Jesus realizando a unidade das pessoas. A unidade universal sempre foi o sonho da humanidade. Muitos imperadores, ditadores, chefes religiosos, tentaram unir as pessoas com a força dos exércitos, do dinheiro, da política, das promessas, do paraíso terrestre. A história registra os resultados desastrosos dessas tentativas.
Multidões foram atraídas por Jesus. A ele acorrem não somente pessoas da Judéia e de Jerusalém, mas também das regiões pagãs da Idumeia, de Tiro e de Sidônia. É tanta gente que Jesus precisa subir em uma barca para que a multidão não o comprimisse. Ele une as pessoas não com a força, mas as atrai com bondade e com a sua palavra.
Cristo se opõe com severidade aos espíritos maus. Não deseja que sua grandeza seja manipulada. Ele realiza milagres, mas não deseja fazer dos milagres um poder de manipulação das consciências.
De fato, ele ordena que os espíritos maus se calem, para que eles não deturpem a identidade e a missão de Jesus.
Os espíritos maus querem fazer com que as pessoas vejam Jesus como um mero curandeiro que veio para resolver problemas imediatos.
A missão de Jesus é a missão dos servos de Deus, daquele que dá a vida, que se sacrifica na cruz para oferecer a todos a dignidade de filhos de Deus.
Jesus não veio somente para curar as nossas doenças. Ele veio para transformar a nossa natureza, para restabelecer a nossa relação com Deus e a nossa relação entre nós. Sem isso, a unidade da humanidade será impossível.
A cada missa devemos nos aproximar de Cristo com o mesmo desejo com que as pessoas eram atraídas até Jesus. Em cada missa devemos buscar a nossa cura e a nossa transformação profunda com o mesmo ardor com que a multidão ia até ele.
1ª LEITURA
Um dos motivos mais frequentes de discórdia é a inveja. Com a inveja a unidade e a concórdia se tornam impossíveis. Na leitura vemos como Davi obteve uma grande vitória e as mulheres no seu canto comparam Davi e Saul: “Saul matou milhares, Davi, dezenas de milhares”. E Saul ficou muito zangado com isso e não gostou nada do que diziam. Disse: “A Davi atribuíram dezenas de milhares, e a mim somente milhares. Que falta ainda, senão o reinado”! Por causa disso, Saul decidiu matar Davi.
Uma primeira lição dessa leitura é essa: quando falamos dos outros devemos estar atentos para que, mesmo elogiando, não façamos o mal, suscitando a inveja nos que escutam nosso elogio.
Nesse sentido, Jônatas aparece como um bom exemplo para nós. Ele se tornou amigo de Davi e, involuntariamente é posto contra ele, pois seu pai o tomou por rival. Mas ele age como verdadeiro amigo. Procura abrir os olhos ao pai, mostrando que a invejo o tinha cegado. “Não faças mal algum a teu servo Davi, pois ele nunca te ofendeu. Ao contrário, suas ações foram de grande proveito para ti”. Essas são palavras muito belas e inspiradas pela generosidade e pela verdade das coisas.
Nisso Jônatas é quase que uma prefiguração de Jesus: seu comportamento favorece a união porque ditado pela humildade do coração e pelo amor. Com efeito, Jesus em vez de dominar e de jogar na cara os erros cometidos, se inclinou para lavar os pés dos discípulos.
Os cristãos devem estar do lado da verdade sempre, mas a verdade não deve os tornar arrogantes ou prepotentes. A verdade torna os cristãos humildes, sem hostilidade contra os outros. Todos nós temos ocasião, como Jônatas, de ver e de fazer ver a verdade, mas tal verdade vem revestida de humildade e hostilidade contra a pessoa alguma. Peçamos ao Senhor essa firmeza na verdade e essa humildade de coração ao corrigir os outros.