Salmo Responsorial 100(101)R- Viverei na pureza do meu coração!
Evangelho Lucas 7,11-17
"11.No dia seguinte, dirigiu-se Jesus a uma cidade chamada Naim. Iam com ele diversos discípulos e muito povo. 12.Ao chegar perto da porta da cidade, eis que levavam um defunto a ser sepultado, filho único de uma viúva; acompanhava-a muita gente da cidade. 13.Vendo-a o Senhor, movido de compaixão para com ela, disse-lhe: “Não chores!”. 14.E, aproximando-se, tocou no esquife, e os que o levavam pararam. Disse Jesus: “Moço, eu te ordeno, levanta-te”. 15.Sentou-se o que estivera morto e começou a falar, e Jesus entregou-o à sua mãe. 16.Apoderou-se de todos o temor, e glorificavam a Deus, dizendo: “Um grande profeta surgiu entre nós: Deus voltou os olhos para o seu povo”. 17.A notícia desse fato correu por toda a Judeia e por toda a circunvizinhança"
Meu irmão, minha irmã!
1Tm 3,1-13
São Paulo fala de duas categorias de cristãos que possuem autoridade e exercem a administração na comunidade eclesial: são o bispo e os diáconos. Originalmente “bispo” significa “supervisor”, “vigilante”, e “diácono” significa “servidor, servente”. São Paulo oferece a Timóteo algumas orientações sobre a aptidão dos candidatos para os cargos de bispo e de diáconos.
Dessa forma, conhecemos que as comunidades cristãs da época de Paulo já possuíam cargos estáveis de responsabilidade e uma organização interna própria.
A primeira coisa que Paulo diz sobre o bispo é que essa função é uma tarefa nobre que um cristão capaz pode aspirar: “quem aspira ao episcopado, saiba que está desejando uma função sublime”. As qualidades requeridas ao candidato ao episcopado são qualidades normais, ou seja, o bispo deve ser primeiramente um bom cristão. A excelência e a importância da função exigem a excelência e a competência do candidato que deve ser irrepreensível em todos os aspectos da vida cristã.
O fato de governar a Igreja não coloca o bispo acima ou fora dela, pois continua a ser membro da Igreja como qualquer outro. No entanto as suas responsabilidades o tornam mais vulnerável às tentações do poder diabólico.
Dos diáconos são exigidas qualidades semelhantes.
Lc 7,11-17
A nossa vida é mortal, ou seja, a morte não está fora de nós; não cai sobre nós a partir de fora. A morte está inscrita na nossa condição: nós somos mortais, a nossa vida termina. A morte é, portanto, algo natural. Como diz o povo: para morrer basta estar vivo. Ou melhor, como diz a Bíblia: somos pó e ao pó retornaremos. Todos nós estamos caminhando inexoravelmente ao pó. Todos nós já iniciamos o cortejo fúnebre de nosso retorno ao pó. A nossa vida pode ser comparada ao cortejo fúnebre em que somos levados ao cemitério.
Jesus entra na cidade de Naim. Ao chegar naquela cidade, vê um cortejo fúnebre de um jovem defunto, filho único de mãe viúva. Quase toda a cidade acompanha o cortejo. Jesus não se desvia e vai ao encontro das pessoas. Cheio de compaixão, ele toca o caixão. O toque da sua mão interrompe o caminho de regresso ao pó daquele jovem. Seu toque é um toque de vida que detém o caminho de regresso ao pó.
Jesus disse ao jovem defunto: “eu te ordeno, levanta-te”. O jovem obedece a tal palavra e se senta e começa a falar.
A reação das pessoas é reconhecer: “um grande profeta apareceu entre nós e Deus veio visitar o seu povo”. Notem como é importante essa dupla constatação. Jesus é um grande profeta. Profeta não no senso do AT; Ele é profeta no sentido de que anuncia e torna real o que anuncia. Ele não só promete, mas realiza a promessa. E o anúncio é a vida: vida que vence a morte e nos dá a esperança de superar a nossa morte. Assim a nossa vida não é mais um cortejo fúnebre em direção do cemitério, mas uma caminhada para o encontro com Jesus. Além disso, a ressurreição do jovem de Nain é a revelação de Deus como Deus da vida. Deus exerce o seu poder dando vida ao que está morto!
Sejamos como Jesus: ressuscitar os mortos não é fazer as pessoas retornarem a esta vida. Como podemos ressuscitar os mortos? Ter piedade dos que sofrem e oferecer-lhes nossa ajuda é “ressuscitar os mortos”. Anunciar o evangelho que dá alegria onde reina a tristeza é também “ressuscitar os mortos”.
Salmo Responsorial 99(100)R- Nós somos o seu povo e o seu rebanho
Evangelho Lucas 7,11-17
"11.No dia seguinte, dirigiu-se Jesus a uma cidade chamada Naim. Iam com ele diversos discípulos e muito povo. 12.Ao chegar perto da porta da cidade, eis que levavam um defunto a ser sepultado, filho único de uma viúva; acompanhava-a muita gente da cidade. 13.Vendo-a o Senhor, movido de compaixão para com ela, disse-lhe: “Não chores!”. 14.E, aproximando-se, tocou no esquife, e os que o levavam pararam. Disse Jesus: “Moço, eu te ordeno, levanta-te”. 15.Sentou-se o que estivera morto e começou a falar, e Jesus entregou-o à sua mãe. 16.Apoderou-se de todos o temor, e glorificavam a Deus, dizendo: “Um grande profeta surgiu entre nós: Deus voltou os olhos para o seu povo”. 17.A notícia desse fato correu por toda a Judeia e por toda a circunvizinhança"
Meu irmão, minha irmã!
1Cor 12,12-14.27-31
Parece que São Paulo se contradiga. Ele tinha criticado as divisões da comunidade de Corinto e, agora, fala da diversidade de dons. Na realidade, é próprio da unidade da Igreja não só tolerar, mas inclusive necessitar das diferenças. Como o corpo é um, e, exatamente porque uno, tem necessidade de membros diversos, assim a Igreja é una e, ao mesmo tempo, congrega na sua unidade uma diversidade grande de carismas e dons. O corpo não é somente olho, nem somente mãos, tampouco unicamente cabeça.
É verdade que a diversidade cria problemas e tensões. Se os outros não agem como nós, podemos nos sentir contrariados e incomodados. Se uma pessoa é mais inteligente, pode nos causar mal-estar, pois a inveja nos faz ver a sua superioridade como uma diminuição nossa. E assim por diante. Essas, porém, são reações comuns, fruto de nossa fragilidade.
Há, no entanto, uma outra forma de reagir a tais diferenças: nos alegrar exatamente porque os outros não são como nós. A diversidade enriquece a Igreja e tudo se reverte para o nosso bem. Seria desastroso na Igreja que todos tivessem o mesmo temperamento. Pelo contrário, quem é mais vivaz, mesmo que impulsivo, anima a comunidade. Quem é mais reflexivo faz com que a comunidade caminhe com mais prudência. E a comunidade se constrói como Corpo de Cristo também graças a essas diferenças. São Paulo, de fato, tem razão ao afirmar: “vós, todos juntos, sois o corpo de Cristo e, individualmente, sois membros desse corpo”.
O que devemos fazer é cultivar a solidariedade na alegria de descobrir qualidades nos outros que nós não temos, mas que se tornam também nossas pela nossa união com o Corpo de Cristo. Santo Agostinho ensinou que as qualidades que um possui e o outro não, se tornam comuns a todos, porque, na Igreja, ninguém possui as coisas só para si, mas para todos os outros. Assim o que eu possuo, eu o possuo também para todos os fiéis da Igreja, e o que um outro tem e eu não tenho, esse outro o possui também para mim por causa de nossa união ao Corpo de Cristo.