(ANOS ÍMPARES)
AS LEITURAS DESTA PÁGINA E DO MÊS TODO
" 2.Seis dias depois, Jesus tomou consigo a Pedro, Tiago e João, e conduziu-os a sós a um alto monte. E 3.transfigurou-se diante deles. Suas vestes tornaram-se resplandecentes e de uma brancura tal, que nenhum lavadeiro sobre a terra as pode fazer assim tão brancas. 4.Apareceram-lhes Elias e Moisés, e falavam com Jesus. 5.Pedro tomou a palavra: “Mestre, é bom para nós estarmos aqui; faremos três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. ADVERTISEMENT 6.Com efeito, não sabia o que falava, porque estavam sobremaneira atemorizados.* 7.Formou-se então uma nuvem que os encobriu com a sua sombra; e da nuvem veio uma voz: “Este é o meu Filho muito amado; ouvi-o”. 8.E olhando eles logo em derredor, já não viram ninguém, senão só a Jesus com eles. 9.Ao descerem do monte, proibiu-lhes Jesus que contassem a quem quer que fosse o que tinham visto, até que o Filho do Homem houvesse ressurgido dos mortos. 10.E guardaram esta recomendação consigo, perguntando entre si o que significaria: “Ser ressuscitado dentre os mortos”. 11.Depois lhe perguntaram: “Por que dizem os fariseus e os escribas que primeiro deve voltar Elias?”.* 12.Respondeu-lhes: “Elias deve voltar primeiro e restabelecer tudo em ordem. Como então está escrito acerca do Filho do Homem que deve padecer muito e ser desprezado?* 13.Mas digo-vos que também Elias já voltou e fizeram-lhe sofrer tudo quanto quiseram, como está escrito dele"
Hb 11,1-7
Somos convidados pela leitura a refletir sobre o grande dom da fé. Segundo a carta aos Hebreus: “a fé é um modo de possuir o que ainda se espera, a convicção acerca de realidades que não se veem”. Segundo essa definição a fé não é somente um crer, mas também um esperar. Com efeito, a fé sempre está ligada à virtude da esperança
A esperança desempenha na vida de fé um papel preponderante. Na realidade esperança e fé são inseparáveis. A fé nos garante a realidade daquilo que é objeto de nossa esperança.
Outro ensinamento importante da leitura de hoje é que nós podemos escolher encarar a vida entre duas alternativas: podemos entender a vida a partir da fé, ou entendê-la a partir de nós mesmos. Entender a vida a partir de nós mesmos significa ter uma concepção materialista da vida, baseada na suficiência humana ou nas circunstâncias e possibilidades que a vida nos oferece no aqui e no agora. Nada há para além das realidades que vemos com nossos próprios olhos, nem futuro no qual as coisas sejam melhores do que no presente.
Entendida a partir da fé, a vida se revela como uma peregrinação para uma pátria melhor, com a certeza de um futuro que nos espera e que compensará todas as renúncias e sacrifícios que a própria fé nos impõe no presente.
A primeira concepção da vida estava muito difundida na sociedade e na cultura daquela época, sobretudo na filosofia do estoicismo. O estoicismo proclamava a superação e o desprendimento das coisas deste mundo a fim de alcançar a paz interior e a segurança superior às coisas e comodidades que este mundo podia dar. No fundo, o estoicismo almejava a suficiência humana: a felicidade estoica não dependia das frágeis garantias que o mundo podia oferecer; era preciso buscar em si mesmo a garantia e a estabilidade da felicidade.
A escolha do caminho da fé é apresentada concretamente a partir do exemplo de grandes personagens do Antigo Testamento: Abel, Henoc e Noé.
Esses campeões da fé são para nós um incentivo para perseverar na fé.
O primeiro a ser mencionado é Abel. Ele agradou a Deus porque o seu sacrifício procedia da sua fé. Assim deve ser nossa oferta a Deus: nossa oferta não é uma negociação ou barganha; não compramos Deus com nossas ofertas. Elas devem brotar da fé: nela nós reconhecemos que só oferecemos o que recebemos de Deus, por isso a oferta é ação de graças. A fé faz com que nossa oferta esteja intimamente vinculada a nós: na oferta oferecemos a nossa própria vida.
O segundo exemplo é o de Henoc que não morreu pois foi arrebatado ao céu. Isso aconteceu por causa de sua fé. O exemplo de Henoc é importante para nós porque nos ensina que não poderemos agradar a Deus sem a fé. Assim como Henoc, queremos ser arrebatados por Deus, mas isso só acontecerá se tivermos fé.
O terceiro exemplo é Noé pois ele fez a vontade de Deus. A vontade de Deus poderia parecer estranha, pois Deus mandou construir uma arca num país seco e árido. O fato de ter levado à sério a ordem de Deus é um exemplo claro para nós quando temos que enfrentar as provas de fé que Deus põe em nossa vida.
(ANOS PARES)
AS LEITURAS DESTA PÁGINA E DO MÊS TODO
Leitura: Tiago 3,1-10
Salmo 11(12) R-Com certeza, ó Senhor, nos guardareis!
Evangelho de Marcos 9,2-13
" 2.Seis dias depois, Jesus tomou consigo a Pedro, Tiago e João, e conduziu-os a sós a um alto monte. E 3.transfigurou-se diante deles. Suas vestes tornaram-se resplandecentes e de uma brancura tal, que nenhum lavadeiro sobre a terra as pode fazer assim tão brancas. 4.Apareceram-lhes Elias e Moisés, e falavam com Jesus. 5.Pedro tomou a palavra: “Mestre, é bom para nós estarmos aqui; faremos três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. ADVERTISEMENT 6.Com efeito, não sabia o que falava, porque estavam sobremaneira atemorizados.* 7.Formou-se então uma nuvem que os encobriu com a sua sombra; e da nuvem veio uma voz: “Este é o meu Filho muito amado; ouvi-o”. 8.E olhando eles logo em derredor, já não viram ninguém, senão só a Jesus com eles. 9.Ao descerem do monte, proibiu-lhes Jesus que contassem a quem quer que fosse o que tinham visto, até que o Filho do Homem houvesse ressurgido dos mortos. 10.E guardaram esta recomendação consigo, perguntando entre si o que significaria: “Ser ressuscitado dentre os mortos”. 11.Depois lhe perguntaram: “Por que dizem os fariseus e os escribas que primeiro deve voltar Elias?”.* 12.Respondeu-lhes: “Elias deve voltar primeiro e restabelecer tudo em ordem. Como então está escrito acerca do Filho do Homem que deve padecer muito e ser desprezado?* 13.Mas digo-vos que também Elias já voltou e fizeram-lhe sofrer tudo quanto quiseram, como está escrito dele"
Meu irmão, minha irmã!
A leitura de hoje pode parecer centrada na necessidade de dominar a língua. Mas tudo o que é dito sobre a língua e os danos que seu descontrole pode causar tem, na verdade, uma intenção mais profunda. A leitura, na verdade, quer advertir sobre as qualidades que uma pessoa que deseja ser mestre deve ter. Com efeito, o a leitura começa com uma advertência severa: “Sabeis que nós, os mestres, estamos sujeitos a julgamento mais severo!”
O desejo de ser mestre, de se sentar na cátedra para ensinar o outros parece ser universal e de todos os tempos. Mas será que é assim tão natural e fácil ser mestre dos outros?
Tanto na Sinagoga quanto na Igreja os mestres têm recebido grande estima. Assim o prestígio pode motivar muitos a quererem desempenhar esse ofício. Tiago se considera um mestre dentre os verdadeiros mestres na Igreja e, por isso, se sente na obrigação de alertar para a grande responsabilidade que tal magistério implica.
Tiago acentua a enorme responsabilidade daqueles que são encarregados de interpretar e ensinar a Palavra de Deus ao povo e, por isso, se dirige aos mestres que emitem opiniões com tanta convicção como incompetência nas matérias relacionadas com a religião.
O desejo de ser mestre da lei de Deus não pode ser motivado pelo prestígio ou estima que tal encargo implica nem por presunção petulante. É decisivo para um bom mestre conhecer a vontade de Deus e o desejo de comunicar tal vontade aos irmãos.
É por causa disso que São Tiago mostra como são poucos os homens perfeitos no domínio da língua. A incapacidade de dominar a língua se torna particularmente grave quando essa incapacidade está nos que tem a função de ensinar a Palavra de Deus.
O mestre deve saber controlar a língua e, por isso, também o seu comportamento. Nesse sentido, São Tiago enumera uma série de exemplos que têm por finalidade mostrar como um pequeno membro pode ter influência decisiva sobre si e sobre os outros.
A língua é como a fagulha. Como uma pequena fagulha incendeia toda a uma floresta, assim a língua de um falso mestre pode incendiar toda a existência humana e a convivência entre as pessoas. Esse exemplo é de uma enorme atualidade. Infelizmente temos visto pessoas, investidas de encargos importantes, por não terem o domínio sobre a própria língua, em vez de unir e de exortar para a prática do bem, insuflam ódio e divisão entre as pessoas, semeiam discórdia na sociedade, insultam pessoas e instituições e envenenam a convivência humana. Uma língua descontrolada tem grande poder destruidor. E se for a língua de uma pessoa com autoridade causa ainda maior destruição.
“Da mesma boca saem bênção e maldição”. A língua tem grande poder de construtivo ou destrutivo a depender da pessoa que fala. “Com a língua bendizemos o Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens feitos à imagem de Deus”. A língua pode ser fonte dos louvores mais sublimes, mas pode mostrar toda a sua monstruosidade destrutiva.
Fica, portanto, o alerta para nós! Especialmente para os que se arrogam o encargo de mestres dos outros.
DOM JULIO ENDI AKAMINE