Salmo Responsorial 9a (9) - R- O Senhor há de julgar o mundo inteiro com justiça
Evangelho Lucas 11,15-26
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, Jesus estava expulsando um demônio. 15Mas alguns disseram: “É por Belzebu, o príncipe dos demônios, que ele expulsa os demônios”. 16Outros, para tentar Jesus, pediam-lhe um sinal do céu. 17Mas, conhecendo seus pensamentos, Jesus disse-lhes: “Todo reino dividido contra si mesmo será destruído; e cairá uma casa por cima da outra. 18Ora, se até satanás está dividido contra si mesmo, como poderá sobreviver o seu reino? Vós dizeis que é por Belzebu que eu expulso os demônios. 19Se é por meio de Belzebu que eu expulso demônios, vossos filhos os expulsam por meio de quem? Por isso, eles mesmos serão vossos juízes. 20Mas, se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios, então chegou para vós o reino de Deus. 21Quando um homem forte e bem armado guarda a própria casa, seus bens estão seguros. 22Mas, quando chega um homem mais forte do que ele, vence-o, arranca-lhe a armadura na qual ele confiava e reparte o que roubou. 23Quem não está comigo está contra mim. E quem não recolhe comigo dispersa. 24Quando o espírito mau sai de um homem, fica vagando em lugares desertos à procura de repouso; não o encontrando, ele diz: ‘Vou voltar para minha casa de onde saí’. 25Quando ele chega, encontra a casa varrida e arrumada. 26Então ele vai e traz consigo outros sete espíritos piores do que ele. E, entrando, instalam-se aí. No fim, esse homem fica em condição pior do que antes”. – Palavra da salvação.
Meu irmão, minha irmã!
Jl 1,13-15; 2,1-2
Para entender a descrição da tragédia nacional que o profeta Joel faz, precisamos imaginar uma praga de gafanhotos que assola o país. Como um exército inumerável e bem organizado, a nuvem de gafanhotos avança passo a passo, deixando para trás de si a desolação e a morte. As colheitas são devastadas. A alegria se apaga no rosto dos camponeses e dos sacerdotes. Assim o “dia do Senhor” não será um tempo de felicidade, mas de alerta e de sofrimento. “Tocai trombeta em Sião, gritai alerta em meu santo monte; tremam os habitantes da terra, que está chegando o dia do Senhor, ele está às portas. É um dia de escuridão fechada, dia de nuvens e remoinhos”.
Diante desse dia terrível que se aproxima, o que fazer? O profeta chama o povo à conversão, oração e penitência: “ponde as vestes e chorai, sacerdotes gemei. Entrai no templo, deitai-vos em sacos, ministros de Deus. Prescrevei o jejum sagrado, convocai a assembleia, congregai toda a gente do povo na casa do Senhor e clamai ao Senhor”. Os sinais exteriores do saco, do pranto e do luto brotam de uma forte convicção da necessidade de Deus, porque as colheitas foram devastadas e, por isso, não as pessoas não têm o que oferecer a Deus.
O profeta Joel, porém, não interpreta a calamidade nacional como castigo de Deus pelo pecado. É interessante que ele a interpreta como sinal da proximidade do “Dia do Senhor”. Esse dia é o dia em que Deus visita o seu povo. De fato, Deus visita o povo com frequência, mas há um que será o último, o dia por excelência da ação redentora de Deus.
Quando Joel fala do Dia do Senhor, ele anuncia esse último dia e, por isso, é preciso estar alerta. O temor da justiça de Deus se propaga pela natureza inteira, que treme e se assusta perante esse Dia. Assim o Dia do Senhor será também o do julgamento de Deus. A visão da nuvem de gafanhotos que tudo arrasa é uma imagem de como Deus levará a efeito a sua justiça e punirá os culpados.
Por tudo isso que se aproxima a mensagem profética é clara: estejam preparados, façam oração e penitência. Isso será o mesmo que Jesus dirá aos seus discípulos quando lhes falar do último dia e do fim dos tempos.
Salmo Responsorial 110(111) - R- O Senhor se lembra sempre da Aliança!
Evangelho Lucas 11,15-26
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, Jesus estava expulsando um demônio. 15Mas alguns disseram: “É por Belzebu, o príncipe dos demônios, que ele expulsa os demônios”. 16Outros, para tentar Jesus, pediam-lhe um sinal do céu. 17Mas, conhecendo seus pensamentos, Jesus disse-lhes: “Todo reino dividido contra si mesmo será destruído; e cairá uma casa por cima da outra. 18Ora, se até satanás está dividido contra si mesmo, como poderá sobreviver o seu reino? Vós dizeis que é por Belzebu que eu expulso os demônios. 19Se é por meio de Belzebu que eu expulso demônios, vossos filhos os expulsam por meio de quem? Por isso, eles mesmos serão vossos juízes. 20Mas, se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios, então chegou para vós o reino de Deus. 21Quando um homem forte e bem armado guarda a própria casa, seus bens estão seguros. 22Mas, quando chega um homem mais forte do que ele, vence-o, arranca-lhe a armadura na qual ele confiava e reparte o que roubou. 23Quem não está comigo está contra mim. E quem não recolhe comigo dispersa. 24Quando o espírito mau sai de um homem, fica vagando em lugares desertos à procura de repouso; não o encontrando, ele diz: ‘Vou voltar para minha casa de onde saí’. 25Quando ele chega, encontra a casa varrida e arrumada. 26Então ele vai e traz consigo outros sete espíritos piores do que ele. E, entrando, instalam-se aí. No fim, esse homem fica em condição pior do que antes”. – Palavra da salvação.
Meu irmão, minha irmã!
Lc 11,15-26
O Evangelho de hoje une o tema anterior da oração à atividade de exorcista de Jesus. Essa associação não é casual, pois a oração que pede a vinda do Reino está unida, em Jesus, ao sinal da vinda do mesmo Reino que é a expulsão dos demônios de nossa vida. Nos versículos anteriores ao da leitura de hoje, há uma clara insistência em mostrar a comunhão de Jesus com o Pai. No Evangelho de hoje, os inimigos de Jesus deturpam tudo, acusando Jesus de agir a mando de Belzebu. Mais uma vez, o Evangelho reafirma que Jesus expulsa os demônios por causa da sua comunhão com Deus.
Ninguém duvida da capacidade de Jesus em expulsar demônios. Até os inimigos de Jesus reconhecem que ele faz exorcismos, mas os fariseus atribuem esses milagres a uma estratégia de Satanás (Belzebu). É uma estratégia de Satanás enganar o povo através de algumas curas exatamente para perverter ainda mais o povo simples. Ou seja, Satanás aceita que algumas pessoas sejam curadas para aumentar ainda mais o seu domínio sobre todo o povo.
Jesus responde que as curas que ele realiza tem um valor definitivo. Não se trata da estratégia de entregar uma batalha para ganhar a guerra. As curas de Jesus significam a derrota total de Satanás. Ele é definitivamente derrotado pela ação salvadora de Jesus. Jesus é o mais forte que vence o forte. Com Jesus o mundo não é mais domínio de Satanás, mas é o definitivamente o Reino de Deus. Os exorcismos de Jesus são o sinal da luta final e da derrota definitiva do mal.
Se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios, então chegou para vós o Reino de Deus.
O Reino de Deus não vem em sinais exteriores, em estrelas que caem, pela peste ou pela guerra. O Reino de Deus vem na humanidade. A humanidade, as pessoas são o lugar da manifestação do poder e do Senhorio de Jesus. O Reino de Deus não se manifesta primeiramente nas coisas, mas nas pessoas. Nelas Deus age primeiramente, libertando-as da escravidão do pecado e conduzindo-as à graça, à liberdade e à vida.
Procuremos o Reino de Deus e sua justiça. Isso significa não buscar as coisas, mas vencer em nós mesmos o mal e o pecado para vivermos a liberdade dos filhos de Deus. O discípulo missionário tem como atividade mais importante a luta contra o mal e a sua erradicação. Não poderá cumprir essa missão sem uma profunda comunhão com Deus, uma comunhão que deve crescer continuamente, pois o mal contra o qual combate não está somente nos outros, mas também nele próprio.