QUARTA FEIRA DA SEGUNDA SEMANA DO ADVENTO
AS LEITURAS DESTA PÁGINA E DO MÊS TODO
1ª Leitura: Isaías 40,25-31
Salmo Responsorial 102(103)R- Bendize, ó minha alma, ao Senhor!
Evangelho de Mateus 11,28-30
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, tomou Jesus a palavra e disse: 28“Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso. 29Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso. 30Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. – Palavra da salvação.
O profeta traz uma mensagem de perdão, reconciliação e consolação. Os exilados, porém, sofrem há muito tempo e se demonstram céticos, limitando-se a escutar o profeta Isaías com um sorriso irônico.
Através de Isaías, Deus faz o povo saber que está ciente do ceticismo deles. Para ajudar o povo a vencer o desânimo, Deus lança mão de uma pedagogia. Primeiramente Ele se apresenta como o Santo, separado de toda debilidade terrena, o transcendente. Depois disso, convida o povo a levantar os olhos e contemplar a multidão inumerável de estrelas que foram por Deus criadas e colocadas no firmamento. Elas foram trazidas à existência porque Deus as chamou cada uma por seu nome.
Ao fazer isso, Deus ensina o povo que as estrelas e os astros celeste não são divindades e, por isso, o povo não pode se render ao culto celestial da religião da Babilônia. O culto dos astros celestes erra porque confunde a obra com o seu criador. Deus mostra que basta abrir os olhos e observar. Olhar o céu e contemplar a beleza, a grandeza e o número infinito das estrelas não deve levar as pessoas a confundir a obra maravilhosa do Criador com o próprio Criador de tudo: “tal é a grandeza e o poder de Deus”. Ainda que belas, grandiosas e infinitas, as estrelas não se comparam com o Criador que lhes é infinitamente superior: “Quem criou tudo isto? Com quem haveis de me comparar e a quem seria eu igual?”
De fato, não há nada que possa se comparar a Deus. Deus é infinitamente superior a tudo; Ele está para além de toda criatura. Assim a ação criadora de Deus adquire um alcance de poder transformador superior a qualquer ação humana ou força da natureza.
Consequência dessa grandeza de Deus é a confiança que o povo deve ter em Deus e nas suas promessas. Deus é a rocha sobre a qual o povo pode firmar a sua esperança, pois quem tudo criou, pode também tirar o povo do exílio e salvá-lo dos opressores. De fato, quem é capaz do maior, é, com muito mais razão, capaz de realizar o menor. Com efeito, Deus “não falha nem se cansa; Ele dá coragem ao desvalido e aumenta o vigor do fraco”.
Tempo do advento é tempo para firmar nossa esperança em Deus. Apesar de todos os sofrimentos e desânimos, Deus “dá coragem ao desvalido e aumenta o vigor do fraco. Os que esperam no Senhor renovam suas forças, criam asas como águias, correm sem se cansar, caminham sem parar”
O tempo do advento é tempo oportuno para tomar consciência da intenção de Deus em relação a nós. O que Deus deseja fazer de nossa vida? Qual é o seu desígnio em relação à nossa vida, à vida dos outros e à do mundo?
O Evangelho de hoje dirige nosso olhar para Jesus Cristo. Nele se revela o desígnio do Pai. Jesus se apresenta manso e humilde de coração. É ele a máxima expressão da misericórdia de Deus. Jesus se fez um de nós para nos elevar à sua igualdade com o Pai. Ele compartilhou a nossa sorte para que nós tenhamos a graça de participar de sua natureza divina. Jesus quis assumir nossa condição para nos elevar à sua intimidade e comunhão com o Pai. Nisto consiste o desígnio de Deus.
Jesus nos convida a ir até Ele e tomar sobre nós o seu jugo, ou seja, a obedecê-lo. O jugo significa obediência. Obedecemos a Jesus manso e humilde de coração. Neste natal somos convidados a sermos como Jesus, a nos relacionar com os outros com misericórdia e com simplicidade.