Salmo 8-R- Destes domínio ao vosso Filho sobre tudo o que criastes.
Evangelho de Marcos 1,21b-28
21bEstando com seus discípulos em Cafarnaum, Jesus, num dia de sábado, entrou na sinagoga e começou a ensinar. 22Todos ficavam admirados com o seu ensinamento, pois ensinava como quem tem autoridade, não como os mestres da Lei. 23Estava então na sinagoga um homem possuído por um espírito mau. Ele gritou: 24'Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus.' 25Jesus o intimou: 'Cala-te e sai dele!' 26Então o espírito mau sacudiu o homem com violência, deu um grande grito e saiu. 27E todos ficaram muito espantados e perguntavam uns aos outros: 'O que é isto? Um ensinamento novo dado com autoridade: Ele manda até nos espíritos maus, e eles obedecem!' 28E a fama de Jesus logo se espalhou por toda a parte, em toda a região da Galileia. Palavra da Salvação
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Meu irmão, minha irmã!
Hb 2,5-12
São Paulo faz uma afirmação surpreendente e, ao mesmo, tempo aparentemente falsa: “Deus submeteu ao homem todas as coisas, nada deixou que não lhe fosse submisso”. A realidade, porém, parece negar essa afirmação de Paulo. Com efeito: o ser humano domina realmente toda a criação? Nada lhe escapa ao seu controle? Precisamos aceitar a realidade: muitas coisas não estão sob o domínio do ser humano: as pandemias, as guerras, a injustiça estrutural e duradoura, etc.
É preciso, porém, saber que o “homem” em questão, ao qual todas as coisas foram submetidas, é Jesus. Ele, enquanto filho de Deus, é superior aos anjos, mas foi feito “um pouco menor” do que eles, porque se encarnou. Tornando-se verdadeiro homem, sem deixar de ser Deus, Jesus é o “homem” que S. Paulo tem quando afirma: “Deus lhe submeteu todas as coisas, nada deixou que não lhe fosse submisso”.
Por um tempo, Jesus foi feito menor do que os anjos, mas agora “nós o vemos coroado de glória e honra, por ter sofrido a morte”.
Jesus foi feito “pouco menor do que os anjos” para que nós pudéssemos ser salvos. Ele se solidarizou com nossa inferioridade a fim de que nós participemos de sua superioridade. Oferecendo-se a si mesmo por todos, a sua participação em nossa humanidade nos abriu as portas para que possamos participar de sua divindade.
Jesus é o pioneiro e o autor da salvação. Ele sofreu a morte dos que foram criados “um pouco menor do que os anjos” para que, passando por primeiro pela morte, pudéssemos segui-lo até a sua glória. Jesus experimentou a nossa morte para que possamos experimentar a sua glória. Jesus abriu o caminho pelo qual nós podemos passar para encontrar a salvação. Passando pela humilhação, Jesus alcançou a glorificação. Seguindo Jesus na humilhação, participaremos de sua vitória.
Toda nossa vida cristã é essencialmente participação na morte e ressurreição de Jesus. Essa nossa participação foi tornada possível pela encarnação do Verbo.
1 Samuel 2-R- Meu coração se alegrou em Deus, meu Salvador
Evangelho de Marcos 1,21b-28
21bEstando com seus discípulos em Cafarnaum, Jesus, num dia de sábado, entrou na sinagoga e começou a ensinar. 22Todos ficavam admirados com o seu ensinamento, pois ensinava como quem tem autoridade, não como os mestres da Lei. 23Estava então na sinagoga um homem possuído por um espírito mau. Ele gritou: 24'Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus.' 25Jesus o intimou: 'Cala-te e sai dele!' 26Então o espírito mau sacudiu o homem com violência, deu um grande grito e saiu. 27E todos ficaram muito espantados e perguntavam uns aos outros: 'O que é isto? Um ensinamento novo dado com autoridade: Ele manda até nos espíritos maus, e eles obedecem!' 28E a fama de Jesus logo se espalhou por toda a parte, em toda a região da Galileia. Palavra da Salvação.
Meu irmão, minha irmã!
No evangelho de hoje vemos que Jesus, no início da sua pregação, demonstra a sua autoridade divina, provocando a admiração e o espanto nas pessoas. São Marcos narra isso no seu modo característico: vê as coisas acontecendo de repente. “De repente” no sábado Jesus vai a Sinagoga, de repente um homem se põe a gritar, de repente a sua fama se espalha... São Marcos, com isso, quer destacar duas coisas importantes no ministério público de Jesus. O primeiro é: Jesus ensinava com autoridade e não como os doutores da lei que sempre citam uma passagem da Escritura, dizendo: “na Escritura está dito isto e isto...”, ou então apelavam para a autoridade de um outro sábio do passado: “o rabino fulano disse isto e isto”. Jesus, porém, falava com autoridade pessoal, isto é, não cita outras autoridades, mas fala de fato como Filho de Deus. Deixa claro no seu modo de ensinar que sobre ele não há autoridade superior. Isso é claríssimo no Sermão da Montanha: “Ouvistes o que foi dito pelos antigos, eu, porém, vos digo...”. Autoridade não é autoritarismo, e Jesus demonstra autoridade porque ensina uma lei perfeita que é superior à antiga lei.
A segunda coisa que impressiona no ministério de Jesus é que diante dele os demônios e os espíritos maus se sentem em perigo e, por isso, fazem todo o esforço para combater Jesus. Com essa manifestação de medo diante do “mais forte que vence o forte”, os demônios são desmascarados e se revelam quem são realmente: “Estava então na sinagoga um homem possuído por um espírito mau. Ele gritou: “Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus”.
Diante de Jesus, o demônio é desmascarado e só pode reconhecer que está prestes a ser derrotado. É nesse momento que Jesus o expulsa daquele homem possuído: “Jesus o intimou: Cala-te e sai dele!” Jesus demonstra mais uma vez a sua grande autoridade. Ele não somente possui a autoridade de um mestre que ensina uma doutrina superior e perfeita, mas também uma autoridade sobre os demônios. Por isso as pessoas ficam admiradas: “Que é isso? Um ensinamento novo dado com autoridade: Ele manda até nos espíritos maus, e eles obedecem!”
Peçamos ao Senhor que manifeste também a nós essa dupla autoridade. Peçamos que ele nos revele sempre mais a sua doutrina, que ele abra a nossa mente e o nosso coração para o sentido da Escritura, e que desmascare todo o mal que há no mundo e em nós mesmos. O batismo nos libertou do demônio, mas há ainda em nós muitas coisas más que devem ser desmascaradas e vencidas: o espírito de discórdia, o espírito de vã complacência, de egoísmo... Que o Senhor vença em nós esse espírito mau.
1 Samuel 1, 9-20
Nessa passagem de 1Sm vemos quais são os frutos da provação. O primeiro fruto é a oração. A provação provoca em Ana uma oração intensa. Ana orava e chorava. O pranto dá intensidade à oração e causa uma relação mais forte, mais profunda com o Senhor.
Esse fruto demonstra a fecundidade da prova, mas há ainda outro fruto. O segundo fruto da provação é o dom e a oferta. Ana faz um voto de oferecer a Deus o filho que lhe será dado. Trata-se de uma certa forma de uma reação espontânea. Com efeito, Ana diz: “se deres à tua serva um filho homem, eu o oferecerei a ti por toda a vida”. Foi esse oferecimento do filho ao Senhor que provocou em resposta o dom de Deus. A provação leva a uma troca de dons, se torna um meio de comunhão.